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2018
DOI: 10.24115/s2446-6220201841436p.50-66
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Juventudes e participação política no Brasil do século XXI

Abstract: RESUMOO que as percepções e ações protagonizadas pelos jovens brasileiros no século XXI nos dizem sobre a relação entre eles e a política? Partindo de fontes secundárias -a pesquisa Agenda Nacional da Juventude de 2013 e experiências de participação juvenil em manifestações políticas ocorridas desde 2003, evidenciamos maior valorização das formas e canais não institucionais de fazer política e de crítica à política institucionalizada. A análise recupera o conceito de geração de Mannheim e sua diferenciação ent… Show more

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“…O jovem como sujeito plural, em suas distintas formas de ser e se expressar, diante do cenário político e econômico contemporâneo e das exigências sociais que sobre ele recaem, inclusive no âmbito das políticas públicas e da produção de conhecimentos, faz eclodir o fenômeno das "juventudes". Estas, mais que uma geração, apresentam-se como categoria psicossocial de importância, dadas suas vivências e posicionamentos desnaturalizantes (ou mesmo de tradição e conservação) frente a contextos múltiplos: família, escola, trabalho, cidade, amizade, sexualidade ou, ainda, ante cenários de questionamento quanto a práticas reificadas em relação a gênero, raça, orientação sexual, religião e política, merecendo até mesmo discussões que busquem situar a presença do sujeito jovem em pesquisas que discutem juventudes, como refletem autores como Abramo e Branco (2005), Esteves e Abramovay (2007); Mayorga e Pinto (2012); Mendonça (2008;2016) e Castro (2019).…”
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“…O jovem como sujeito plural, em suas distintas formas de ser e se expressar, diante do cenário político e econômico contemporâneo e das exigências sociais que sobre ele recaem, inclusive no âmbito das políticas públicas e da produção de conhecimentos, faz eclodir o fenômeno das "juventudes". Estas, mais que uma geração, apresentam-se como categoria psicossocial de importância, dadas suas vivências e posicionamentos desnaturalizantes (ou mesmo de tradição e conservação) frente a contextos múltiplos: família, escola, trabalho, cidade, amizade, sexualidade ou, ainda, ante cenários de questionamento quanto a práticas reificadas em relação a gênero, raça, orientação sexual, religião e política, merecendo até mesmo discussões que busquem situar a presença do sujeito jovem em pesquisas que discutem juventudes, como refletem autores como Abramo e Branco (2005), Esteves e Abramovay (2007); Mayorga e Pinto (2012); Mendonça (2008;2016) e Castro (2019).…”
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“…Por outro lado, jovens também são apresentados na literatura especializada como sujeitos sociais de relevância na construção de seu tempo histórico, enquanto atores políticos que, coletivamente, produzem significados e alteram o seu espaço e são transformados por eles, assim como defendem Mellucci (1997); Dayrell (2007), Castro e Mattos (2009), Mendonça, Andrade e Holanda (2016). Seja pelo impacto social de suas escolhas, ou mesmo pelas denúncias da realidade em que vivem, através de engajamentos dinâmicos e inventivos, as juventudes também se posicionam no campo político (CORROCHANO, DOWBOR, JARDIM, 2018;Vieira, 2019).…”
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“…Eu acho que uma boa parte disso dá por uma falta de investimento na educação (Laura, 24 anos).As expectativas por concretização de direitos que estão na base dessas narrativas não constituem um fenômeno local. As reivindicações exibidas nas vezes em que, durante esse período, os jovens apareceram na cena pública brasileira protagonizando atos, protestos, manifestações e movimentações coletivas em geral demostram que a pauta dos direitos é central para os movimentos jovens do País nos anos 2000(CORROCHANO et al, 2018; GONH, 2018).Obtiveram ressonância nacional reivindicações por transporte público em Salvador em 2003 e Florianópolis em 2004; pelo uso de praças públicas em Belo Horizonte em 2009; por transporte, ampliação dos investimentos em educação e melhor eficiência dos gastos públicos em 2013 ocorridas inicialmente em São Paulo e, depois, em várias cidades do País; e, ainda, pela qualidade da educação durante as ocupações das escolas paulistas em 2015, que também se espalharam pelos Estados de Goiás, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná, em um segundo momento(CORROCHANO et al, 2018; GONH et al, 2018).Os protestos de 2013, intitulados "Jornadas de Junho", destacaram-se por sua amplitude, significado social, repercussão no cenário político nacional e também pela abrangência de suas pautas(SINGER, 2013; BRINGEL, 2013), acima sintetizadas, configurando-se como sendo, até aquele momento, a maior mobilização de rua desde o impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello ocorrido em 1992, envolvendo em seu auge, em um único dia, mais de 1,2 milhão de pessoas mais de 100 cidades de todos os Estados Nacionais (G1, 2013).O repertório de direitos reclamados pelos jovens brasileiros nessas manifestações é amplo, pois às pautas sobre transporte, saúde, educação, combate a corrupção, etc., somaram-se outras, especialmente nas manifestações mais recentes e de maior expressão, ou seja, as jornadas de junho e as ocupações escolares. Segundo Gonh e colaboradores(2018), os direitos pleiteados nesses últimos movimentos são direitos modernos, relacionados a modos de ser e estar em sociedade, tais como raça, religião, autonomia e liberdades civis e públicas, e que dizem respeito simultaneamente a condições de vida e oportunidades, mas também a participação e liberdade.Esse otimismo estava em grande parte vinculado com as expectativas de melhorias nos setores econômico e social.…”
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