TEMA: grupo terapêutico fonoaudiológico. OBJETIVO: revisar, de maneira sistemática, pesquisas advindas de todas as áreas da Fonoaudiologia que envolveram abordagens grupais, na realidade brasileira. Foi realizada busca nos bancos de dados das bases SciELO e LILACS no período de 2005 a 2010. Foram selecionados os estudos cujos conteúdos dos resumos relacionavam-se com o objetivo da presente pesquisa. Como forma de categorização dos dados, optou-se pela análise dos seguintes aspectos: público-alvo, ano de publicação e área da Fonoaudiologia envolvida. CONCLUSÃO: observa-se um número restrito de publicações referentes ao tema (28 artigos). A maior parte dos trabalhos foi realizada com público adulto, seguido de grupos de crianças, adolescentes e idosos, respectivamente. Foi baixo o índice de artigos envolvendo grupos de familiares. Dentre as áreas da Fonoaudiologia, a de Linguagem tem o maior número de publicações envolvendo grupos, seguida pelas áreas de Voz e Audiologia. Em relação ao ano de publicação, observou-se que, de maneira geral, tem havido decréscimo do número de publicações sobre o assunto desde o ano de 2007. Concluiu-se que é restrito o número de publicações sobre grupo terapêutico na área de Fonoaudiologia. Considera-se que além de novos estudos sobre a prática grupal, outros trabalhos de revisão devam assumir a análise de categorias como aspectos metodológicos, estratégias de atuação e resultados obtidos nos processos terapêuticos grupais.
Este estudo tem como objetivo caracterizar a dinâmica vocal de crianças disfônicas pré e pós-terapia fonoaudiológica em grupo por meio de avaliação perceptivo-auditiva e acústica da voz. Participaram seis crianças, dois meninos e quatro meninas, com idades entre sete e dez anos, com diagnóstico de disfonia funcional ou organofuncional. As crianças foram submetidas à anamnese, análise perceptivo-auditiva e acústica da voz, antes e após processo terapêutico grupal semanal, num total de doze sessões de quarenta minutos cada. Como estratégias terapêuticas foram propostas atividades de dramatizações, desenhos, brincadeiras, elaboração de painéis e realizados exercícios vocais (de forma coletiva e lúdica). Buscou-se a troca de experiências entre os membros do grupo, a construção conjunta de conhecimentos sobre a produção da voz e saúde vocal, e, a atuação direta por meio de técnicas e exercícios. Os dados foram analisados usando um nível de significância de 0,10. Quanto aos parâmetros de rugosidade e grau global da disfonia da avaliação perceptivo-auditiva, houve diferença entre as avaliações realizadas antes e depois do processo terapêutico grupal (p=0,024 e p=0,074, respectivamente). Em relação à análise acústica da voz pré e pós-terapia, não houve diferença para frequência fundamental e intensidade vocal média (p=0,288 e p=0,906, respectivamente). Já para as medidas de ruído, jitter e shimmer, houve diferença entre as avaliações iniciais e finais (p=0,079 e p=0,046, respectivamente). A terapia fonoaudiológica em grupo promove modificações na dinâmica vocal de crianças disfônicas, no que se refere aos parâmetros perceptivo-auditivos e acústicos.
