Resumo: Apresentamos uma análise linguística da Carta-Testamento de Getúlio Vargas, com foco em aspectos da genericidade, da configuração composicional e do investimento semântico do texto. O suporte teórico-metodológico apoia-se na tradição dos estudos de gênero e da linguística textual, seguindo de perto a abordagem da análise textual dos discursos. De modo específico, a análise procura descrever e interpretar a dupla genericidade do texto, inscrita na própria denominação tradicional do documento, o plano do texto, com detalhamento das fases de abertura e de explicação causal do suicídio, assim como aspectos da dimensão semântica referente à representação discursiva do componente povo, em contraste com as figurações do estadista e da oposição política.Palavras-chave: Carta-testamento. Genericidade. Organização textual. Representação discursiva. Discurso político.as primeiras horas do dia 24 de agosto de 1954, o presidente Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no peito. Na sua mesa de cabeceira foram encontradas duas folhas datilografadas e assinadas: era o documento que passou a ser conhecido como sua "Carta-Testamento". Trata-se de um dos mais importantes e mais 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Neste artigo, objetivo descrever o plano de texto de uma Decisão monocrática prolatada no Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, assim como descrever, analisar e interpretar a constituição do ponto de vista (PDV) e da responsabilidade enunciativa (RE) pelo L1/E1, a Ministra Cármen Lúcia. A análise revelou que o plano de texto se constitui de duas sequências textuais predominantes, a saber, a narrativa e a argumentativa. Nesta direção, a Decisão monocrática apresenta no macronível quatro seções (1) Identificação dos atores envolvidos; (2) Minuta da decisão; (3) Relatório e (4) Decisão, no mesonível as sequências textuais narrativa e argumentativa. Concluo que a Ministra Cármen Lúcia construiu seu ponto de vista ancorada nas sequências textuais narrativa e argumentativa, assim como na documentação comprobatória dos fatos denunciados, levando-a a assumir a responsabilidade enunciativa pelo conteúdo proposicional do próprio dizer, determinando a instauração de inquérito em desfavor do então Ministro do Meio Ambiente.
Resumo: A escrita acadêmica recebeu muitos estudos desde o final da década de 1970, mas há alguns gêneros acadêmicos que trazem dificuldades aos estudantes universitários, como a resenha. O objetivo do artigo é discutir essa produção de graduandos em Letras, a partir da concepção bakhtiniana de gênero discursivos e de ponto de vista, segundo Rabatel (2015Rabatel ( , 2016Rabatel ( , 2016aRabatel ( , 2017Rabatel ( , 2018, o que significa tratar as resenhas dentro de um contexto de circulação, produção e recepção. Na primeira parte, apresentaremos os pressupostos teóricos que norteiam essa discussão, particularmente, a noção de resenha como gênero discursivo. Na segunda parte, tendo em vista considerarmos a categoria do ponto de vista (PDV) como intrínseca à organização linguística, textual, discursiva e enunciativa da resenha, focalizaremos algumas noções teóricas seguidas de análises de dados, que ancorarão nossa reflexão. A análise de uma resenha publicada em revista acadêmica de graduação revelou que o L1/E1 se engajou com o objeto de discurso, ao construir o ponto de vista (PDV), certamente, para influenciar os interlocutores, acerca da obra resenhada. Em suma, a natureza do propósito comunicativo do gênero discursivo resenha leva o L1/E1 a assumir um PDV favorável ou não.Palavras-chave: gêneros discursivos; escrita acadêmica; resenha acadêmica; ponto de vista; engajamento.Abstract: Academic writing has received many studies since the late 1970s, but there are some speech genres that bring difficulties to college students, such as the review. The objective of the article is to discuss this production of undergraduate students of Languages and Linguistics, from the Bakhtinian conception of discursive genres and point of view, according to Rabatel (2015Rabatel ( , 2016Rabatel ( , 2016aRabatel ( , 2017Rabatel ( , 2018, which means to treat the reviews within a context of circulation, production and reception. In the first part, we will introduce the theoretical assumptions that guide this discussion, particularly the notion of review as a discursive genre. In the second part, considering the category of the point of view (POV) as intrinsic to the linguistic, textual, discursive and enunciative organization of the academic review, we will focus on some theoretical notions followed by data analysis, which will anchor our reflection. The analysis of an academic review published in an undergraduate academic journal revealed that L1 / E1 engaged with the object of discourse, when constructing the point of view (POV), certainly, to influence the interlocutors about the work reviewed. In short, the
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