Apresentamos neste artigo uma discussão sobre as decisões didáticas, analisando a influência dos fatores decisionais do tipo história didática no ensino das expressões algébricas. Tratase de um recorte de uma pesquisa de Doutorado desenvolvida no campo da Didática da Matemática. Para tanto, abordamos essa problemática por meio da teorização e pesquisas acerca das decisões didáticas, com base no modelo dos níveis da atividade do professor, proposto por Margolinas ( 2002), e do modelo dos fatores decisionais, a partir de Bessot (2018). Elegemos como sujeitos da pesquisa um professor do Ensino Fundamental de uma escola pública, e seus alunos, e como saber matemático, as expressões algébricas. Os resultados obtidos apontam que o processo envolvendo as decisões didáticas pode ocorrer de forma coordenada, sem contradição entre os sujeitos participantes (professor-alunos), desde que os fatores decisionais do tipo história didática sejam identificados como responsáveis por influenciar tais decisões. Os fatores decisionais do tipo história didática fazem parte de forma predominante no processo que determina a tomada de decisão do professor, em especial, no nível 0 da sua atividade. Palavras-chave: Decisões didáticas. Fatores decisionais. História didática. Expressões algébricas.
Resumo O artigo trata da elaboração, análise e aplicação do Modelo Epistemológico de Referência (MER) para o conceito de função que foi aplicado na disciplina de Funções I da licenciatura em Matemática da Educação do Campo. Para a sua elaboração foram utilizadas algumas informações preliminares sobre o conceito de função, tais como: uma breve evolução histórica do conceito; algumas dificuldades no processo de ensino e aprendizagem; a sua organização nos documentos curriculares brasileiros; e uma análise praxeológica de um livro didático utilizado na disciplina pesquisada. Como base teórica da elaboração do nosso MER utilizamos: a proposta de Lucas aplicada ao cálculo diferencial elementar; a modelação matemática de Chevallard e Gascón; e os níveis de modelação funcional de Ruiz-Munzón. Com essa organização, propomos um esquema de um MER para o conceito de função, que fundamentou a aplicação do Percurso de Estudo e Pesquisa (PEP), aplicado pelo professor da disciplina de Funções I para seus alunos no período de seis sessões. Durante o processo de aplicação, foi observado o desenvolvimento do PEP fundamentado pelo MER, que se apresenta como possibilidade para o ensino de função, destacando o processo de transição de um domínio discreto para o contínuo, como também, o estudo de famílias de funções. Os resultados encontrados indicam que as técnicas não tomam um papel de destaque em relação à compreensão dos conceitos, ocasionando uma mudança da postura do professor para proporcionar o ensino e aprendizagem do conceito de função.
ResumoO referido trabalho é sobre o Percurso de Estudo e Pesquisa (PEP), um dispositivo didático que pode ser utilizado como metodologia para o ensino e aprendizagem dos conceitos matemáticos nas licenciaturas em Matemática. O PEP tem como base teórica a Teoria Antropológica do Didático (TAD), tendo Yves Chevallard como o seu principal representante. Também utilizamos a noção de Contrato Didático (CD) de Guy Brousseau, que traz elementos importantes de análise dos encaminhamentos do PEP, ressaltando as rupturas no processo. A proposta de aplicação do PEP será por meio do conteúdo de Função, um importante conteúdo da Educação Básica e da Educação Superior. O trabalho apresenta alguns pontos de ligação entre o CD e o PEP, que podem identificar algumas dificuldades na implementação do dispositivo didático, principalmente na mudança de contrato didático já estabelecido para um novo contrato, dificultando as possíveis rupturas e ocasionando outras dificuldades. Outro ponto é a utilização do PEP para apresentar outra maneira de trabalhar os conceitos matemáticos nas licenciaturas em Matemática. Palavras-chave:
O objetivo desta pesquisa consiste em Investigar a Avaliação e suas Influências nos Fenômenos Didáticos, da Transposição Didática e do Contrato Didático na sala de aula de Matemática. Sendo por tanto, desenvolvida na Escola Agrotécnica de Sumé, Paraíba, esta por sua vez da rede pública do município. A coleta de dados na forma de observação, gravação e anotação sendo o ambiente da pesquisa a própria sala de aula do professor observado. Os dados da pesquisa foram analisados levando em consideração os pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Conteúdo de Chevallard e Josep Gascón por meio dos grupos e subgrupos da Teoria Antropológica do Didático. O ambiente escolar foi propício para que compreendêssemos o cotidiano escolar com suas múltiplas e diversificadas realidades. Como resultados, a pesquisa nos revela os possíveis fatores aos quais leva-nos a acreditar que a Avaliação Influência no Processo Didático. É evidente que os aspectos qualitativos da avaliação não são considerados eficientes para o diagnóstico final tanto do ponto de vista pessoal do professor quanto para questões administrativas da escola. Os dados também nos evidenciam que não é possível haver um modelo padrão de avaliação porque a realidade de cada indivíduo varia com o seu tempo e modo de aprender, bem como o comportamento disciplinar. A pesquisa ainda aponta que o professor acredita ser indispensável à prova como forma de avaliação, logo isso é tido como uma norma, forma de cumprir com o seu dever e determinações da administração e não pela preocupação de fazer com que o aluno reflita.
