Resumo No vocabulário das novas mídias, “convergência” tornou-se um conceito extremamente difundido. Neste artigo, analisamos sua significação técnica e também cultural, neste último caso associada à obra de Henry Jenkins. Investigando suas origens, popularidade e fundamentalmente implicações ideológicas, evidenciamos como tal noção cristaliza uma série de utopias da cibercultura, ao mesmo tempo que legitima as assimetrias de poder entre produtores e consumidores de cultura.
RESUMOO objetivo deste artigo é mostrar como, entre 1960 e 1965, a imprensa foi fundamental para dar corpo e substancia à ideia de música jovem no Brasil. Veículos como A Revista do Rádio -em especial a sessão O mundo é dos Brotos, de Carlos Imperial -e também de publicações especializadas, como A Revista do Rock, ajudaram a definir os códigos sonoros, visuais e morais que nortearam um novo nicho profissional de música popular que congregou cantores estreantes, empresários e audiê ncia. Através de diversas estratégias, esse tipo de mídia, portanto, conformou não só simbólica, como também materialmente a entrada de um novo nicho de mercado no mapa musical brasileiro. ABSTRACTThe purpose of this article is to analize, beetween 1960 and 1965, how the press gave meaning and materiality to the idea of a music for the youth in Brazil. Media outlets such as Revista do Radio -in particular O mundo é dos Brotos, a segment written by Carlos Imperial -and also Revista do Rock, took a fundamental role in denifining the moral, visual and sonic codes that were the basis of a professional niche of popular music available for upcoming singers, enterpreneurs and audience. Through multiple strategies this kind of media gave a simbolic and material shape to a new segment of brazilian popular music.
Resumo O ano de 1965 marca o início da Jovem Guarda, fenômeno midiático que visava construir uma cultura juvenil ao redor da música. Com canções sobre carrões e namoros, fez de jovens artistas celebridades; objetos de culto e modelos de reconhecimento, identificação e conduta. Ao estudar a emergência do Tremendão, alterego de Erasmo Carlos, o texto analisa empiricamente a construção das celebridades; processo que não se esgota em esquemas industriais de produção, mas antes reconstitui e reembala trajetórias de vida singulares para criar um efeito de autenticidade. Apoiado em registros de época — reportagens, canções, capas de disco, fotografias —, bem como entrevistas e biografias, o texto visa problematizar a relação entre o individual e o estrutural, e entre o singular e o massivo.
Resumo O ensaio, de cunho teórico, discute os conceitos de indivíduo e individualismo em Norbert Elias. Para tanto, três objetivos são perseguidos: - partindo das obras A sociedade de corte, O processo civilizador e A sociedade dos indivíduos, discutimos o conceito de figuração, solução conceitual eliasiana para o par antitético indivíduo e sociedade; - Mozart, sociologia de um gênio é utilizado como estudo de caso em que o gênio é visto em suas figurações, relações de interdependência e constrangimentos sociais; - por fim, pensando com e a partir de Elias, colocamos à frente o entendimento do individualismo como habitus individual e social, formulação que indica a radicalidade do conceito de figuração, a qual afirma a sociedade como formação de indivíduos interdependentes, a despeito da percepção individual ou social de uma possível autonomia, constituindo a interdependência questão empírica e ontológica.
A década de 60 assistiu à reorganização das relações de poder na música popular brasileira, a partir da emergência de uma nova geração de artistas jovens. Se hoje são classificados em dois grandes grupos tidos como antagônicos, Jovem Guarda e MPB, trata-se, em larga medida, das consequências de uma "guerra" que se forjou naquela mesma década, tendo a televisão como palco privilegiado, mas também se desdobrando em revistas, jornais, cinema e rádio. Utilizando-se da análise do discurso de viés boudiesiano, o estudo de algumas de suas “batalhas” destacadas, busca compreender de que forma essas disputas e tensões afetaram decisivamente as hierarquias da música popular dos anos 60. Ao longo do texto, percebe-se que a divisão em grupos não é somente o resultado das diferenças inegáveis de repertório, classe social e inclinação ideológica dos protagonistas, mas antes é um resultado da “guerra” que através de estratégias discursivas instrumentalizou a separação e acabou por nublar uma série de trânsitos, encontros e demandas que MPB e Jovem Guarda experimentaram.
Os anos 1960 experimentaram profundas modificações nas hierarquias de poder da música popular brasileira. Entre as causas para esse fenômeno, duas nos interessam em particular: a perda de centralidade do rádio, que cede terreno à televisão, além da construção de um nicho de música jovem, decorrente do fenômeno da Jovem Guarda. Este artigo tem por objetivo estudar a trajetória de Roberto Carlos nesse período, tomando-o como um mediador cultural, agente de tr ânsito e intersecção que conformou e adaptou os signos do rádio à televisão e, ao mesmo tempo, conseguiu se afirmar como ídolo das massas, mas também da juventude.
Apresentação do dossiê "Música popular e sociedade", organizado por Marcelo Garson e Lucas Souza
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