Desenvolve projeto de pesquisa em Narrativas Midiáticas, apoiado pela Fapesp Resumo: Este artigo discute o fenômeno midiático "MC Véia", que se transformou a partir do funk carioca. Utilizamos conceitos que revelam os processos de antropofagia, com Oswald de Andrade, e hibridação cultural, com Néstor Canclini. Martín-Barbero e Herschmann são fundamentais para a discussão sobre identidade híbrida. Leda Maria Soares Ferreira, a "MC Véia", teve uma história de vida marcada por perdas de afeto e de identidade. Do medo à inserção, aceitação e incorporação da diferença, MC Véia mescla identidades, gerando referências inusitadas ou híbridas, e declara ter se "favelado". Como metodologia, utilizamos a pesquisa bibliográfica e exploratória, a avaliação de matérias em revistas e sites, entrevistas cedidas por Leda Maria à mídia e análise da página de MC Véia no Facebook. Palavras-chave: comunicação e cultura, antropofagia, funk.
As notícias não são um espelho do real, mas resultado de uma construção social e cultural com base em múltiplas fontes. Este estudo discute a influência da assessoria de imprensa na mídia contemporânea, por meio da análise de narrativas de dois press releases da área da saúde (um brasileiro e um português), selecionados no período de 19 de junho a 19 de julho de 2014, e da respectiva cobertura feita por dois jornais de grande circulação (um brasileiro e um português). A análise se faz por meio dos elementos narrativos, a fim de verificar se há a intenção de contar uma história no press release, com destaque para a construção de personagens, como formas expressivas de persuasão do aproveitamento do material pelo jornalista. O resultado aponta para a sugestão de histórias cujo eixo gravita em torno da função dos personagens e de sua capacidade de incitar empatia, compaixão e identificação. Entende-se as narrativas como formas de mediação, interpretação e transformação da experiência. Assim, como narradores contemporâneos que são, destaca-se a importância do critério desempenhado por jornalistas e assessores na composição de seus personagens.
Resumo: Com este trabalho objetiva-se discutir, a partir da comunicação e da cultura, aspectos da construção da série brasileira "O Infiltrado", especialmente no que se refere à imagem do narrador, Fred Melo Paiva, como um processo antropofágico de construção de linguagem, caracterizado pela troca cultural e pela ruptura dos cânones do gênero nas mídias. Utilizase como base o conceito de antropofagia, de Oswald de Andrade, entendido aqui como poética, ou seja, um modo de operação da linguagem. A discussão se articula, ainda, sob o olhar de pesquisadores das narrativas, entre os quais estão Walter Benjamin e Umberto Eco. Do ponto de vista empírico, a análise de alguns aspectos da série, vista como texto complexo, na concepção de Iuri Lotman, destaca a poética da antropofagia como possibilidade de reconfiguração dos produtos culturais e midiáticos, como um exercício de alteridade.Palavras-chave: comunicação e cultura; antropofagia; O Infiltrado; narrativas midiáticas.Abstract: O Infiltrado: media narratives and an anthropophagic poetics -This paper aims to discuss some construction aspects of the Brazilian TV series "O Infiltrado" from the communicative and cultural viewpoint, focusing mostly on the image of the narrator Fred Melo Paiva, as an anthropophagic process of language construction characterized by the cultural interchange and by the rupture of genre canons in media. We took as a basis the Oswald de Andrade's concept of anthropophagy, here understood as a poetics, i.e., as a way of operating the language. The discursive articulation comes from the gaze of specialists on narrative, such as Walter Benjamin and Umberto Eco. From the empirical point of view, the analysis of some aspects of the series, as a complex text according to Yuri Lotman, highlights the poetics of anthropophagy as a reconfiguration possibility for cultural and media products, as an exercise of otherness.
