O entendimento do formato da Intervenção Familiar citada pelos ensaios clínicos controlados na condição esquizofrenia foi o foco de nossa investigação aqui relatada. Procedemos a uma busca sistemática na base de dados MedLine e elaboramos a compreensão da fundamentação teórica das práticas descritas para avaliar a heterogeneidade clínica das intervenções que são objeto de estudo dos ensaios que resgatamos. Descrevemos um modelo denominado "pragmático", que apresenta fragmentos de técnicas, sem princípios de base ou técnicas derivadas de teorias; outro modelo cuja ênfase do trabalho é na mudança comportamental; e por fim um modelo cognitivo comportamental, que privilegia a abordagem cognitiva. Fazemos considerações sobre os conceitos de Emoção Expressa (EE) e Sobrecarga Familiar, subjacentes aos modelos comportamental e cognitivo comportamental na Intervenção Familiar para Portadores de Esquizofrenia. Consideramos que esse modelo, que privilegia um maior entendimento do familiar acerca da esquizofrenia, com a devida adequação devido às especificidades culturais nacionais, deve ser investigado para a utilização nos CAPS do Brasil.
A esquizofrenia é um dos mais graves transtornos mentais e atinge aproximadamente 1% da população mundial. Caracteriza-se por uma desorganização de diversos processos mentais e por alteração do comportamento, evoluindo com recaídas (recorrência de sintomas), na maioria dos casos, que podem resultar em que a vida afetiva, social e produtiva do paciente fique severamente comprometida. Pode representar ainda um impacto importante na vida dos familiares, o que vem sendo conceituado como "sobrecarga familiar", bem como custos relevantes para toda a sociedade. No Brasil, a esquizofrenia corresponde ao 5º lugar na manutenção de auxílio-doença no país 1 .Para o presente trabalho, os procedimentos de atenção à condição esquizofrenia, inclusive a intervenção familiar, foram identificados, inicialmente, a partir do livro-texto de Kaplan & Sadock 2 , e de documentos governamentais do Canadá 3 e dos Estados Unidos 4 . Esse último documento aponta que das intervenções psicossociais testadas para o tratamento da esquizofrenia, a partir da década de 70, apenas para a chamada "intervenção familiar", haveria um volume de ensaios clínicos bem desenhados com resultados consistentes.A análise das propostas de intervenção familiar dos ensaios foi previamente efetuada 5 com ] was equivalent to that of the behavioral therapy subgroup and the "pragmatic" subgroup
RESUMO A inclusão escolar surgiu como um desafio e exigiu que as escolas revissem sua estrutura e criassem novas formas de ensinar. O mediador escolar acompanha o estudante durante seu dia letivo, buscando intervir, potencializando seu processo de aprendizagem, socialização e desenvolvimento. Pelo viés da cartografia, a pesquisa aqui construída se propõe a mapear processos intrincados no âmbito da mediação escolar realizada com crianças ditas autistas ou psicóticas. As vias de trabalho criativas, não normatizantes e não medicalizantes possíveis à prática da mediação escolar abrigam-se no adotar de uma postura ético-política, a qual tensiona o lugar ocupado pelo mediador. Guiada por esse posicionamento, a mediação escolar pode inaugurar vias de trabalho que produzam vida e reconheçam a singularidade da pessoa em situação de inclusão.
A educação especial teve seu início profundamente marcado pelo campo da saúde e do modelo biomédico de deficiência. Apesar do avanço das políticas públicas no sentido de uma concepção biopsicossocial, a hegemonia do campo biológico ainda perdura, provocando uma captura desses modos de existência através de explicações unilaterais. A proposta desse artigo é analisar, a partir do prisma da interdisciplinaridade na educação inclusiva, as possibilidades de articulação dialógica para a superação da hegemonia da medicina sobre a educação especial. São analisados dois conceitos previstos na organização da educação inclusiva: a intersetorialidade nas ações e o caráter transversal da educação especial. A cartografia é trazida como viés metodológico enquanto criador de espaços comuns. Apresentamos um relato de experiência que traz a intersetorialidade como princípio dinamizador do diálogo entre os atores implicados na educação do aluno. A partir da interdisciplinaridade abrem-se espaços comuns na escola, e a partir da intersetorialidade amplia-se o contato entre saúde e educação, chamando à cena outros profissionais, a família e a comunidade. Essa conjuntura favorece o diálogo entre os saberes e a superação dessa hierarquia biomédica ao criar condições para que outras disciplinas contribuam com a educação especial.
Todas as unidades de base do SUS estão sendo acionadas no enfrentamento da pandemia do COVID-19 e as políticas públicas em saúde emergem como imprescindíveis no tocante às estratégias de planejamento e ação. O mesmo se deu com os dispositivos em saúde mental, como os Centros de Atenção Psicossocial que, como todas as outras estratégias do cuidado em saúde, tornou-se importante protagonista do cenário atual. As duras condições do crônico subfinanciamento, atualmente maximizadas, o desmonte e retrocesso das políticas da gestão,principalmente no âmbito federativo, são elencados em perspectiva crítica. Esse artigo traz a visibilidade da articulação do Centro de Atenção Psicossocial no território de forma mais ampliada nesse momento, através de recortes de cenas de situações cotidianas. Pensar a rede em conjunto é construí-la, e a necessidade de construção intersetorial com a comunidade e políticas públicas é permanente.
RESUMO Com o objetivo de acompanhar os movimentos de professores de uma rede de ensino municipal em relação às crianças consideradas com dificuldades de escolarização, apresentamos o mapa traçado nesta pesquisa com o método da cartografia, desenvolvida através de narrativas docentes que dizem dos tensionamentos e das tentativas que empreendem no processo de ensino. A categorização do outro em diagnósticos provoca a diminuição das possibilidades da existência e os rótulos interferem na forma como os relacionamentos se estabelecem, discutimos sobre a singularidade e os padrões que marcam, reduzem e subjetivam a vida. Como linha de fuga à subjetivação medicalizante nas escolas, obtivemos como resultado o traçado de formas de percepção e criação de outros possíveis por meio do exercício da docência como presença próxima, que amplia a possibilidade de ensino e aprendizagem ao perceber o outro sem interpretá-lo a partir de referenciais padronizados, mas compreendendo sua singularidade para, a partir daí, criar circunstâncias para o aprendizado.
Modo de acesso: World Wide Web Inclui bibliografia 1. Educação 2. Meio Ambiente 3. Tecnologia I. Título CDD-370 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores www.poisson.com.br
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