A humanização em saúde é uma das políticas prioritárias do setor da saúde, atualmente em implementação em nosso país. As autoras relacionam a humanização com a promoção em saúde. Promover saúde e humanizar a atenção à saúde são trabalhos processuais de longo prazo, dinâmicos e intimamente relacionadas com o contexto em que se desenvolvem. O diagnóstico é importante para proposição de ações e intervenções adequadas, e o monitoramento e a avaliação das intervenções é o que garante a sustentabilidade das ações. Considerando o caráter complexo das ações e atividades envolvidas, o diagnóstico, o monitoramento e a avaliação exigem uma abordagem ampliada que inclua os "comos" e os "porquês" do processo. Para isso, o artigo destaca a utilidade do uso de múl-tiplos métodos (quantitativos e qualitativos), detendo-se na explicitação da abordagem qualitativa. São apresentadas algumas considerações sobre essa metodologia de pesquisa, incluindo as estratégias de "amostragem", as técnicas mais utilizadas (entrevista, grupo focal e observação) e a análise do material. As autoras pretendem, assim, contribuir com elementos para que gestores e profissionais de saúde possam aprimorar tanto os diagnósticos situacionais (que auxiliam as decisões sobre estratégias a serem adotadas), como também o acompanhamento e avaliação de ações implementadas no sentido de fazer as adequações necessárias. Palavras-chave: Humanização em saúde; Promoção da Saúde; Metodologia qualitativa; Monitoramento de programas; Avaliação de políticas; Diagnóstico situacional.
To compensate for the lack of practical activities during the pre-clinical stage, students search for extracurricular activities that often overload them. Because teachers function as professional role models, their attitudes towards patients have great importance. Students fear not being able to maintain their empathic capacity in the future because of work-related issues. Knowledge of the psychological aspects of the doctor-patient relationship helps students to comprehend their experiences. Gradual contact between student and medical practice from the beginning of the course is advised. It should be followed by interdisciplinary discussions that deal with the technical aspects of cases and the doctor-patient relationship.
OBJETIVO: Analisar a importância, a efetividade e as limitações de estratégias participativas de educação em saúde sobre a problemática da adesão ao tratamento da hipertensão arterial. MÉTODOS: Estudo de caso, intervencional, de abordagem qualiquantitativa com duração de 4 meses. Participaram do estudo 27 mulheres portadoras de hipertensão arterial, com idade entre 45 e 60 anos e cadastradas no Programa de Saúde da Família de Porto Firme, Minas Gerais. Foram comparadas duas modalidades de intervenção visando à orientação de mudanças dietéticas indicadas no tratamento da hipertensão arterial: uma baseada em atividades educativas em grupo, realizadas na Unidade de Atenção Primária à Saúde; e outra combinada pelas atividades educativas em grupo e por orientações domiciliares. Os dados foram obtidos por grupos focais e entrevistas individuais. Para avaliar os dados qualitativos relacionados à adesão, foram analisados, antes e após a intervenção, o peso corporal, o índice de massa corporal, a circunferência de cintura, a pressão arterial, a glicemia e o consumo alimentar. Os dados foram examinados por análise de conteúdo e estatística descritiva. As variáveis coletadas antes e depois da intervenção foram analisadas pelos testes não-paramétricos de Wilcoxon e Mann Whitney. RESULTADOS: As duas estratégias de educação em saúde tiveram efeito positivo sobre a adesão às orientações nutricionais, o que favoreceu mudanças nos hábitos alimentares e na percepção das mulheres em relação à problemática da doença. CONCLUSÃO: A orientação domiciliar destacou-se como importante indutor da consciência sanitária e como fator de envolvimento dos familiares no processo terapêutico, facilitando a adesão ao tratamento da hipertensão arterial.
