Resumo: Introdução: As taxas de cesáreas no mundo todo têm apresentado valores acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, especialmente no Brasil, e, com isso, trata-se de um problema de saúde pública. As principais causas para esse cenário se encontram na orientação e no suporte fornecidos pelo profissional de saúde, principalmente pelo médico. Assim, a formação do discente de Medicina pode impactar o seu perfil como profissional. Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil e o conhecimento de acadêmicos do curso de Medicina de uma universidade pública acerca das vias de parto. Método: Trata-se de um estudo quantitativo de natureza descritiva e de corte transversal que se desenvolveu em uma universidade pública do sul de Minas Gerais com 165 acadêmicos do curso de Medicina, do quarto, sexto, oitavo e décimo períodos. Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário semiestruturado, contendo 57 questões, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram tabulados e avaliados por meio de frequência e também expressos em porcentagem. Resultados: Constatou-se que 89,09% dos estudantes acertaram a indicação de via de parto no caso de gestantes de baixo risco sem intercorrências, já para a via de parto de gestantes diabéticas e com pré-eclâmpsia, apenas 25,45% e 18,18%, respectivamente, acertaram. Verificou-se também que 75,15% dos estudantes consideram que o uso de mais tecnologia durante o parto o torna mais benéfico para a mãe e o bebê, e 77,58% dos participantes não indicariam a cesariana por causa das comodidades. Conclusões: Pode-se concluir que existem discrepâncias quanto às respostas obtidas pelos participantes do estudo. É importante que novas pesquisas sejam feitas para avaliar as fragilidades na matriz curricular visando formar profissionais médicos que possam contribuir para a mudança do cenário obstétrico do país.
Introdução: Tendo em vista que o Diabetes Mellitus (DM) é uma condição crônica de saúde que interfere de forma significativa na qualidade de vida das pessoas, alterando seu bem-estar físico, psicológico, emocional e espiritual, torna-se fundamental um cuidado embasado na concepção holística do ser humano. Objetivo: Avaliar a espiritualidade e a religiosidade do idoso diagnosticado com Diabetes Mellitus. Métodos: Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva, de caráter quantitativo. Para a coleta dos dados foram utilizado um instrumento sociodemográficas e outro mais específico denominado: "BRIEF MULTIDIMENSIONAL MEASURE OF RELIGIOUSNESS/SPIRITUALITY: 1999". Resultados: A espiritualidade e religiosidade foram consideradas importantes na visão dos pacientes que participavam deste estudo. Os idosos afirmaram que gostariam que suas crenças espirituais fossem abordadas pelos profissionais de saúde durante o atendimento. Conclusão: A espiritualidade e religiosidade interferem positivamente na vida, além de dar resiliência ao idoso podendo melhorar até as enfermidades.
Introdução: As taxas de amamentação no Brasil estão muito aquém do que é preconizado mundialmente. O Agente Comunitário é o principal elo de ligação entre a Equipe de Saúde da Família e a comunidade, na realização de ações que visem promover a amamentação. Objetivo: Analisar o conhecimento dos agentes acerca da amamentação. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e transversal em que foi utilizado para coleta de dados um questionário aplicado para 29 agentes que atuam em Estratégia de Saúde da Família em um município do Sul de Minas Gerais. Resultados: Os agentes dominam os conhecimentos básicos acerca da amamentação. No entanto, consideram sua formação profissional insuficiente. Conclusão: A maioria dos participantes não realizaram cursos sobre o tema e nem se sentem preparados para orientar as mães durante o período de amamentação, o que demostra a necessidade de maior capacitação dos mesmos por meio de cursos ou oficinas educativas.
Objetivo: identificar como as mães que residem nas áreas de cobertura de duas estratégias de saúde da família de um município do sul de Minas Gerais realizaram a amamentação. Método: estudo transversal, com abordagem quantitativa de natureza descritiva e retrospectivo. Resultados: participaram do estudo 120 nutrizes. Observa-se que são jovens (71% de 20 a 25 anos), com boa escolaridade (67% ensino médio completo), tiveram a primeira gestação na juventude (66% entre 15 e 19 anos), e a maioria possui dois filhos (44%). Dos nascimentos 90% tiveram um filho e 10% tiveram gêmeos. Constatou-se a prevalência de partos cesáreos (66%). O aleitamento teve início no alojamento conjunto (60%); e o misto foi predominante (73%), destacando-se essa prática para os filhos anteriores (88%). Conclusão: a prática da amamentação está associada à cultura familiar e não há valorização da amamentação exclusiva.
INTRODUÇÃO: A amamentação é uma prática de saúde que visa diminuir os riscos do recém-nascido. O ato de amamentar está presente na história da humanidade, sendo uma prática muito estudada e discutida há bastante tempo. Nos primeiros meses de vida da criança prioriza-se o aleitamento materno exclusivo, pois o bebê que se alimenta corretamente durante o início da vida colhe vários benefícios, como menor risco de morbidade por infecção e por diarreia, redução de alergias e aumento da imunidade. Torna-se necessário buscar respostas para algumas indagações, como o porquê de uma prática de tão reconhecida excelência não tem sido adotada na sua plenitude pelas famílias locais? OBJETIVO: apresentar como as mães realizam o aleitamento materno em um município do Sul de Minas Gerais. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa transversal, conduzida por um método quantitativo de análise dos dados, gerados pelos instrumentos Formulário para Visita Domiciliar de Aleitamento Materno, questionário e, formulário de Observação da Mamada do Fundo das Nações Unidas para a Infância. O estudo foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001, em um município do Sul de Minas Gerais, em duas áreas de abrangência de duas Equipes de Saúde da Família, após aprovação com Parecer nº 1.566.407. RESULTADOS: A população de estudo foram vinte mães de crianças recém-nascidas com até seis meses de idade, que residem nessas áreas. Essas mães não oferecem o leite materno como fonte de alimentação exclusiva das crianças até os seis meses de idade, pois para 88% foi aleitamento misto. As mães revelaram pouco conhecimento ou despreparo na técnica de amamentação, pois para 36% a duração da amamentação está correta; porém, para 58% está incorreta. A intercorrência mais frequente foi a dor no mamilo ao amamentar, demonstrando erro de técnica, desconhecimento e falta de acompanhamento durante o processo de amamentação. Quanto à manutenção da amamentação para o filho anterior está clara a tendência à amamentação mista (88%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verifica-se que através da Visita Domiciliar como tecnologia do cuidado, contribui-se para o acompanhamento das nutrizes e dos recém-nascidos na Atenção Primária, uma vez que assegura um atendimento de qualidade contribuindo para auxiliar as mulheres que sentem dificuldades para amamentar. Durante o acompanhamento da nutriz e visitas domiciliares as dúvidas e os mitos sobre a amamentação podem ser desmistificados, além de realizar orientações que auxiliam na redução da morbimortalidade materno-fetal. Logo, o espaço domiciliar é um âmbito privilegiado para as ações de promoção da saúde, sendo a Visita Domiciliar encarada como ideal para a criação e fortalecimento de vínculo com as famílias.
Objetivo: caracterizar as práticas e o conhecimento sobre o aleitamento materno exclusivo em nutrizes residentes em um município do Sul de Minas Gerais, Brasil. Método: trata-se de um estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa. Resultados: a amostra foi composta por 77 mães de lactentes com mais de seis meses. Verificou-se que 100% respondeu ter conhecimento de que a amamentação exclusiva deve ocorrer até o sexto mês de vida. Quanto à compreensão de que a amamentação diminui a incidência de doenças durante a infância, 73 (94,8%) responderam que sim e quatro (5,2%) não. Em relação a saber que o leite materno melhora o desenvolvimento neuropsicomotor e crescimento, 71 (94,8%) responderam sim e seis (7,8%) não. Mantiveram o aleitamento materno até o sexto mês 50 (88%) e 27 (12%) desmamaram precocemente. Dentre os motivos para o desmame precoce referiram a recusa do lactente; leite fraco ou em pouca quantidade e dificuldade de sucção do lactente. Quanto à complementação houve introdução de água; leites industrializados; chá; suco de frutas; frutas amassadas ou em pedaços; papinhas doces ou salgadas; outros tipos de leite; a mesma refeição da família; café e refrigerante. Conclusão: a maioria das participantes conhece os benefícios do aleitamento e o mantêm de forma exlusiva, porém, para outras, mesmo tendo essa compreensão, a complementação ocorre e o desmame precoce acontece.
Compreender o processo da amamentação além de suas determinações hormonais e fisiológicas e avaliar seu sucesso não somente pelos aspectos meramente técnicos, é um desafio atual. O paradigma da amamentação ainda ancorado em uma visão biologicista precisa ser modificado, pois a amamentação deve ser compreendida não apenas como biologicamente determinada, mas também socioculturalmente condicionada. É indispensável que se construa um novo olhar sobre o Aleitamento Materno, que valorize sua vivência na realidade social, cultural, e econômica da díade mãe e filho. Neste sentido, o presente artigo apresenta o relato de experiência da visita domiciliária como tecnologia de cuidado no incentivo ao aleitamento materno exclusivo para nutrizes de uma Estratégia de Saúde da Família de um município do Sul de Minas Gerais, Brasil. Observou-se que a visita domiciliária contribui para a manutenção do aleitamento materno exclusivo, além de possibilitar que o acadêmico de Enfermagem desenvolva competências para ações assistenciais e educacionais, fato que a torna uma tecnologia de cuidado efetiva.
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