Esse trabalho é parte integrante de uma pesquisa em desenvolvimento a nível de mestrado e possui o objetivo de apresentar como estão sendo desenvolvidos os estudos que investigam as decisões tomadas pelos professores no decorrer da sua atividade docente. Para tanto, foram selecionadas algumas pesquisas situadas em âmbito nacional e internacional, que apresentam como um dos referenciais, o modelo dos fatores influenciadores nas decisões didáticas do professor, proposto por Bessot et al. (2013). Os resultados obtidos a partir da análise desses estudos apontaram que as decisões didáticas estão diretamente relacionadas com as situações que o docente estabelece no decorrer da sua atividade, sejam elas determinadas antes, durante ou após o ensino de um saber, fazendo ascender alguns fatores que as fundamentam e justificam.
Este trabalho é resultado parcial de uma pesquisa em andamento sobre um caso de ensino do conjunto de números naturais no Instituto Federal de Campina Grande para alunos surdos. Segue como referencial o fenômeno da Transposição didática, mais especificamente a etapa interna que busca compreender o processo evolutivo do saber instituído pela noosfera até chegar à sala de aula. A pesquisa contou com um professor, um intérprete e dois alunos surdos e teve por objetivo averiguar quais mudanças o saber poderia sofrer no ato tradução simultânea do intérprete perante a aula do professor. Há evidências de que há uma transposição didática do saber com a presença de um intérprete de Libras numa sala de aula inclusiva e acreditamos que isso pode acarretar obstáculos no processo de aprendizagem de alunos surdos.
Neste trabalho, objetivou-se analisar o ensino de Matemática na modalidade da Educação do Campo. Conforme definido pela legislação brasileira, a Educação do Campo deve ser específica e emancipatória mediante as expressões sociais, culturais e políticas de cada sujeito. Discussões recentes na área da Educação do Campo apontam a importância de fomentar, nos processos de ensino e aprendizagem, o protagonismo dos educandos por meio de situações didáticas que incluam as dimensões sociais, culturais e políticas existentes nos diferentes contextos desses sujeitos. A abordagem metodológica se configurou em um estudo de caso com característica etnográfico. É pautada numa abordagem qualitativa, na perspectiva da Etnomatemática. A pesquisa foi real izada na Universidade Regional do Cariri – Urca, no Estado do Ceará, com estudantes do curso, sendo estruturada na aplicação do questionário. Espera-se que estes estudos sobre ensinar Matemática nos cursos de Licenciatura do Campo possam contribuir para uma reflexão acerca do pr ocesso de formação desses educandos. A valorização das vivências, das experiências cotidianas e dos sonhos, reconhecendo o sujeito em seu espaço, em suas raízes, sua cultura, seus conhecime ntos, seus desejos, para dar “voz” e “vez” e resgatar nos discentes o seu direito à cidadania, com a finalidade de termos uma sociedade com mais oportunidades e menos desigualdades.
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