Resumo: Este artigo tem o objetivo de estudar o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) nas suas linhas de crédito para custeio e investimento, com o intuito de investigar suas relações e interfaces com a agricultura familiar, utilizando-se de um estudo no Rio Grande do Sul (microrregião do Médio Alto Uruguai). A pergunta a ser respondia é: qual o tipo de fortalecimento que o Pronaf gera junto aos agricultores familiares? Para isso, se usa como base uma metodologia qualitativa, com a utilização de entrevistas semiestruturadas e se apoia nas argumentações com dados secundários de diversas fontes e pesquisas. Conclui--se que o Programa tem lógica dupla. De um lado, ele está financiando as atividades de produção habituais dos agricultores, como grãos e commodities agrícolas. De outro, há um processo de diversificação econômica das atividades produtivas, das pequenas criações, cultivos e de alimentos básicos ao consumo das famílias. Palavras-chaves:Pronaf, crédito rural, agricultura familiar, desenvolvimento rural. Abstract: This article aims to study the National Programme for Strengthening Family Agriculture (Pronaf) in their credit lines for costing and investment, in order to investigate their relationships and interfaces with the family farm, using it for a study in Rio Grande do Sul (Middle High Uruguay microregion). The question to be answered is: what kind of building that is generating Pronaf with family farmers? To do this, it was used
Resumo: O objetivo desse artigo é identificar os elementos característicos da estrutura agropecuária brasileira e demonstrar a marcante desigualdade presente na agricultura familiar do País. Para tanto, foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica sobre o tema, bem como um levantamento de dados estatísticos oficiais relacionados ao perfil produtivo do setor e à oferta de crédito rural. De maneira geral, o trabalho mostra que há um marcante dualismo econômico e político entre a agricultura familiar e a agricultura patronal/agronegócio em constante disputa por fundos públicos no Brasil, levando à adoção de visões generalizantes pautadas em médias estatísticas dos indicadores censitários que tendem a desviar o foco das desigualdades gritantes prevalecentes no campo nacional. Em relação à agricultura familiar, apesar das melhorias na distribuição de renda e outros avanços verificados no limiar do século XXI, nota-se uma significativa heterogeneidade e desigualdade produtiva no interior do segmento, em que predomina um vasto contingente de produtores pobres ou extremamente pobres. Na base desse quadro social, frequentemente negligenciado nas análises que buscam ressaltar as virtudes da categoria de forma agregada a partir dos dados censitários, está uma herança histórica de diferenciação social, que se mantém e se agrava ao longo do tempo, devido, entre outros fatores, ao privilegiamento dos setores mais capitalizados do segmento na distribuição do crédito rural do Pronaf.Palavras-chaves: agricultura familiar, agronegócio, desigualdades econômicas, Pronaf. Abstract: The purpose of this article is to identify the characteristic elements of Brazilian
Resumo: Recentemente, são observadas inúmeras alterações no espaço rural, tais como a introdução de novas tecnologias, integração agroindustrial e a valorização enquanto lugar de moradia, lazer, produtos saborosos e saudáveis. Na esteira dessas transformações, alguns agricultores começam a perceber que existem novas possibilidades de geração de renda. Uma dessas novas oportunidades surge através do incremento da produção agroindustrial, uma atividade que é típica da agricultura familiar. Interessando-se por esta temática é que neste artigo objetiva-se verificar se há distinções e quais são estas distinções entre as agroindústrias rurais da agricultura familiar e da agricultura não familiar, em nível de Brasil. Inicialmente salienta-se que as agroindústrias rurais são heterogêneas entre si ficando difícil fazer inferências sobre dados agregados. Entretanto, a separação dos dados entre agroindústrias da agricultura familiar (AF) e da agricultura não familiar (ANF) já possibilita um recorte. Partindo desse pressuposto, foram selecionadas algumas variáveis do Censo Agropecuário de 2006 para inferir sobre oito produtos da agroindústria rural. Deste modo, através destes dados e destas variáveis identificou-se que a agroindústria rural é mais numerosa nos estabelecimentos familiares, um vez que a produção total provém principalmente dela, com exceção de dois produtos em que a produção entre a AF e ANF é praticamente equivalente. Para a escala de produção verificou-se que, para seis produtos analisados, ela é superior na ANF e em dois na AF. A ANF também se destaca com maior proporção de matérias-primas adquiridas, e maior proporção de comercialização. Os canais de comercialização são praticamente idênticos, com alguma exceção, contanto que a AF venda mais para o consumidor final e a ANF aos intermediários. As conclusões apontam que as distinções entre esses dois tipos de agroindústrias estão fortemente ligadas à lógica que as gerencia, pois na maioria das propriedades da ANF há especialização e na AF diversidade, o que consequentemente gera maneiras distintas de atuarem em suas agroindústrias. Palavras-chave: Agroindústria rural. Agricultura familiar (AF). Agricultura não familiar (ANF).Abstract: Recently, innumerable alterations have been observed in rural areas,
ResumoO objetivo deste trabalho consiste em analisar as feiras coloniais e agroecológicas do município de Chapecó-SC verificando em que medida estas permitem a produção para o autoconsumo das famílias de agricultores e, consequentemente, sua contribuição nos aspectos relacionados à segurança alimentar e nutricional (SAN). O estudo justifica-se pelas contribuições que pode dar às ações e políticas de segurança alimentar e nutricional e de desenvolvimento rural. Trata-se de pesquisa transversal, descritiva, com abordagem qualitativa, valendo-se, ainda, de métodos quantitativos para expressar os resultados. O estudo foi conduzido com sete agricultores que comercializam em três feiras no município de Chapecó-SC. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, por meio de entrevistas semiestruturadas e análise de dados, com estatística descritiva e análise de conteúdo. Os resultados evidenciam que a prática de autoconsumo é recorrente entre os agricultores feirantes. Assim, conclui-se que as famílias dos agricultores, ao participarem das feiras, constituindo circuitos curtos agroalimentares, estão dentro dos parâmetros da SAN pela prática de autoconsumo, uma vez que têm acesso facilitado a alimentos de qualidade, diversificados e em quantidade suficiente para a família. Ao mesmo tempo, as feiras mostraram-se uma importante estratégia de geração de renda. Palavras-chave:Autoconsumo. Segurança alimentar e nutricional. Cadeias curtas agroalimentares.Feira de produtos coloniais e agroecológicos.