RESUMO: o objetivo desse trabalho foi investigar, a partir do olhar da equipe educacional, as práticas pedagógicas no Ensino Médio e Ensino Profissionalizante quando tem em sala de aula alunos surdos. Foi realizada uma pesquisa de campo qualitativa e a coleta de informações ocorreu a partir de uma entrevista não estruturada com dois professores, dois pedagogos e um intérprete de Libras que atuam na educação de três alunos surdos do ensino regular. A pesquisa foi realizada em uma escola estadual, considerada referência para educação de surdos, de uma cidade de médio porte do interior do Paraná. O conjunto de dados foi dividido em eixos temáticos e analisados a partir do conteúdo. Os eixos temáticos norteadores da discussão são: aspectos positivos e negativos -inclusão do aluno surdo no ensino regular; metodologias de ensino usadas em sala de aula com o aluno surdo; o intérprete de Libras na escola regular. Conclui-se que a inclusão do aluno surdo está sendo realizada, mas que essa inclusão não está garantindo o acesso às aprendizagens, pois há dificuldades de comunicação entre professor e aluno surdo, falta de conhecimento sobre a surdez e adaptações metodológicas isoladas na sala de aula. Espera-se que esse estudo movimente discussões acerca da inclusão do aluno surdo no ensino regular, possibilitando a essa população um ensino que respeite a peculiaridade da surdez e dê condições para que esses sujeitos se desenvolvam e participem efetivamente do meio social em que vivem. PALAVRAS-CHAVE:Educação Especial. Surdez. Inclusão Educacional. Ensino Médio. ABSTRACT:The aim of this study was to investigate teaching practices, from the perspective of the educational team, in high school and vocational education when there are deaf students in the classroom. We conducted a qualitative field study; data collection occurred using an unstructured interview with two classroom teachers, two pedagogues and one Brazilian Sign Language (Libras) interpreter who work with three deaf students in regular education. The survey was conducted in a state school that is considered a reference in deaf education, in a medium sized city in a rural part of the state of Paraná. The dataset was divided into themes and analyzed according to content. The categorical topics under discussion were positive and negative aspects -inclusion of deaf students in regular education, teaching methodologies used in the classroom with deaf students, the Libras interpreter in regular schools. We concluded that even though the inclusion of deaf students is being carried out, access to learning is not necessarily being ensured. The reasons for this include communication difficulties between teachers and deaf students, lack of understanding about deafness and the application of isolated methodological adaptations isolated in the classroom. We hope this study will instigate further discussions about the inclusion of deaf students in regular education, enabling this group to partake in an educational experience that respects the uniqueness of deafness, and that offe...
O desenvolvimento humano é produto das relações sociais que são mediadas, vivenciadas e internalizadas pelo indivíduo. Assim, a maneira como o sujeito é inserido em seu grupo social tem impactos definitivos sobre sua constituição. Os indivíduos autistas, devido às alterações nas interações sociais, na linguagem e a presença de comportamentos estereotipados, podem ter a participação na vida social e cultural prejudicada, acentuando suas dificuldades. Os objetivos do trabalho foram analisar processos dialógicos de cinco adolescentes autistas enfocando: indícios de experiências que eles vivenciam no cotidiano e dizeres sociais impregnados em seus discursos orais, buscando subsídios para o processo terapêutico de tais sujeitos. O material empírico foi coletado a partir da realização, gravação e transcrição de duas sessões fonoaudiológicas individuais com três adolescentes autistas. As sessões privilegiaram o trabalho com as histórias de vida dos sujeitos e a utilização de fotografias pessoais como recurso terapêutico. As análises foram qualitativas, pautadas na análise microgenética. Os resultados apontam que as experiências que os sujeitos vivenciam são proporcionadas pela escola, pela família e relacionadas a passeios, viagens, festas de aniversários, convivência com parentes menos próximos, igrejas. Notou-se também que os pais e profissionais prolongam a infância de seus filhos autistas, representando-os, mesmo na adolescência, como crianças. Observou-se que os sujeitos autistas mantêm relacionamentos restritos às suas famílias, não demonstrando ter convivência com outras pessoas. Conclui-se que os sujeitos autistas vivem experiências culturais importantes e significativas para eles, porém, com pouca convivência com pares de seu grupo etário.
Objective: to evaluate the speech sound production of children diagnosed with a palatine mouth breathing and / or hypertrophic pharyngeal tonsil and compare it to that of a group of children that do not show any respiratory alterations, besides associating with age and sex. Methods: a quantitative, cross-sectional, analytical and observational research. Children from five to twelve years old have took part of the study, 50 of them diagnosed as mouth breathers (research group - RG) and 50 with no respiratory alteration (control group - CG). Anamnesis and evaluation based on MBGR protocol was performed, focusing on the speech, supported by figures and with samples of automatic and spontaneous speech. Results: there were no differences between the groups, taking into account the parents' complaint. Speech alterations, such as phonetic deflection, lingual interposition and distortions, and occlusion alterations were more frequent in RG. Speech alterations prevailed for males in 83% and the average age related to speech did not show any significance. Conclusion: mouth breathing children present more alterations of speech sounds than those presented with no respiratory alteration, regardless of the age group, being more common in male children.
