Objective To analyze the vocal self-perception of individuals who wore face masks for essential activities and those who wore them for professional and essential activities during the coronavirus disease pandemic. Materials and Methods This was an observational, descriptive, cross-sectional study. The study included 468 individuals who were stratified into two groups: the Working Group, comprising individuals who wore face masks for professional and essential activities during the pandemic; and the Essential Activities Group, with individuals who wore face masks only for essential activities during the pandemic. The outcome measures tested were self-perception of vocal fatigue, vocal tract discomfort, vocal effort, speech intelligibility, auditory feedback, and coordination between speech and breathing. Descriptive and inferential statistics were performed. Results Face masks increased the perception of vocal effort, difficulty in speech intelligibility, auditory feedback, and difficulty in coordinating speech and breathing, irrespective of usage. Individuals who wore face masks for professional and essential activities had a greater perception of symptoms of vocal fatigue and discomfort, vocal effort, difficulties in speech intelligibility, and in coordinating speech and breathing. Conclusion Use of face masks increases the perception of vocal symptoms and discomfort, especially in individuals who wore it for professional and essential activities.
OBJETIVO: Conhecer a autopercepção de idosos saudáveis frente às possíveis dificuldades de deglutição. MÉTODOS: Participaram 104 idosos, 62 mulheres e 42 homens, com idades entre 60 e 88 anos, que autorreferiram bom estado de saúde geral, sem histórico de doenças degenerativas, neurológicas ou quaisquer outros acometimentos que pudessem influenciar na deglutição. Todos passaram por rastreios cognitivo e emocional e apresentaram condições satisfatórias em ambos. Foi aplicado um questionário para levantamento de dados gerais e de saúde, e o protocolo SWAL-QOL. Os dados foram analisados estatisticamente. RESULTADOS: A maior parte dos domínios do SWAL-QOL apresentou médias próximas ao valor máximo possível (100 pontos), indicando autopercepção positiva dos idosos quanto à qualidade de vida em deglutição. Idosos usuários de prótese dentária apresentaram melhores índices na maior parte dos domínios, quando comparados aos não usuários. Indivíduos que autorreferiram prótese mal adaptada obtiveram menores escores nos domínios deglutição como um fardo, duração da alimentação e frequência de sintomas. Homens e mulheres diferenciaram-se apenas nos domínios "Sono" e "Fadiga", em que mulheres apresentaram médias inferiores. Não houve correlação entre os escores obtidos no SWAL-QOL e as variáveis idade e renda. CONCLUSÃO: Idosos saudáveis, em geral, não autorreferem alterações significativas quanto à qualidade de vida em deglutição. Além disso, não há redução da qualidade de vida em deglutição à medida que há o avanço da idade. A prótese dentária, quando bem adaptada, minimiza prejuízos referentes à deglutição.
OBJETIVO: identificar possíveis problemas vocais enfrentados por cantores evangélicos de Irati-PR. MÉTODO: foram analisados 42 questionários respondidos por cantores de Igreja, onde constavam dados de identificação e um questionário referente a 30 problemas vocais que poderiam ser enfrentados pelos cantores, tanto referentes aos problemas de saúde vocal, quanto relacionados à utilização específica da voz cantada. O questionário já é amplamente utilizado na literatura brasileira. RESULTADOS: a média de problemas referidos foi de 7,78. Mulheres referiram maior quantidade média de problemas vocais (média:9,65) do que homens (média:6,19), havendo diferença estatisticamente significante entre eles (p=0,03). Das 30 questões, apenas uma não foi assinalada por nenhum cantor. Os problemas vocais mais citados foram: dificuldades para atingir notas agudas ou graves (n=29;58%), falta de ar para terminar frases musicais (n=27;54%), sensação de aperto ou bola na garganta (n=25;50%), sensação de voz fraca ou forte demais para o canto coral (n=22;44%), e desafinação (n=18;42%). Além disso, foi possível observar que não houve aumento de problemas vocais com o avanço da idade ou do tempo de canto (p=0,003 e p=0,573, respectivamente). CONCLUSÃO: mulheres referiram mais problemas do que homens no que se refere à utilização da voz no canto coral. A quantidade de problemas vocais independeu da idade e do tempo de canto, o que pode indicar que a falta de técnica pode ser prejudicial até mesmo para indivíduos que cantam há pouco tempo. As queixas mais frequentes parecem ter maior relação com a falta de técnica vocal.
RESUMOObjetivo: comparar hábitos de bem estar vocal entre cantores líricos e populares. Métodos: foi realizado um trabalho exploratório descritivo, com a participação de 30 cantores líricos e 30 populares, estudantes da Universidade Livre de Música. Todos responderam um questionário com 13 questões objetivas sobre hábitos vocais e utilização profissional da voz. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente Resultados: cantores líricos e populares têm hábitos semelhantes de alimentação, tabagismo, etilismo e uso de drogas recreacionais. Cantores populares têm menos horas de sono/ repouso ao dia, sendo esta uma diferença estatisticamente significante. Este grupo também se diferenciou dos cantores líricos por terem, em sua maioria, outro trabalho com a utilização profissional da voz falada. Também foi estatisticamente significante a maior carga horária no uso da voz cantada em líricos, bem como o maior uso de recursos considerados mitos para melhorar a voz. Cantores populares conhecem menos o trabalho fonoaudiológico junto aos profissionais da voz. Os cantores líricos aquecem a voz com maior frequência em relação aos populares, embora este segundo grupo, tenha demonstrado que este hábito tem sido adquirido. Tanto cantores líricos quanto populares não desaquecem a voz sistematicamente, depois da atividade profissional. Conclusão: Cantores líricos e populares com formação musical específica têm, em geral, hábitos de bem estar vocal semelhantes e diferenciam-se principalmente em relação à carga horária de trabalho semanal, à utilização de mitos na tentativa de melhorar a voz, ao conhecimento sobre o trabalho fonoaudiológico e à prática de aquecimento e desaquecimento vocal.