Resumo: O objetivo deste artigo é evidenciar a dimensão social e analisar as características socioeconômicas e produtivas dos agricultores familiares pobres, classificados, segundo as regras do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -PRONAF, como Grupo B, no Estado do Rio Grande do Sul -RS. Em termos teórico-metodológicos, recorreu-se a abordagem das capacitações de Amartya Sen e ao approach de Frank Ellis para reunir os elementos conceituais necessários ao entendimento das "múltiplas carências produtivas" desse grupo específico de agricultores. Os dados utilizados para fundamentar a análise são oriundos de tabulações especiais do Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE. A pesquisa mostra que os estabelecimentos agropecuários de baixa renda, enquadráveis no Grupo B do PRONAF, estavam presentes em todas as microrregiões do RS, chegando a englobar metade dos agricultores familiares em algumas áreas do estado e, aproximadamente, 30% do segmento no ano de 2006. Os resultados da investigação também apontam para a grande vulnerabilidade social desses produtores gaúchos em várias dimensões dos seus meios de vida (dotações de capital natural, físico, humano, social e financeiro), demonstrando que há necessidade de melhorias quantitativas e qualitativas em sua plataforma de ativos (acesso a terra, água, financiamentos e tecnologias), bem como em suas capacitações básicas (educação formal e nível de organização social). Palavras-chaves: Agricultores familiares pobres. PRONAF B. Teoria das Capacitações;. Rio Grande do Sul.Abstract: The aim of this paper is to highlight the social dimension and analyze the socioeconomic and productive characteristics of the poor farmers, classified according to the rules of the PRONAF Group B in the state of Rio Grande do Sul (RS). In theoretical and methodological terms, we used the approach of capabilities Amartya Sen and the approach of Frank Ellis to gather conceptual elements necessary to the understanding of "multiple productive needs" of this particular group of farmers. The data used are from special tabulations from the 2006 Agricultural Census, IBGE. Research shows that the farms in lowincome classifiable in Group B of PRONAF are present in all the RS micro, coming to encompass half the farmers in some areas and approximately 30% of the segment in the state. Research results also point to the high social vulnerability of these gauchos producers in various dimensions of their livelihoods (appropriations of natural capital, physical, human, social and financial), demonstrating that there is need for improvement in its asset platform (access land, water, finance and technology) as well as in their basic training (formal education and level of social organization).
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar o processo de reinvenção dos mercados da agricultura familiar brasileira durante a pandemia da Covid-19, especialmente as (re)conexões a partir de sites e plataformas digitais de comercialização de alimentos e produtos com consumidores urbanos. Para tanto, foi realizado um amplo levantamento de informações em 38 iniciativas distribuídas geograficamente em todas as regiões do país. O trabalho mostra que os novos canais de comercialização digital da agricultura familiar do Brasil são fortemente baseados em organizações coletivas, visam construir cadeias curtas locais e regionais e abastecem a população com alimentos in natura, agroindustrializados e ecológicos com atributos de qualificação variados. Palavras-chave: agricultura familiar; cadeias curtas; comercialização; desenvolvimento rural; mercados digitais.
In this chapter we examine how the small scale agro-industries located in Southern Brazil, specifically in the North of the State of Rio Grande do Sul, started to deal with changes in their production processes, how they created and adapted technologies, and devised new products. Among the main outcomes of the study we highlight the novelties observed during the field research, especially regarding the family situation and the agromanufacturing activities, in which we observed (i) a relative raise in autonomy; (ii) improvement in both the income level and the quality of life of household members; (iii) creation of new nested markets and marketing channels; (iv) development of more environmentally sustainable
O objetivo do trabalho é evidenciar as dificuldades que as agroindústrias familiares possuem para reproduzirem-se perante as instituições reguladoras da produção e consumo de alimentos. Isso faz com que elas contribuam em menor medida do que poderiam fazer com os processos de geração de segurança alimentar e nutricional (SAN) as populações, especialmente as locais de pequenos municípios. O trabalho foi realizado no Rio Grande do Sul (RS), no Norte gaúcho, utilizando-se uma metodologia quali-quantitativa, com dados primários e secundários de pesquisa. O artigo evidencia que as ações locais, tanto públicas como privadas, têm muito que avançar para viabilizar as reais necessidades das agroindústrias para que as mesmas possam efetivamente contribuir com a SAN. Uma das principais dificuldades que a atuação das entidades e instituições não consegue remover são os altos índices de informalidade que envolve as agroindústrias (mais de 72% das experiências existentes).Palavras-chave: agroindústria familiar, segurança alimentar e nutricional, políticas públicas, ações locais, informalidade institucional.
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