O novo coronavírus, SARS-COV-2, agente etiológico da Covid-19, tem se propagado no mundo inteiro de maneira rápida, vulnerabilizando, dentre outros grupos, as gestantes. Diante das complicações para a gestação e o feto, faz-se necessário refletir sobre o estar gestante em tempos de pandemia da Covid-19 e a importância do cuidado profissional, sobretudo de enfermeiras, a fim de superar os inúmeros desafios que permeiam esse contexto. A gestação é um período com diversas alterações fisiológicas, e esse público, durante as infecções causadas pelos vírus SARS-CoV, influenza H1N1 e MERS-CoV, ocorridas em 2002, 2009 e 2012, respectivamente, apresentou complicações diversas, como febre, tosse e dispneia (ALFARAJ; AL-TAWFIQ; MEMISH, 2019). Devido ao risco elevado de morbimortalidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as gestantes como grupo de risco para Covid-19. Na maioria dos infectados, os sintomas apresentados são leves, a exemplo de febre e tosse seca, porém, em mulheres na segunda metade da gestação, há outros sintomas que podem aparecer com menor intensidade nas gestantes, como fadiga, dispneia, diarreia, congestão nasal
Resumo O objetivo deste estudo é refletir os impactos da COVID 19, considerando marcadores de gênero, raça e classe. Trata-se de um estudo exploratório, com ênfase na análise de publicações selecionados, a partir de procura sistematizada em sites oficiais, bem como na plataforma PubCovid-19 que apresenta os artigos publicados sobre COVID-19, os quais estão indexados nas Pubmed e EMBASE. O trabalho foi pautado nos referidos documentos e construído com reflexões dos autores a partir das perspectivas dos marcadores sociais relacionados à gênero, raça e classe, os quais contribuem para o prognóstico da doença. A reflexão realizada com base na literatura analisada revelou que os marcadores de gênero, classe e raça se apresentam enquanto condição vulnerabilizadora à exposição da COVID-19 nos mais diversos cenários mundiais. Esse contexto descortina a necessidade histórica da implantação de estratégias de melhoria de vida dessa população não só durante a pandemia, como também após sua passagem. Para tanto, necessário se faz a adoção de políticas socioeconômicas de maior impacto na vida dessas pessoas e com maior abrangência, ampliando o acesso a melhores condições de saúde, educação, moradia e renda.
<p>Objetivo: refletir sobre o elevado risco de complicações da COVID-19 em pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, bem como os possíveis desdobramentos para aqueles acometidos pela doença. Método: revisão narrativa, desenvolvida com base em artigos publicados em periódicos e documentos de órgãos oficiais nacionais. Resultados: o estudo permitiu a reflexão acerca da vulnerabilidade das pessoas com doenças crônicas no contexto de pandemia pelo novo coronavírus, bem como os impactos para esse público. Esse cenário impacta substancialmente nos serviços de saúde, e sinaliza para a necessidade de uma atenção diferenciada no que tange as medidas de prevenção. Conclusão: o atual cenário apresenta-se com muitos desafios para a população, o que requer ações de autocuidado e atendimento às medidas de prevenção que visem o resguardo individual e coletivo.</p><p>Descritores: Covid-19. Pandemia. Doença Crônica.</p>
Resumo Objetivo Desvelar o abuso intrafamiliar vivenciado na infância de homens em processo criminal por violência conjugal. Métodos Trata-se de um estudo qualitativo, fundamentado no referencial teórico proposto por Walter Benjamin. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com 23 homens que estavam respondendo judicialmente por violência conjugal em uma Vara de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher da cidade de Salvador, Bahia, Brasil, as quais foram categorizadas com o apoio do Software Nvivo-11 e organizadas através do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados As falas evidenciaram uma infância marcada pela falta de afeto, vivência de violência física e psicológica, expressa pelas marcas corporais, cárcere privado e amedrontamento, bem como o testemunho da violência conjugal entre os pais. Ao tempo que aponta para o trauma dessa vivência, o estudo alerta que o sujeito coletivo percebe-se reproduzindo, em sua relação conjugal, as mesmas atitudes paternas. Conclusão A experiência de uma infância marcada por violência intrafamiliar sinaliza o caráter intergeracional da violência doméstica, refletida nas relações conjugais abusivas.
RESUMO Objetivo: conhecer a experiência masculina acerca da prisão preventiva por violência conjugal. Método: trata-se de um estudo qualitativo, exploratório-descritivo, com 23 homens em processo por violência conjugal junto à 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. A coleta se deu por meio de entrevistas semiestruturadas e grupo focal, entre maio e dezembro de 2015. Os dados foram organizados a partir do Discurso do Sujeito Coletivo e software NVIVO® 11. Resultados: os homens experienciaram a prisão preventiva por um tempo que variou entre 15 e 90 dias. As ideias centrais emergidas foram: Sentindo-se injustiçado e revoltado pela prisão; Reconhecendo sua conduta violenta; Aspirando por relações livres de violência. Conclusão: os achados apontam que é comum nos relacionamentos conjugais a naturalização da violência e sinalizam a importância do apoio social no processo de reflexão desse relacionamento. Soma-se a necessidade de articulação entre diversos setores envolvidos no processo criminal de homens por violência conjugal a fim de reeducar e ressocializar o autor da agressão.
