Resumo: O artigo mostra como se deu o desenvolvimento da indústria farmacêutica no Brasil e na Índia, e por que a indústria desses dois países, que até a década de 1970 eram muito semelhantes, hoje apresentam significativas diferenças, principalmente em relação a tecnologia. A análise histórica das trajetórias da indústria nos dois países evidenciou que a indústria indiana apresenta maior conteúdo tecnológico, devido, entre outros, a eficiência de políticas públicas implantadas desde a década de 1970, que tinham como objetivo aumentar não apenas a produção, mas também o desenvolvimento tecnológico.Palavras-chave: Indústria Farmacêutica; Política Industrial; Estrutura de Mercado; Brasil; Índia.
JEL: L22, L25, L52,L65The pharmaceutical industry in Brazil and India: a comparative study
Cidades globais e redes de produção globais (RPG), abordagens analíticas fundamentais na Geografia Econômica, são aspectos definidores da economia global atual. Os conceitos de cidades globais e RPG são explorados no presente artigo, com o argumento de que algumas cidades globais, por integrarem suas esferas de influência em RPG, funcionam como “gateways”. Contudo, enquanto o conceito de cidades globais está concentrado nos serviços avançados e na presença de sedes corporativas, o de cidades gateway é marcado por cinco dimensões: logística e transporte, processamento industrial, controle corporativo, prestação de serviços e geração de conhecimento. Apesar do escopo conceitual deste artigo, cada uma das dimensões é também contextualizada a partir de exemplos do setor de petróleo e gás da América do Sul e da África Subsaariana. Essas informações empíricas ilustram a relevância das cinco dimensões apontadas para o desenvolvimento em um contexto de redes.
Abstract The global economy is organized in value chains, spatially and functionally fragmented. Despite this dispersion, the administrative activities of these chains continue to be concentrated in some cities, which play an important role in certain chains, because they concentrate companies and economic flows. The research on value chains has not focused on the city level and has adopted mainly case studies as the methodological approach. Considering this, we apply a network methodology to analyse the powerful cities in the South American oil and gas investment network, including the attributes that explain this position and the spatial extent of it. To perform this analysis, we use data on green and brownfield investments. Our results indicate that Rio de Janeiro is the most central city in this network, but its action is mainly concentrated in Brazil. This work seeks to contribute mainly to the methodological development of the studies in the area.
Em um contexto de redes de produção globais, as cidades são os locais do processo de geração de conhecimento, pois reúnem uma variedade de atores e ativos necessários para essa atividade sofisticada. A geração de conhecimento envolve a interação entre muitos atores localizados dentro da cidade, como empresas, universidades e centros de pesquisa, e também entre atores de diferentes cidades, constituindo uma forma de rede. No entanto, nem todas as cidades conseguem fazer parte dessa rede, e a literatura tem sido focada nas cidades do Norte Global e nas indústrias de alta tecnologia. Considerando essas questões, este artigo tem como objetivo mapear e investigar a rede de conhecimento no segmento de petróleo offshore, mostrando se (e como) as cidades do Sul global de países ricos em recursos naturais estão inseridas nesta rede. A análise é realizada no nível da cidade, destacando as cidades que aparecem como importantes locais de geração de conhecimento. Para atender a esses objetivos, criamos um banco de dados de patentes, desenvolvido a partir de patentes concedidas pelo USPTO entre 2007 e 2017, desenhamos uma rede com base na localização dos inventores e aplicamos a análise k-core. Descobrimos que o Rio de Janeiro é a única cidade de um país do Sul global e rico em recursos naturais, que aparece nas camadas mais centrais da rede. Identificamos que a inserção do Rio de Janeiro é baseada em dois grupos de atores que desempenham papéis diferentes, e que a inserção da cidade na rede é altamente influenciada pelo NOC local, a Petrobras.
Resumo Além de fomentar o aumento do comércio entre países, a globalização tem mudado significativamente os processos econômicos ao possibilitar que as empresas dividam as cadeias de produção e comercialização em vários segmentos, que se espalham por todo o mundo. Nesse sentido, as redes de produção globais (RPGs), fragmentadas organizacionalmente e dispersas espacialmente, têm se constituído em uma nova estrutura que impulsiona cada vez mais a economia mundial. Partindo dos conceitos de densidade, distância e divisão, considerados pelo Relatório de Desenvolvimento Mundial do Banco Mundial de 2009 como fatores determinantes para se forjar o desenvolvimento regional, este artigo objetiva analisar a maneira pela qual o setor de petróleo e gás no Brasil tem se conectado às RPGs, as condições que beneficiam e dificultam essas conexões, e as implicações disso para o desenvolvimento regional.
Anteriormente, os fluxos de IDE tinham a sua origem fortemente atrelada às economias desenvolvidas. Relatórios recentes de organizações multilaterais tem mostrado que esse fenômeno tem sofrido modificações, com cada vez mais países em desenvolvimento também ocupando importantes posições como grandes realizadores de IDE. A partir dessa consideração, o presente trabalho busca mostrar quais são os determinantes do IDE originado no Brasil e qual o papel da regionalidade. Para tanto, será estimado um modelo de dados em painel, com variáveis macroeconômicas e institucionais. Os resultados apontam a não significância da regionalidade e a forte relevância das variáveis macroeconômicas.
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