As dificuldades de comportamento na infância têm sido alvo de inúmeras discussões na área médica e educacional, sobretudo nos últimos anos. Com isto, dois fenômenos inter-relacionados se sobressaem: a medicalização e a patologização da infância. A medicina e a psiquiatria são saberes produtores destes processos ao criarem e recriarem categorias diagnósticas que justifiquem inúmeros problemas da rede de relações complexas que caracterizam o ambiente escolar. Nesta perspectiva, pretendemos trazer o relato de pais e professores de uma escola pública do interior de São Paulo sobre alunos, com idade entre sete e 11 anos, diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e relacioná-lo com as discussões acerca do processo de medicalização na atualidade. Considera-se que as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem ou comportamento são categorizadas como um corpo biológico a-histórico desprovido de vida social e afetiva.Palavras-chave: TDAH. Medicalização.
RESUMOEste trabalho refere-se a uma pesquisa qualitativa cujos objetivos consistiram em identificar as concepções e a compreensão da família a respeito da importância e do papel da escola e da família para o desenvolvimento das crianças. Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semidirigidas com pais de alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, de escolas municipais cuja permanência da criança é em tempo integral, no município de Assis/SP, nas quais foi possível perceber um descompasso entre a função familiar e a escolar. Devido às transformações sociais e familiares dos últimos séculos, nota-se que a família sofreu um enfraquecimento no desempenho de seu papel, depositando parte da responsabilidade sobre o desenvolvimento cognitivo e emocional de seus filhos na escola. Esta também se transformou, incorporou novas funções, como é possível observar na ampliação da jornada escolar que a mesma passou. Palavras-chave:Família. Escola. Relação família -escola. ABSTRACTThis work refers to a qualitative research, whose objectives were to identify the concepts and the understanding of the family about the importance and role of school and family for the development of children. For the data collection semi-structured interviews were conducted with parents of students of the first year of Elementary School, municipal schools whose permanency of the children is full time, in the city of Assisi/SP, in which Texto recebido em 06 de agosto de 2014 e aprovado para publicação em 19 de março de 2015.
Tanto a gestação quanto a adolescência são vividas de diferentes formas nos diversos contextos sociais e culturais. A partir da constituição familiar que a adolescente se sentirá mulher em determinados grupos. Buscamos entender o desejo pela gestação e o lugar ocupado pelo filho no imaginário materno, e assim, compreender quais ideias de ego familiar constituíram-se em torno da filiação e como se construíram em suas vidas. Para isso, realizamos entrevistas semidirigidas e elaboramos uma Linha do Tempo Familiar com seis gestantes de 14 a 18 anos. A análise destas nos mostrou a gestação na adolescência como um desejo e uma possibilidade de ascensão social. O filho traz a esperança da reconstrução das vivências infantis das entrevistadas e a sensação de segurança e vínculo inabalável. Com isso, reafirmamos a necessidade de uma reformulação nos projetos sociais para a população de baixa renda, que considere os jovens globalmente, possibilitando-lhes autonomia e reflexões.
Resumo: A intimidade na relação conjugal é um aspecto pertencente ao ciclo da vida humana que compreende a união e troca de afetos entre duas pessoas, sendo que a presença da mesma na díade permite que haja confiança, partilha, revelação de vulnerabilidades e reciprocidade. O objetivo deste artigo foi identificar na literatura se a intimidade em casais é compreendida enquanto um fator de proteção para cuidados em saúde de pacientes portadores de doenças crônicas. Desta forma, foi realizado a pesquisa dos artigos através do recurso de base de dados relacionadas com a temática e incluídos estudos com amostras compostas de casais em que um dos parceiros possuía diagnóstico de doença crônica. A partir dos resultados encontrados foi possível verificar que a presença da intimidade na díade, apesar dos prejuízos ocasionados pela doença e os respectivos tratamentos, acaba por se tornar um espaço onde o paciente obtêm a vivência de conforto, amparo e segurança. Palavras chaves: Intimidade; conjugalidade; doença crônica; cuidado em saúde; integralidade em saúde.
O movimento decasségui ficou conhecido na década de 1980, no Brasil e na América Latina, pelos descendentes de japoneses que emigraram para trabalhar no Japão. Atualmente, muitas famílias vêm retornando para o Brasil, acompanhadas de seus filhos. O objetivo da pesquisa foi investigar as dificuldades de adaptação ou readaptação à cultura brasileira, sobretudo, no ambiente escolar, pelo método clínico de investigação e entrevistas com os pais e seus filhos. Os resultados apontam os fatores que contribuem para acentuar ou agravar as dificuldades de adaptação do infante ao novo entorno.
Com a migração dos nipo-brasileiros para o Japão, movimento denominado decasségui, iniciado em meados de 1980, os seus filhos, nascidos naquele país ou no Brasil e que migraram em idade precoce, vivem os desafios da escolarização, a qual pode ocorrer nas escolas públicas japonesas ou em escolas privadas brasileiras no Japão. De acordo com a experiência da escolarização, a aquisição do idioma, os planos de futuro, a constituição identitária e do pertencimento apresentam questões específicas. Este artigo focaliza os dados obtidos de 2012 a 2015, através do desenvolvimento de um projeto em escolas no Japão. Constata-se que o tipo de escola influencia a aquisição do idioma, alterando as possibilidades de acesso ao ensino superior e, em ambos os casos, os jovens se identificam com o Japão. Utilizando a teoria psicanalítica e estudos migratórios, podemos notar que o processo educativo resultará em implicações subjetivas, sociais e identitárias desses jovens.
As relações amorosas e a busca por um(a) parceiro(a) permeiam a vida dos sujeitos, ao longo de toda sua vida, interferindo de maneira direta em sua subjetividade. Contudo, mudanças sociais e culturais contemporâneas afetaram essas escolhas, alterando as prioridades dos sujeitos e provocando inúmeros rompimentos amorosos. Por essa razão, a presente pesquisa procurou investigar as concepções de jovens adultos solteiros, estudantes de uma universidade pública no município de Assis, os quais já vivenciaram alguma ruptura amorosa, e buscou apurar o que gerou o rompimento e como lidaram com isso. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas semidirigidasgravadas e, posteriormente, transcritas. Os dados foram analisados, levando-se em consideração as regularidades e peculiaridades dos discursos, e a discussão e a interpretação dos dados foram realizadas de acordo com a teoria psicanalítica. Dessa forma, foi possível observar a prevalência de relacionamentos amorosos com pouco investimento afetivo, diante de um investimento narcísico exacerbado. Para a maioria dos jovens, permitir-se amar o outro significa assumir um risco maior, partindo do pressuposto de que isso pode gerar frustração e fugir da ideia de satisfação plena.Palavras-chave: vínculos amorosos, rompimentos amorosos, jovens adultos, psicanálise.
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