RESUMO.O presente trabalho é uma pesquisa realizada com o objetivo de conhecer a realidade psicoocupacional vivenciada pelos profissionais que atuam na clínica de oncologia pediátrica de um hospital da rede pública. Utilizou-se abordagem qualitativa de pesquisa, com a técnica da entrevista semi-estruturada, aplicada a nove profissionais. Os resultados ressaltam como fontes de estresse as dificuldades da organização do trabalho -a falta de reconhecimento do trabalho, problemas na rotina, falhas na coordenação do grupo de trabalho, falta de recursos de auxílio ao profissional e fraca estrutura administrativa no serviço de saúde -assim como as características da doença e de seu tratamento e a morte de crianças. Os resultados também apontam para a importância dos fatores organizacionais na determinação do estresse profissional e para a necessidade de intervenções institucionais de capacitação e apoio para que o profissional possa lidar com os aspectos subjetivos da atividade assistencial, prevenindo-se contra a instalação do estresse profissional ou burnout.Palavras-chave: oncologia pediátrica, satisfação no trabalho, estresse profissional & burnout. EXPERIENCES OF HEALTH PROFESSIONALS WORKING WITH PEDIATRIC ONCOLOGYABSTRACT. Current research, based on qualitative methodology, analyzes the psycho-occupational work undertaken by health professionals in a Child Oncology Clinic of a government public hospital. Half-structured interviews, applied to nine health professionals, showed that difficulties in job organization, namely, lack of job acknowledgement, disadvantages in routine work, failures in staff coordination, precarious resources, poor administration procedures in the health service, the disease and treatment's peculiarities, and the child's death, are stress factors. Results indicate the importance of structural factors in determining professional stress and the need of greater institutional support and professional upgrading so that health professionals may better deal with the subjective aspects of health service and avoid the professional stress or burnout. Key words:Child Oncology Clinic; job satisfaction; professional stress & burnout. VIVENCIAS DE PROFESIONALES DE SALUD DE LA ÁREA DE ONCOLOGÍA PEDIÁTRICARESUMEN. El presente trabajo es una investigación realizada con el objetivo de conocer la realidad psico-ocupacional vivenciada por los profesionales que actúan en la clínica de oncología pediátrica de un hospital de la red pública. Se ha utilizado el abordaje cualitativo de investigación, con la técnica de la entrevista semiestruturada, aplicada a nueve profesionales. Los resultados resaltan como fuentes estresoras las dificultades de la organización del trabajo -la falta de reconocimiento del trabajo, problemas en la rutina, fallas en la coordinación del grupo de trabajo, falta de recursos de auxilio al profesional y débil estructura administrativa en el servicio de salud -así como las características de la enfermedad y de su tratamiento y la muerte de niños. Los resultados también señalan la importanc...
Health-related quality of life predictors during medical residency in a random, stratified sample of residents Preditores de qualidade de vida relacionada à saúde durante a residência médica em uma amostra randomizada e estratificada de médicos residentes
Este estudo teve como objetivos: a) conhecer as percepções de mães de crianças de zero a dois anos sobre os cuidados desenvolvidos pelas creches freqüentadas por seus filhos; b) conhecer as percepções das educadoras sobre o seu papel nos cuidados oferecidos às crianças e suas famílias. MétodosFoi utilizada a abordagem qualitativa de pesquisa, com aplicação da técnica do grupo focal. Foram realizados, em creches da Prefeitura do Município de São Paulo, cinco grupos focais com mães e dois com educadoras. ResultadosNo material obtido com as mães, foram identificados três eixos temáticos: relações da família com a creche; cuidados prestados à criança pela creche; creche enquanto política pública. Nos grupos das educadoras, os eixos foram: dificuldades dentro das rotinas de trabalho; relação educadora-família; relações com a coordenação da creche; inserção e capacitação profissional. ConclusãoAs mães, por se considerarem privilegiadas em terem acesso às creches, apresentam baixa exigência com relação aos cuidados prestados. O que mais valorizam são os aspectos relacionados com alimentação, higiene e administração de medicamentos. Quanto às educadoras, há grandes limitações quanto às suas condições de trabalho, principalmente no que diz respeito ao pequeno número de profissionais. A relação educadora-família é ambígua: as educadoras ora consideram as mães omissas e irresponsáveis ora as consideram carentes e necessitadas de ajuda. São recomendadas futuras pesquisas sobre dois temas: a relação entre as creches e os serviços de saúde e as condições de trabalho das educadoras.Termos de indexação: creches; educação infantil; hábitos alimentares; orientação infantil; política social.
The HAM/TSP caused by HTLV-1 infection usually affects patients to disabling states, and sometimes can lead them to paraplegia presenting symptoms of depression and anxiety, impacting on quality of life. Objective: The purpose of this study was to evaluate the frequency of depression and anxiety and its impact on quality of life in HTLV-1-infected TSP/HAM patients. Material and Methods: This was a cross-sectional study including 67 asymptomatic (control group) and 63 with TSP/HAM subjects. The instruments used were a demographic questionnaire, scales for anxiety and depression diagnosis (BDI and BAI), questionnaire for the assessment of Quality of Life of the World Health Organization (WHOQOL-Brief) and neurological scale to measure the disability level (Osame's Disability Status Scale). All patients had HTLV-I diagnosis by serological and molecular approaches, monitored at Instituto de Infectologia Emílio Ribas from May 2008 to July 2009. Data were analyzed statistically by frequencies, the Mann-Whitney test and the Spearman correlation test. Data among groups were analyzed and correlated with functional and severity aspects. Results: The results showed that patients with HAM/TSP compared to asymptomatic carriers had higher rates of depression (p < 0.001) and anxiety (p < 0.001), and impairment on quality of life in the areas of: dissatisfaction with health (p < 0.001), physical (p < 0.001) and the environment (p = 0.003). The main factors that correlated with levels of depression and anxiety and the domains of the WHOQOL-brief were: education, family income and social class. Conclusion: A well conducted evaluation and counseling may help in treatment, for a better quality of life of these patients.
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