Introdução: O Movimento Passe Livre (MPL) articulou protestos contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade de São Paulo no mês de junho de 2013. Esses protestos obtiveram a cobertura nacional e internacional dos meios de comunicação, o que gerou discussões políticas, econômicas e de cunho social e comunicacional. Objetivo: Examinar, na estratégia narrativa, na articulação das figuras, temas e nos atos de enunciação dos grupos sociais, como se estabelece a produção de sentido em operações que tomam espaços da cidade e como o movimento popular demonstra saber no ato comunicativo, com características comportamentais do universo publicitário. Materiais e métodos: Este trabalho consiste de uma pesquisa descritiva em que se analisa e interpreta fatos. Quanto aos procedimentos, utiliza-se a Teoria Semiótica Discursiva de A. J. Greimas e seguidores, na Sociossemiótica de E. Landowski. Os corpora em análise são: o nome Movimento Passe Livre (MPL) e as imagens (Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6) obtidas no site do Movimento e em sites da imprensa. A abordagem do problema é do tipo qualitativo, uma vez que se operacionalizam valores, crenças, hábitos, atitudes, representações e opiniões, aprofundando a complexidade de fatos e processos particulares e específicos a indivíduos e a grupos relacionados com movimentos sociais. Resultados: Nas comunicações em rede, adeptos do movimento organizado criaram possibilidades para se desviar dos impedimentos urbanos, buscando a operacionalização dos protestos. Com a cobertura jornalística, o assunto estava presente em todas as conversas, num processo de contágio das relações intersubjetivas de ajustamento. Os sujeitos, neste caso, colocados em situação de igualdade, manifestaram as opiniões mais diversas, integrando-se de algum modo à discussão. Conclui-se que as vozes do MPL conseguiram fazer dele um Destinador competente ao dominar os canais publicitários (redes e ruas), e ao ecoar, com seus apoiadores, contagiados nas redes sociais, e ajudar na paralisação da cidade
Este artigo é parte de uma pesquisa apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Apresenta-se o trabalho de João da Filmadora, um comunicador informal que, apesar de ter concluído apenas o primeiro ciclo do ensino fundamental, atua como um produtor informal na cidade de Campina do Monte Alegre, SP. Suas sugestões de pautas chegam às mídias regionais, nacionais e internacionais. Os objetivos consistem em, a partir de entrevistas e da análise de narrativas, narrar, descrever, organizar e, assim, analisar parte das práticas que inserem as pautas de João da Filmadora nas narrativas midiáticas. O aporte teórico se faz a partir das discussões de Walter Benjamin, Muniz Sodré, Eduardo Meditsch, Felipe Simão Pontes e Gislene Silva. Conclui-se que João da Filmadora é um narrador contemporâneo que se apropriou tanto da linguagem dos meios quanto dos jargões dos profissionais da comunicação e que exerce seu papel de narrador, ciente do poder simbólico de suas narrativas.
Este trabalho tem por objetivo realizar uma leitura do conto A Terceira Margem do Rio, de João Guimarães Rosa, à luz dos conceitos de Comunicação, Incomunicação e Poesia. Entendemos o conto na perspectiva das narrativas mediáticas, como uma possível forma de apresentação, interpretação e recriação dos fenômenos humanos. Para tanto, dividimos o conto em atos dramáticos e observamos os fenômenos da comunicação e da incomunicação, sobretudo por meio da narrativa do filho sobre seu pai. Concluímos que a comunicação e a incomunicação são construídas poeticamente na narrativa, permitindo-nos uma leitura complexa sobre o fenômeno humano da comunicação.
Por meio de uma poética antropofágica, as culturas gospel e secular se entrecruzam nas apresentações da cantora Baby do Brasil, entremeando aspectos considerados sagrados e profanos. Nas representações midiáticas acerca do fenômeno em narrativas jornalísticas, entretanto, despontam estranhamentos, clivagens e incompreensões, verificadas por meio de análise de conteúdo. Tais construções simbólicas sinalizam a hegemonia de uma mediação que segrega as culturas evangélica e secular, o que pode ser indício do que também acontece nos demais campos da esfera pública.
Este trabalho aborda os conceitos e definições do segmento B2B (business-to-business) e sua relação com o folkmarketing como estratégia de relacionamento e aproximação com o cliente. A fim de entender as possíveis convergências entre o segmento e a estratégia, utilizase a pesquisa bibliográfica e uma pesquisa qualitativa aplicada, com profissionais da área de vendas, atuantes no B2B.
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