Resumo Objetivos: analisar os fatores associados à violência obstétrica de acordo com as práticas não recomendadas na assistência ao parto vaginal em uma maternidade escola e de referência da Cidade do Recife. Métodos: estudo transversal, prospectivo, com 603 puérperas, realizado entre agosto a dezembro de 2014. Os dados sociodemográficos, clínicos e de acesso à assistência foram obtidos através dos prontuários e de entrevistas com as pacientes. A prevalência da violência obstétrica foi baseada nas recomendações da Organização Mundial da Saúde sobre as práticas recomendadas para a assistência ao parto vaginal. Para análise dos fatores associados utilizou-se a regressão multivariada de Poisson, considerou-se p<5%. Os dados foram analisados no Stata 12.1 SE. Resultados: a prevalência da violência obstétrica foi de 86,57%. As práticas prejudiciais mais frequentes foram os esforços de puxo (65%), a administração de ocitocina (41%) e o uso rotineiro da posição supina/litotomia (39%). Apenas as variáveis não possuir ensino médio completo (p=0,022) e ter sido assistido por um profissional médico (p<0,001) apresentaram associação significante com a violência obstétrica. Conclusões: o grande número de intervenções obstétricas utilizadas consiste em um ato de violência obstétrica e demonstram que apesar do incentivo do Ministério da Saúde para uma assistência humanizada os resultados ainda estão longe do recomendado.
Vitamin A is a crucial micronutrient for pregnant women and their fetuses. In addition to being essential for morphological and functional development and for ocular integrity, vitamin A exerts systemic effects on several fetal organs and on the fetal skeleton. Vitamin A requirements during pregnancy are therefore greater. Vitamin A deficiency (VAD) remains the leading cause of preventable blindness in the world. VAD in pregnant women is a public health issue in most developing countries. In contrast, in some developed countries, excessive vitamin A intake during pregnancy can be a concern since, when in excess, this micronutrient may exert teratogenic effects in the first 60 days following conception. Routine prenatal vitamin A supplementation for the prevention of maternal and infant morbidity and mortality is not recommended; however, in regions where VAD is a public health issue, vitamin A supplementation is recommended to prevent night blindness. Given the importance of this topic and the lack of a complete, up-to-date review on vitamin A and pregnancy, an extensive review of the literature was conducted to identify conflicting or incomplete data on the topic as well as any gaps in existing data.
OBJECTIVE:To analyze time trends in the duration of exclusive breastfeeding and associated protection factors. METHODS:Prevalances for total breastfeeding and exclusive breastfeeding in a population of four-month-old infants were analyzed. Data were obtained from population surveys carried out in 1991, 1997, and 2006, with 935, 2081, and 1568 infants respectively. The data were retrieved from interviews answered by parents or guardians. The prevalences were analyzed by Poisson regression in regard to: environmental, behavioral and socioeconomic conditions, maternal variables, and biological factors of infant. RESULTS:The median duration of total breastfeeding rose from 89 days (1991) to 106 days (1997), and fi nally to 183 days (2006). The median duration of exclusive breastfeeding remained around 30 days between 1997 and 2006. In the multivariate analysis, from the ten variables studied, only maternal schooling and age, address, and female gender of infant were maintained in the fi nal explanatory model. CONCLUSIONS:Despite the significant increase in terms of total breastfeeding duration, the same did not occur with the duration of exclusive breastfeeding.
Objective: Analyze the evaluation of the attributes of primary care made by users of basic units of Brazilian health by using PCATool instrument adapted to Brazil. Method: A systematic literature review conducted in the PubMed database, IBECS, LILACS, SciELO and BDTD. Results: 4,405 documents were found, selected 23 full texts. After Full reading and application of eligibility criteria, 14 articles were evaluated. The studies showed that primary care performs well in longitudinality attributes, completeness and coordination and worse performance on attributes access first contact, family counseling and community orientation, even in the basic units with the Family Health. Conclusion:The users of basic health units assessed as unsatisfactory attributes considered essential for a health care more equitable and competing for user autonomy and social control. It is inferred that there are still obstacles hindering user access to basic health services and care actions are still being developed without favoring user participation and the community context in which they live.