Purpose: to review, in an integrative manner, studies using surface electromyography in the orofacial and cervical musculature in mouth breathing children aged from three to 11 years and 11 months old. Methods: the survey was conducted in national and international databases, from 1998 to 2018, in Portuguese, English and Spanish. Review articles, dissertations, book chapters, case studies and editorials were excluded. Results: 86 articles were found, 14 of which met the inclusion criteria. Most of these studies used surface electromyography to assess and describe the muscle condition of the mouth breathing population. Only one study addressed the influence of myofunctional speech therapy and two studies included physical therapy treatment, using electromyographic evaluation before and after the intervention. Given the main categories of analysis, the discussion was based on the year, state of publication and journal, sample size, scientific methodology, muscles assessed, assessment protocols used and the results of the publications. Conclusions: surface electromyography has been used mainly in the initial assessment of orofacial and postural myofunctional changes caused by mouth breathing and not as a therapeutic biofeedback, thus, it is important to conduct longitudinal studies using this instrument in mouth breathers.
Purpose: to report the importance of a docking procedure the parents of dysphonic children, members of a group of speech therapy. Methods: this is a qualitative case report and micro genetic analysis method of speech therapy sessions videos recordings with a group of parents of dysphonic children. Results: the analyzes were described from three categories: the first being on the parents' knowledge about the voice, children's learning about the voice in the therapy process, and the results of the therapeutic process. The second category involved the vocal habits and the use of voice in daily life. And the third on the concern of parents with associated respiratory diseases. Conclusion: the proposed groups with parents of dysphonic children is a valid therapeutic option, as it proved to be a constructive work for all members. Also welcoming the parents of dysphonic children is essential since they directly interfere in the therapeutic management. Keywords: Dysphonia; Voice Desorders; Group Practice; Parents; Voice RESUMO Objetivo: relatar a importância de um procedimento de acolhimento a pais de crianças disfônicas, participantes de um grupo de terapia fonoaudiológica. Métodos: trata-se de um relato de caso de caráter qualitativo e método de análise microgenética de gravações de vídeos de sessões de terapia fonoaudiológica com um grupo de pais de crianças disfônicas. Resultados: as análises foram descritas a partir de três categorias: a primeira relativa ao conhecimento dos pais acerca da voz, a aprendizagem das crianças sobre a voz no processo de terapia e os resultados do processo terapêutico. A segunda categoria envolvia os hábitos vocais e os usos da voz no cotidiano. E a terceira relativa à preocupação dos pais com as patologias respiratórias associadas. Conclusão: a proposta de grupos com os pais de crianças disfônicas é uma possibilidade terapêutica válida, pois se mostrou como um trabalho construtivo para todos os integrantes. Além disso, o acolhimento dos pais de crianças disfônicas é essencial visto que eles interferem diretamente na condução terapêutica.
ResumoAs obstruções das vias aéreas superiores, como tonsilas hipertrofiadas, são causas da respiração oral. Objetivo: traçar o perfil miofuncional orofacial de crianças respiradoras orais pré-adenoidectomia e/ou amidalectomia. Trata-se de um estudo descritivo de caráter quantitativo de levantamento de dados. As avaliações de motricidade orofacial basearam-se no protocolo MBGR. Resultados: foram avaliadas 32 crianças, com média de idade de 8,9 anos. Destas, 34,4% eram do sexo feminino e 65,6%, do sexo masculino; prevaleceram o aleitamento natural e o hábito oral. As principais queixas foram de respiração oral e ronco. A maioria foi encaminhada para a realização de adenoamigdalectomia. A postura corporal
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