Este artigo pretende analisar alguns dos pressupostos orientadores de programas sociais públicos destinados a jovens pobres no Brasil que envolvem transferência de renda e contemplam, em decorrência, a exigência de uma contrapartida que figura como obrigatória 1 . A escolha desse tipo de iniciativa decorre de algumas peculiaridades dessas ações, não obstante a diversidade de orientações ou atores envolvidos, que oferecem novas questões para análise no campo dos estudos sobre juventude. Esses programas buscam oferecer, diretamente aos segmentos juvenis que constituem o foco das ações, algum tipo de remuneração, em geral entendida como "bolsa", de duração variável, mas cujo sentido principal não residiria apenas no pró-prio benefício pecuniário -a renda que é transferida -, mas no conjunto de metas e ações previstas nessa concessão, configuradas, assim, na idéia de contrapartida.
Para meus pais, Elizabete e Roberto; e para Luís Paulo, por todo amor. AGRADECIMENTOSExistem inúmeras pessoas a quem devo reconhecer a força imensa nesse trajeto até a conclusão da presente tese. Agradecer é correr o risco de esquecer, e, em qualquer caso, de escrever sempre menos do que todas e todos aqui mencionados merecem.Começo pela Profa. Dra. Marilia Pontes Sposito, a quem agradeço pela sua orientação ao longo de todo o programa de doutorado, marcada por competência, seriedade, paciência e generosidade. Sua presença, seu incentivo e apoio mesmo nos momentos mais difíceis desse processo foi muito do que me fez chegar até aqui.À FAPESP, agradeço pelo período de bolsa concedida, sem a qual a conclusão deste estudo teria sido muito mais árdua.Às professoras Heloísa de Souza Martins e Nadya Araújo Guimarães, pelas dicas e questionamentos durante o exame de qualificação. A ambas também devo um agradecimento adicional. Para Heloisa, por seu incentivo e amizade desde os tempos da graduação, sem os quais possivelmente eu não estaria aqui hoje. Para Nadya, porque desde nosso feliz encontro no curso de Sociologia do Desemprego me apoiou na formulação de indagações e no avançar da pesquisa em suas diferentes etapas. Agradeço também seu convite para participar em seu construtivo e animado Seminário de Orientação, onde muitas vezes retomei o fôlego e o ânimo para continuar esta pesquisa. À Prof. Dra. Helena Hirata também devo um agradecimento especial. Seu apoio foi absolutamente central para que realizasse um estágio no laboratório Genre, Travail et Mobilités (GTM), onde fiquei por três meses. Além disso, em São Paulo e em Paris, de um lado ou de outro do Atlântico, Helena esteve sempre me estimulando a prosseguir, além de me apresentar pessoas e bibliografias também fundamentais. Ainda em Paris, também agradeço ao Prof. Dr. Jean Charles Lagree, que me acolheu em seu laboratório (ULISS) e esteve sempre disponível para dialogar, facilitar o contato com pesquisadores e estimular minha reflexão. Agradeço igualmente aos incentivos de Yolande Benarrosh, do Centre d´Études de l´Emploi (CEE), e de Zineb Rachid.A produção, revisão e a formatação final desta tese contou com muitos apoios. Agradeço imensamente a todas as pessoas que se dispuseram a ceder seus minutos, horas e dias com este trabalho, e divido com todas elas este passo adiante.A principal contribuição, da primeira palavra à última vírgula, passando pelas dicas aqui e acolá quanto à precisão de frases e idéias, é de Érica Peçanha Nascimento. Além disso, sua presença, sua amizade e seu sorriso foram muito (mas muito mesmo) do que me levou à conclusão desta tese. Sou grata à Ana Paula Corti por ter me apresentado essa pessoa incrível que é a Érica.Falando da Ana, ela também me mandou observações importantes e me apoiou em alguns dos momentos mais difíceis desse processo. Além disso, é sempre muito bom contar com sua força e amizade, como também é bom contar com a amizade de Raquel Souza, que, além disso, ajudou a precisar alguns conceitos, encaminhou dados, bibliogr...
O presente artigo sustenta que as recentes transformações no ensino superior, especialmente no que se relaciona à ampliação da presença de jovens trabalhadores no meio universitário, tornam fundamental a retomada da categoria juventude nos estudos em torno desse nível de ensino, destacando a centralidade da categoria trabalho para sua constituição no Brasil. Tomando como referência um estudo realizado com jovens de baixa renda do Município de São Paulo, suas dificuldades e expectativas de acesso ao ensino superior, o artigo aponta a relevância e as limitações da atual expansão, bem como necessário um aprofundamento em torno da origem, das experiências e dos projetos dessa nova geração, que traz o ingresso no ensino superior como elemento essencial de sua trajetória desejada.
RESUMO: O artigo sugere rumos para a interpretação das ocupações juvenis nas escolas estaduais paulistas ocorridas em 2015. Tratandose de evento recente, o estudo foi baseado no levantamento de fontes secundárias, como jornais e revistas, redes sociais e publicações acadêmicas. As mudanças na rede estadual resultaram em aumento no número de jovens, e ficaram evidentes as tensões e os desencontros entre a escola e os segmentos juvenis, também destacados por significativa literatura acadêmica. Por fim, realizou-se uma análise das ocupações estudantis como modalidade de ação coletiva que interroga as políticas educacionais e a cultura escolar a partir de novas estratégias e linguagens, distintas dos mecanismos tradicionais da democracia representativa. As it was a recent event, the study was based on secondary sources such as newspapers and magazines, social networks and academic publications. It was verified that a series of changes in the São Paulo state educational system resulted in a greater presence of teenagers and young students, as well as the tensions and disagreements between the school institution and the youth became evident. Finally, there was an analysis of the student occupations as a form of collective action that questions the educational *Artigo resultante de pesquisa exploratória interdisciplinar, desenvolvida no âmbito da Rede
RESUMO Este artigo analisa tendências da pesquisa sobre jovens como atores coletivos, nas formas plurais de ação na esfera público-política. As modalidades de prática foram agregadas em três eixos: aquelas derivadas da condição estudantil; as que incidem sobre as culturas juvenis; e os movimentos de ação direta, ao lado dos associativismos de base territorial e de mobilizações a partir das identidades. Baseou-se em textos acadêmicos elaborados entre 2006 e 2018, período de intensa visibilidade de práticas e conflitos protagonizados por jovens no Brasil. Evidenciam-se formatos plurais, conexões e tend.ncias nas práticas coletivas juvenis, considerando tanto as alterações conjunturais quanto as diversas temporalidades dos processos de mobilização.
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