Objetivos: identificar a prevalência do aleitamento materno na primeira hora de vida, os fatores associados e as razões para sua não ocorrência em um Hospital Amigo da Criança. Métodos: estudo transversal com 562 mães e recém-nascidos. Os dados foram obtidos entre outubro a novembro de 2011 mediante formulários de entrevista e consulta a prontuários. Modelo de Poisson foi ajustado para analisar a prevalência do aleitamento materno na primeira hora de vida em função das variáveis de exposição. Resultados: a prevalência do aleitamento materno na primeira hora de vida foi de 31%. Apenas o parto normal permaneceu no modelo final, apresentando razão de prevalência de 27% a mais em relação ao parto cesáreo (p=0,020). As razões para que 388 crianças não tenham sido amamentadas na primeira hora de vida foram classificadas em: problemas de saúde da criança (328, 84,5%), da mãe (241, 62,1%) e atraso no resultado do teste rápido anti-HIV (199, 51,2%), 11 (2,8%) não apresentaram nenhuma justificativa. Conclusões: os resultados relatados ainda estão bem abaixo das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que em grande parte pode ser atribuído às condições próprias de um hospital de nível terciário, cuja demanda é constituída predominantemente por casos de pacientes de médio e elevado risco obstétrico.
As fontes bibliográficas pesquisadas para esta revisão foram artigos publicados em revistas científicas indexadas, livros, documentos da Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e relatórios estaduais e nacionais relacionados à prevalência e medidas de promoção do aleitamento materno. Foi utilizada a base de dados PubMed abrangendo o período de 1952 a 2008. Outros artigos foram identificados em decorrência de citações bibliográficas nas fontes de informações previamente consultadas. Esta pesquisa abrangeu os aspectos históricos relacionados ao aleitamento materno, as evidências científicas de efeitos a curto e longo prazos, fatores associados, modalidades, duração e prevalência do aleitamento materno. Concluiu-se que, apesar da importância amplamente reconhecida dessa prática para mãe, filho, família, comunidade e Estado, e de todas as ações realizadas para promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, os resultados demonstraram que o cumprimento das metas e recomendações internacionais ainda denotam situações insatisfatórias.
OBJECTIVE To verify the frequency and factors associated with complications during pregnancy and the association between complications with premature birth and type of delivery in pregnant women aged 35 years or older. METHODS This is a cross-sectional study based on the records of pregnant women admitted between January and July 2012, totalling 430 pregnant women. To identify possible factors associated with complications during pregnancy, data were subjected to univariate analysis using the Poisson regression model. The chi-squared test was used to study the association of complications with premature birth ad type of delivery. RESULTS Complications occurred in 77.7% of the cases. Complications in pregnancy as an explanatory variable for premature birth (p < 0.001) and C-section (p = 0.002) was statistically significant. CONCLUSION The factors younger age, the absence of prenatal care, and the non-occurrence of morbidity prior to gestation were associated with complications in pregnancy.
A amamentação é uma estratégia importante de sobrevivência infantil. Assim, vêm sendo desenvolvidas estratégias de sensibilização, especialmente direcionadas aos profissionais de saúde. O estudo objetivou identificar a frequência e o período de aleitamento materno exclusivo entre profissionais de um Programa Saúde da Família da cidade do Recife, Pernambuco, Brasil. Trata-se de um estudo transversal descritivo, envolvendo 37 mulheres, mães de crianças <5 anos, funcionárias do Programa Saúde da Família, do Distrito Sanitário IV do Recife, entre setembro e novembro de 2006. De 37 profissionais, duas foram excluídas por recusa, resultando em 35 efetivamente entrevistadas. A mediana do aleitamento materno exclusivo foi de quatro meses. Comparando-se as profissionais que amamentaram exclusivamente ou não, foi encontrado que as mulheres que amamentaram exclusivamente por > 4 meses não tiveram dificuldades para amamentar (p=0,027). Foi encontrada uma tendência à significância quanto ao uso de chupeta em crianças no grupo de mulheres que não amamentaram exclusivamente (p=0,051). Conclui-se que as dificuldades encontradas na amamentação entre as profissionais de Programa Saúde da Família estudadas e o uso de chupeta por seus filhos merecem destaque, por se tratar de um grupo que serve de modelo para a população.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.