2022
DOI: 10.1590/1982-2553202256878
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Tremendão e Erasmo Carlos: entre o indivíduo e a celebridade

Abstract: Resumo O ano de 1965 marca o início da Jovem Guarda, fenômeno midiático que visava construir uma cultura juvenil ao redor da música. Com canções sobre carrões e namoros, fez de jovens artistas celebridades; objetos de culto e modelos de reconhecimento, identificação e conduta. Ao estudar a emergência do Tremendão, alterego de Erasmo Carlos, o texto analisa empiricamente a construção das celebridades; processo que não se esgota em esquemas industriais de produção, mas antes reconstitui e reembala trajetórias de… Show more

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“…Esse era o Nordeste rico. Porém, o Nordeste pobre estava bem próximo: como explica Garcia (1999), a partir da segunda metade do século XIX, ocorrem a queda dos preços do açúcar, somada à introdução da lavoura do café no Rio de Janeiro e em São Paulo, para onde vieram grande número de imigrantes europeus, fatos que "[...] provocaram a transferência do poder econômico, e consequentemente do poder político, do Nordeste para o Centro-Sul", que "[...] passou a experimentar grande modernização, enquanto o Nordeste mantinha sua estrutura rural arcaica [...]" (GARCIA, 1999, p. 31). Possivelmente, data dessa época a elaboração histórica da imagem do Nordeste como terra miserável que fornece mão de obra não qualificada para as fazendas e as nascentes indústrias do Centro-Sul, mão de obra que incluía não apenas pessoas livres, mas também escravizados negros que, pela relativa escassez, tornaram-se "objeto de muito valor".…”
Section: De Tal Complexidade O Clássico Sociólogo Conclui à éPoca Queunclassified
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“…Esse era o Nordeste rico. Porém, o Nordeste pobre estava bem próximo: como explica Garcia (1999), a partir da segunda metade do século XIX, ocorrem a queda dos preços do açúcar, somada à introdução da lavoura do café no Rio de Janeiro e em São Paulo, para onde vieram grande número de imigrantes europeus, fatos que "[...] provocaram a transferência do poder econômico, e consequentemente do poder político, do Nordeste para o Centro-Sul", que "[...] passou a experimentar grande modernização, enquanto o Nordeste mantinha sua estrutura rural arcaica [...]" (GARCIA, 1999, p. 31). Possivelmente, data dessa época a elaboração histórica da imagem do Nordeste como terra miserável que fornece mão de obra não qualificada para as fazendas e as nascentes indústrias do Centro-Sul, mão de obra que incluía não apenas pessoas livres, mas também escravizados negros que, pela relativa escassez, tornaram-se "objeto de muito valor".…”
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“…Não obstante, tais estereótipos imagéticos apontam para uma espécie de "criação" que homogeneiza a figura do nordestino, em termos via de regra negativos. Com isso, mascara-se o que Garcia (1999) denomina "traço marcante da personalidade do Nordeste": a rebeldia, a coragem de resistir. Não à toa, podemos falar (e a nossa história oficial fala pouco...) das muitas revoltas pernambucanas e baianas, de Canudos de Conselheiro, de Palmares de Zumbi, para citarmos alguns casos envolvendo nordestinos que, de um modo ou de outro, construíram e se inscreveram na história do país, independente, ou apesar, dos estereótipos.…”
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