A interação entre as pessoas com síndrome de Down e seus irmãos: um estudo exploratórioThe interaction between people with Down syndrome and their siblings: an exploratory study
Apresentamos um estudo que tem por objetivo compreender os sentidos atribuídos à relação entre a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e a qualidade da educação científica na voz de uma professora de ciências do ensino fundamental de uma escola com infraestrutura material e pedagógica para a utilização desses meios. Para a análise do discurso, recorremos à teoria das vozes de M. Bakhtin. Percebemos que o uso das TIC é visto como qualidade educacional por proporcionar acesso ao conteúdo científico, embora não represente propostas pedagógicas inovadoras, sendo apenas associado ao aumento da motivação dos alunos. A análise também permitiu compreender que essa relação é conformada, em seu discurso, pelas diferentes realidades educacionais em que as TIC são inseridas.
O objetivo desta pesquisa foi investigar os sentidos de qualidade atribuídos por professores do Ensino Médio ao ensino de ciências. O estudo baseia-se em um grupo focal realizado com nove professores das ciências naturais e de matemática de escolas públicas e privadas da cidade do Rio de Janeiro. A análise do discurso dos professores baseou-se na perspectiva sociocultural de Wertsch, que integra os conceitos fundamentais da filosofia da linguagem de Bakhtin. Inventariamos perspectivas de qualidade presentes nos discursos dos professores e seu diálogo com diferentes linguagens sociais. Apesar das diferenças entre contextos educacionais e linguagens sociais usadas pelos professores, percebemos um sentido negativo de qualidade atribuído por todos eles à educação científica. Assim, os professores enunciam o que seria a suposta qualidade por meio do discurso sobre sua falta. Identificamos tensões que problematizam suas perspectivas de qualidade acerca do currículo, do trabalho docente, da aprendizagem, das tecnologias e da legislação educacional.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, Resolução CNE/CP nº. 1/02, estabelecem que as instituições de ensino superior devam prever, em sua organização curricular, a formação docente para o atendimento da diversidade, contemplando conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. Concomitantemente, a expansão do acesso à escola básica não tem sido acompanhada de investimentos na implementação das mudanças necessárias nas diferentes dimensões: na formação inicial e continuada dos professores, nas políticas, nos currículos, nas condições de trabalho dos profissionais da educação (incluindo carreira e salários), na infraestrutura das escolas e na reorganização das condições de ensino. Mediante essa realidade o presente estudo objetivou analisar a matriz curricular dos cursos de licenciatura de três Universidades Públicas localizadas no interior do Estado de São Paulo, visando identificar a presença, neles, de disciplinas e/ou conteúdos que tratem sobre a Educação Especial e educação inclusiva. O método utilizado foi análise documental. Foram analisadas as ementas, do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas de três universidades públicas estaduais e do Curso de Licenciatura em Química de uma universidade pública estadual e de uma federal. De acordo com os resultados, os cursos de licenciatura investigados não mostraram nenhum indicativo de reorganização na direção das políticas de educação inclusiva. Verificou-se que nenhuma ementa apresentou conteúdos sobre Educação Especial; embora a disciplina de Didática, de apenas um dos cursos, tenha indicado como um dos seus objetivos gerais a preparação dos alunos para uma compreensão crítica e contextualizada do papel da escola e do trabalho docente. Concluiu-se que a organização curricular dos cursos de licenciatura não tem garantido os saberes pedagógicos necessários para responder às demandas da escola básica pública, principalmente em relação ao ensino de alunos com necessidades educacionais especiais. Palavras-chave: cursos de licenciatura, inclusão, formação de professores.
ResumoVisando investigar o conhecimento a respeito da adaptação curricular no âmbito da escola regular, o presente estudo teve por objetivo analisar as produções dos pesquisadores nacionais sobre essa temática, publicadas nos anais do Congresso Brasileiro de Educação Especial. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, embasado na técnica da pesquisa bibliográfica, que possibilita ao pesquisador conhecer e analisar assuntos já estudados. Para a coleta de dados, foi realizado um levantamento de todos os resumos de trabalhos publicados nos encontros que versavam sobre adaptação curricular e foram selecionados 29 resumos organizados em categorias de análise tais como: público-alvo das pesquisas, tendências dos estudos (objetivos), classificação das disciplinas adaptadas e classificação dos tipos de adaptações descritas nas pesquisas. Os resultados encontrados indicam que a temática adaptação curricular apresenta um número pequeno de trabalhos publicados; estes, na maioria das vezes, têm como objetivo descrever e analisar como ocorrem as adaptações curriculares, sobretudo quando estas estão voltadas a indivíduos com deficiência visual. A demanda das adaptações está direcionada para a disciplina de Língua Portuguesa e normalmente tendem a afetar diretamente o currículo escolar. Desse modo, conclui-se que adaptar o currículo não se trata de criar um novo currículo, mas sim de torná-lo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos, o que requer um trabalho colaborativo entre todos os envolvidos no processo educacional, como também, a realização de mais estudos nessa área.
O presente estudo teve por objetivo conhecer a situação escolar dos alunos com síndrome de Down que frequentavam o Ensino Fundamental e Médio das escolas da rede pública e particular da cidade de Araraquara – SP, no que se refere aos conteúdos correspondentes às séries que estão freqüentando. Para tanto, foi realizado um levantamento do número desses alunos nessas redes de ensino no início do ano letivo de 2006. Esse levantamento mostrou que havia 7 alunos, sendo 5 da rede estadual da 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental, sendo um do sexo masculino e quatro do feminino, com idades de 14 a 21 anos e dois da rede particular na 5ª série do e outro no 2º ano do Ensino Médio, ambos do sexo masculino com 17 e 18 anos, respectivamente. Para conhecer a trajetória escolar desses alunos, bem como a situação na série que estavam freqüentando, foram realizadas entrevistas com os pais e professores. Os resultados apontaram que esses alunos freqüentaram as classes especiais por um período de 3 a 15 anos para depois serem matriculados no ensino regular, com exceção de um, que não freqüentou essa classe. A pesquisa mostrou que esses alunos necessitam de um maior tempo para a realização das tarefas, ensino individualizado, adequação curricular, bem como mudança na forma de transmitir os conteúdos e de dosar mais a quantidade das atividades para evitar o cansaço.
ResumoO acesso à literatura por pessoas cegas vem acontecendo, prioritariamente, através do sistema braille. Devido ao avanço e a popularização da tecnologia, tem ocorrido uma procura maior pela literatura em áudio em nosso país. Dessa forma, o estudo surgiu do questionamento de como o acesso à literatura por pessoas cegas vem ocorrendo, tendo como objetivo analisar as implicações do uso desses meios de acesso por pessoas cegas. O instrumento de coleta de dados consistiu em um roteiro de entrevista semiestruturado, que foi aplicado a cinco pessoas cegas. Estas, por sua vez, foram gravadas e transcritas, com os dados agrupados por blocos temáticos, em tabelas e gráficos, para análise qualitativa e quantitativa. Os resultados indicaram que os sujeitos mais velhos, não dão preferência por nenhum dos meios, pois de acordo com os mesmos, ambos têm suas vantagens e desvantagens. Já os sujeitos mais jovens, revelaram preferência pelo áudio e pelo braille. Conclui-se que, ambos os meios de acesso estudados possuem suas implicações positivas e negativas, de tal forma que as pessoas cegas tendem a optar por ambos, mas apesar disso, em termos de preferência, o braille prevalece drasticamente.Palavras-chave: Deficiência visual; Sistema braille; Áudio-livro.
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