RESUMOObjetivo: conhecer as expressões e repercussões da violência conjugal. Método: estudo quantitativo, documental e descritivo. Os dados foram coletados a partir de 212 processos de violência conjugal registrados em uma Vara de Violência pela Paz em Casa. O processamento deu-se a partir de distribuições das frequências apresentados em figuras. Resultados: com base nas informações contidas no processo, as mulheres referiram vivenciar as violências nas formas psicológica (90,09%), física (76,64%), moral (69,34%), patrimonial (24,06%) e sexual (19,34%). As repercussões registradas relacionam-se ao desencadeamento de hematomas (47,9%), lesões de pele (35,9%), escoriações (12%) e fraturas (4,2%), todas associadas à agressão física, a qual se deu através do uso da força corporal (76,64%), de armas branca (11,97%) e de fogo (11,39%). Conclusão: embora os processos registrem todas as expressões da violência tipificadas pela Lei Maria da Penha, as repercussões relacionam-se apenas à agressão física, apontando para a necessidade de adequação do formulário de investigação nas varas. Descritores: Violência Contra a Mulher; Gênero; Aplicação da Lei; Saúde Pública; Justiça criminal; Violência por Parceiro Íntimo. ABSTRACT Objective: to know the expressions and repercussions of conjugal violence. Method: quantitative, documentary and descriptive study. Data were collected from 212 cases of conjugal violence recorded at a Violence Court for Peace at Home. The processing took place from the frequency distributions presented in figures. Results: based on the information contained in the process, women reported experiencing psychological (90.09%), physical (76.64%), moral (69.34%), patrimonial (24.06%) and sexual (19.34%) violence. The recorded repercussions relate to the triggering of hematomas (47.9%), skin lesions (35.9%), excoriations (12%) and fractures (4.2%), all associated to physical assault, which took place using body force (76.64%), white arms (11.97%) and firearms (11.39%). Conclusion: although the processes register all expressions of violence typified by the Maria da Penha Law, the consequences are related only to the physical aggression, pointing to the need for adequacy of the investigation form at the courts.Descriptors: Violence Against Women; Gender Identity; Law Enforcement; Public Health; Criminal Law; Intimate Partner Violence.RESUMEN Objetivo: conocer las expresiones y repercusiones de la violencia conyugal. Método: estudio cuantitativo, descriptivo y documental. Los datos fueron recogidos a partir de 212 casos de violencia conyugal grabados en un Tribunal de Violencia para la Paz en el Hogar. El procesamiento ocurrió a partir de las distribuciones de frecuencia presentadas en tablas. Resultados: con base en la información contenida en ese proceso, las mujeres dijeron que habían experimentado violencia en las formas psicológica (90,09%), física (76,64%), moral (69,34%), patrimonial (24,06%) y sexual (19.34%). Las repercusiones registradas se refieren a la apariencia de hematomas (47,9%), lesiones en la piel (35,9%), excoriaciones (12%) y las fracturas (4,2%), todos ellos asociados a la agresión física, que se llevó a cabo mediante el uso de la fuerza corporal (76,64%), armas blancas (11,97%) y el de fuego (11,39%). Conclusión: aunque los procesos registren todas las expresiones de violencia tipificadas por la Ley Maria da Penha, las consecuencias están relacionadas exclusivamente con la agresión física, apuntando a la necesidad de adecuación de la forma de investigación en los tribunales. Descriptores: Violencia contra la Mujer; Identidad de Género; Aplicación de la Ley; Salud Pública; Derecho Penal; Violencia de Pareja.
Resumo O objetivo deste artigo é identificar as repercussões do abuso sexual experienciado na infância e na adolescência. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no mês de setembro de 2018, a partir da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Para busca, associou-se os seguintes descritores: Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes and (Adultos Sobreviventes de Abuso Sexual or Desenvolvimento Infantil), considerando como critérios de inclusão: artigos originais; disponíveis completos; publicados no período de 2013 a setembro de 2018; nos idiomas português, inglês e espanhol. Após a leitura dos títulos e dos resumos, selecionou-se 16 artigos, os quais foram lidos na íntegra e organizados através de uma tabela. Os estudos evidenciaram que pessoas que experienciam abuso sexual na infância e na adolescência apresentam repercussões de ordem psicológica, física, sexual e social, as quais perduram por toda vida. O estudo oferece subsídios para alertar profissionais de saúde quanto à necessidade de investigarem sinais e sintomas sugestivos de abuso sexual, visto que experienciar tal agravo traz inúmeras repercussões para vida das vítimas.
A violência por parceiro íntimo, muitas vezes, tem o uso do álcool e seus efeitos colaterais como elementos precipitadores e intensificadores das condutas violentas. Diante desse pressuposto, tem-se por objetivo identificar na literatura científica, nacional e internacional, as evidências científicas acerca da influência do consumo de bebidas alcoólicas na ocorrência de violênciapor parceiro íntimo. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Scientific Electronic Library Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Base de dados de enfermagem, nas línguas portuguesa e inglesa, não havendo artigos em espanhol, com os descritores: consumo de bebidas alcoólicas, violência contra a mulher e violência conjugal. Considerou-se como critérios de inclusão: artigos originais, publicados no período de 2011 a 2016, disponíveis gratuitamente nos idiomas português, inglês ou espanhol, excluindo assim artigos fora dos critérios de inclusão, além de teses, dissertações, monografias, livros, capítulos de livros, documentos governamentais e seminários. Foram encontrados 56 artigos, contudo, somente 7 atenderam aos critérios de inclusão e exclusão e responderam a questão de revisão. Dentre os selecionados, realizou-se uma análise, a qual correspondeu à síntese das evidências disponíveis nos artigos que compõem o corpus do estudo. A literatura nacional e internacional desponta para o consumo de bebidas alcoólicas dentro da relação conjugal, como um elemento que contribui de forma significativa para uma evidente propensão à prática da violência por parceiro íntimo, pois está relacionado com a instabilidade emocional e a reação contra as agressões perpetradas pelo parceiro íntimo.
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