O objetivo desta pesquisa foi (re)construir as práticas de consumo de crack em mulheres a partir de pesquisas empíricas realizadas no contexto brasileiro e sustentadas na categoria analítica "gênero". Trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, de revisão teórica de 30 publicações em duas bases de dados, no período aproximado de 15 anos. A análise foi desenvolvida em duas etapas. Etapa 1: estatística descritiva, recorrendo ao software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para identificar as características gerais dos artigos (variáveis quantitativas e variáveis qualitativas). Etapa 2: análise qualitativa com base na categoria analítica "gênero". Foi observado que a maioria dos artigos reconhece as mulheres como uma população específica que consome crack, no entanto a maioria deles não olha para a relação mulheres/crack através das lentes da categoria analítica "gênero". Foi notado que essa relação é basicamente considerada como um problema de saúde e não como uma questão psicossocial.
INTRODUÇÃO: Neste estudo, tivemos como objetivo conhecer as experiências, as concepções de violência e as práticas de cuidado de profissionais da Psicologia diante de casos de violência sexual na universidade. Além disso, analisamos as ações realizadas pela universidade no que se refere ao enfrentamento da violência contra as mulheres neste espaço. MÉTODO: Com base em um delineamento qualitativo, foram utilizadas como técnicas de construção das informações entrevistas semiestruturadas, notas de diário de campo e a técnica de Associação Livre de Palavras. RESULTADOS: Para a discussão dos resultados, privilegiamos as visões da Psicologia Social Crítica e dos estudos feministas. O conjunto de dados foi organizado e interpretado segundo a análise temática. A violência tem se apresentado de diversas formas dentro do ambiente universitário, sendo as estudantes as mais vulneráveis. Os profissionais da Psicologia apresentam dificuldades perante os casos a serem atendidos, uma vez que não há um posicionamento institucional que norteie a atuação em um contexto de ensino superior. CONCLUSÃO: Concluímos que as universidades devem criar políticas públicas específicas para atender violências contra as mulheres e a violência de gênero deve ser uma questão central e transversal nos currículos. É fundamental criar espaços de cuidado a quem sofre violência neste contexto, como grupos de psicoterapia feminista e rodas de conversas regulares.
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