Resumo Objetivos: analisar os fatores associados à violência obstétrica de acordo com as práticas não recomendadas na assistência ao parto vaginal em uma maternidade escola e de referência da Cidade do Recife. Métodos: estudo transversal, prospectivo, com 603 puérperas, realizado entre agosto a dezembro de 2014. Os dados sociodemográficos, clínicos e de acesso à assistência foram obtidos através dos prontuários e de entrevistas com as pacientes. A prevalência da violência obstétrica foi baseada nas recomendações da Organização Mundial da Saúde sobre as práticas recomendadas para a assistência ao parto vaginal. Para análise dos fatores associados utilizou-se a regressão multivariada de Poisson, considerou-se p<5%. Os dados foram analisados no Stata 12.1 SE. Resultados: a prevalência da violência obstétrica foi de 86,57%. As práticas prejudiciais mais frequentes foram os esforços de puxo (65%), a administração de ocitocina (41%) e o uso rotineiro da posição supina/litotomia (39%). Apenas as variáveis não possuir ensino médio completo (p=0,022) e ter sido assistido por um profissional médico (p<0,001) apresentaram associação significante com a violência obstétrica. Conclusões: o grande número de intervenções obstétricas utilizadas consiste em um ato de violência obstétrica e demonstram que apesar do incentivo do Ministério da Saúde para uma assistência humanizada os resultados ainda estão longe do recomendado.
ResumoA gestação, em geral, repercute emocionalmente na mulher e, mais intensamente, quando associada a uma situação clínica comprometedora da saúde do filho, como na possibilidade de transmissão vertical do HIV. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo investigar as significações subjetivas das gestantes portadoras de HIV sobre a realização das ações de prevenção da transmissão vertical. Para tanto, recorreu-se a uma investigação do tipo transversal, de natureza descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa, da qual, segundo o critério de saturação do conteúdo, participaram 12 gestantes. Os resultados demonstraram que as gestantes têm dificuldades imediatas para aderir aos medicamentos antirretrovirais, relutância em aceitar a possível indicação do parto cesáreo e frustração, permeada por sentimentos de culpa, diante da impossibilidade de amamentação do filho. Observa-se, assim, a necessidade de ações de apoio socioemocional a serem desenvolvidas pelos profissionais de saúde, especialmente os psicólogos, para favorecer o enfrentamento da transmissão vertical.Palavras-chave: aspectos psicológicos; gestação; HIV; transmissão vertical de doença infecciosa. AbstractPregnant with HIV/AIDS: Psychological aspects related to the vertical transmission prevention. Gestation, in general, emotionally influences in women's life and, more intensively, when it's associated to a compromising clinical situation of the child's health, as in the possibility of a HIV vertical transmission. In this context, the current study aimed the investigation of the subjective meanings of the pregnant women who carry the HIV and that have been subjected to actions to prevent the vertical transmission. For that, a transversal, descriptive and exploratory -with a qualitative approach -investigation was used. In that investigation, according to the saturation of the content, 12 pregnant women participated. The results demonstrated that the pregnant women have difficulty to adhere the antiretroviral medications, reluctancy to accept the possible indication of a c-section and frustration, fulfilled with feelings of guilt due o the impossibility of breastfeeding their child. It was observed, therefore, the necessity of socio-emotional support actions that must be developed by the health professionals, mainly the psychologists, in order to cope with vertical transmission. ResumenGestantes portadoras de VIH/SIDA: Aspectos psicológicos sobre la prevención de la transmisión vertical. La gestación, en general, repercute emocionalmente en la mujer y, más intensamente, cuando asociada a una situación clínica comprometedora de la salud del hijo, como en la posibilidad de transmisión vertical del SIDA. En este contexto, el presente estudio tuvo por objetivo investigar las significaciones subjetivas de las gestantes portadoras del SIDA sobre la realización de las acciones de prevención de la transmisión vertical. Para ello, se recurrió a una investigación del tipo transversal, de naturaleza descriptiva y exploratoria, con abordaje cualitativ...
Resumo Objetivo Identificar as contribuições dos aplicativos móveis para a prática do aleitamento materno. Métodos Revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados CINAHL, BDENF, Medline/PubMed, Scopus, LILACS, Web of Science e nas bibliotecas virtuais Cocharane e Scielo, para responder a questão norteadora: Quais as contribuições dos aplicativos móveis para a prática do aleitamento materno?. As buscas ocorreram entre setembro a novembro de 2017, utilizando os descritores “aplicativos móveis”, “aleitamento materno”, “período pós-parto”, “gestante” e “apoio social”. Após os cruzamentos desses descritores, identificou-se 530 artigos, que ao aplicar os critérios de elegibilidade, restaram nove estudos, avaliados quanto ao rigor metodológico e nível de evidência. Na extração dos dados empregou-se um instrumento validado e adaptado. Resultados Os aplicativos móveis que contribuíram para prática do aleitamento materno foram informacionais. Ofertaram orientações sobre promoção do aleitamento materno, alimentação infantil, uso de álcool na amamentação e posições para amamentar. Vários foram utilizados na coleta de dados referentes aos problemas, experiências e barreiras na amamentação; frequência da mamada; início do uso de fórmulas ou da alimentação complementar. Os aplicativos que continham a rede social de apoio na amamentação e os submetidos aos processos avaliativos tiveram pouca expressividade. Conclusão Os aplicativos foram direcionados apenas com objetivo de apoio informativo as nutrizes e sua rede social, na amamentação. Porém, apresentam lacunas quanto à qualidade de informações, usabilidade, aceitabilidade e eficácia desses aplicativos, como também não ficou evidenciado se a construção dos mesmos foi alicerçados na literatura científica.
Teve como objetivo identificar a percepção das gestantes adolescentes sobre as consultas de pré-natal em um hospital escola. Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, realizado no ambulatório de pré-natal de um Hospital Universitário na Cidade do Recife-PE, e aprovado pelo Comitê e Ética e Pesquisa do local de estudo. Foram incluídas gestantes com idade entre 10-19 anos, onde a Organização Mundial da Saúde circunscreve a adolescência à segunda década da vida (de 10 a 19 anos), com pelo menos três consultas de pré-natal e excluídas as que mesmo após todas as explicações, não compreenderam o objetivo da pesquisa. Participaram da pesquisa cinco gestantes do pré-natal médico, com idades entre 12 e 19 anos. A maioria eram solteiras (n=05), cinco ainda estudam, uma possuía ensino médio completo e outra o ensino fundamental. 04 moram em Recife e todas residem em área urbana. A maioria (n=05) se considera da cor parda, 05 possuíam renda familiar até um salário mínimo, duas mais que um salário e nenhuma trabalhava. Do processo de análise do discurso das participantes emergiram dois eixos temáticos: atendimento nas consultas de pré-natal: visão das gestantes e educação em saúde nas consultas de pré-natal. O presente estudo possibilitou conhecer como ocorrem as consultas médicas de pré-natal e como as gestantes adolescentes percebem a educação em saúde.
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