TEMA: grupo terapêutico fonoaudiológico. OBJETIVO: revisar, de maneira sistemática, pesquisas advindas de todas as áreas da Fonoaudiologia que envolveram abordagens grupais, na realidade brasileira. Foi realizada busca nos bancos de dados das bases SciELO e LILACS no período de 2005 a 2010. Foram selecionados os estudos cujos conteúdos dos resumos relacionavam-se com o objetivo da presente pesquisa. Como forma de categorização dos dados, optou-se pela análise dos seguintes aspectos: público-alvo, ano de publicação e área da Fonoaudiologia envolvida. CONCLUSÃO: observa-se um número restrito de publicações referentes ao tema (28 artigos). A maior parte dos trabalhos foi realizada com público adulto, seguido de grupos de crianças, adolescentes e idosos, respectivamente. Foi baixo o índice de artigos envolvendo grupos de familiares. Dentre as áreas da Fonoaudiologia, a de Linguagem tem o maior número de publicações envolvendo grupos, seguida pelas áreas de Voz e Audiologia. Em relação ao ano de publicação, observou-se que, de maneira geral, tem havido decréscimo do número de publicações sobre o assunto desde o ano de 2007. Concluiu-se que é restrito o número de publicações sobre grupo terapêutico na área de Fonoaudiologia. Considera-se que além de novos estudos sobre a prática grupal, outros trabalhos de revisão devam assumir a análise de categorias como aspectos metodológicos, estratégias de atuação e resultados obtidos nos processos terapêuticos grupais.
OBJETIVO: avaliar a desvantagem vocal de cantores amadores de coros de igreja. MÉTODO: participaram 42 cantores de coros amadores de igrejas, sendo 20 homens e 22 mulheres, com idades entre 18 e 59 anos. Todos responderam a um questionário contendo perguntas sobre autopercepção vocal e práticas de canto, e ao protocolo Índice de Desvantagem para o Canto Moderno (IDCM), composto por 30 questões referentes às subescalas incapacidade, desvantagem e defeito. Foi realizada triagem perceptivo-auditiva para classificação das vozes em adaptadas ou alteradas e mensuração dos graus De alteração. RESULTADOS: a pontuação total média obtida no IDCM foi 23 pontos. Os maiores escores foram obtidos na subescala "defeito" (10,9), seguido por "incapacidade" (7,6) e "desvantagem" (4,5), com diferença entre elas (p= 0,001). Cantores que nunca realizaram aula de canto apresentaram maiores escores no domínio "desvantagem" (p=0,003). À medida que o escore total do IDCM aumentou, a nota atribuída pelo cantor em relação à própria voz diminuiu (p= 0,046). Participantes com qualidade vocal alterada apresentaram maiores escores nas subescalas incapacidade e desvantagem e no domínio total do IDCM quando comparados aos que apresentavam qualidade vocal adaptada (p=0,012, p=0,049 e p=0,015, respectivamente). Além disso, quanto maior o grau de alteração vocal, maiores foram os escores referentes à subescala incapacidade (p=0,022). CONCLUSÃO: cantores de igreja apresentam desvantagem vocal importante. Quando apresentam alterações vocais, esta desvantagem é ainda maior. Quanto maior o grau de alteração vocal, maiores as limitações referentes à voz cantada. Aulas de canto parecem minimizar a desvantagem vocal nessa população.
Este estudo tem como objetivo caracterizar a dinâmica vocal de crianças disfônicas pré e pós-terapia fonoaudiológica em grupo por meio de avaliação perceptivo-auditiva e acústica da voz. Participaram seis crianças, dois meninos e quatro meninas, com idades entre sete e dez anos, com diagnóstico de disfonia funcional ou organofuncional. As crianças foram submetidas à anamnese, análise perceptivo-auditiva e acústica da voz, antes e após processo terapêutico grupal semanal, num total de doze sessões de quarenta minutos cada. Como estratégias terapêuticas foram propostas atividades de dramatizações, desenhos, brincadeiras, elaboração de painéis e realizados exercícios vocais (de forma coletiva e lúdica). Buscou-se a troca de experiências entre os membros do grupo, a construção conjunta de conhecimentos sobre a produção da voz e saúde vocal, e, a atuação direta por meio de técnicas e exercícios. Os dados foram analisados usando um nível de significância de 0,10. Quanto aos parâmetros de rugosidade e grau global da disfonia da avaliação perceptivo-auditiva, houve diferença entre as avaliações realizadas antes e depois do processo terapêutico grupal (p=0,024 e p=0,074, respectivamente). Em relação à análise acústica da voz pré e pós-terapia, não houve diferença para frequência fundamental e intensidade vocal média (p=0,288 e p=0,906, respectivamente). Já para as medidas de ruído, jitter e shimmer, houve diferença entre as avaliações iniciais e finais (p=0,079 e p=0,046, respectivamente). A terapia fonoaudiológica em grupo promove modificações na dinâmica vocal de crianças disfônicas, no que se refere aos parâmetros perceptivo-auditivos e acústicos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2023 scite Inc. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers