A anemia falciforme é uma doença prevalente no Brasil, e é caracterizada por uma mutação genética que provoca uma deformidade nas hemácias do portador, causando diversos problemas. Uma boa parte desses pacientes necessitam de transfusões frequentes para tratamento de complicações da doença, porém, ao longo do tempo podem surgir complicações resultantes dessas transfusões, o que torna o uso dessa terapia bastante criteriosa. Mas por que o paciente falciforme pode apresentar problemas com a terapia transfusional? Devido a frequência de transfusões, o paciente falcêmico pode sofrer uma aloimunização contra antígenos de vários sistemas de grupos sanguíneos. A melhor forma de prevenir esse tipo de reação é realizando a fenotipagem das hemácias para teste de compatibilidade. O presente estudo teve como objetivo abordar sobre a transfusão de hemácias em pacientes falcêmicos, elencando também as reações que podem ocorrer em função dessa terapia e os procedimentos que devem ser tomados para evitar tais reações, abordando também o papel do biomédico nesse processo. Trata-se de uma pesquisa literária realizada com base em artigos científicos nacionais e internacionais, monografias, leis e livros que foram selecionados utilizando como critério a abordagem do tema escolhido. Foram utilizados como fontes de pesquisa os sites SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Pubmed, Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde e livros presentes na biblioteca física e virtual do Instituto Educacional Santa Catarina (IESC). A terapia transfusional é uma ótima opção de tratamento das complicações da anemia falciforme, porém devem ser utilizadas medidas para prevenir os problemas pós-transfusionais.
Úlceras por pressão (UP) são importantes causas de morbidade, além de possuir alto custo ao sistema de saúde, agrega um risco adicional para os portadores pois impõe a perda da barreira constitucional da pele. A fotobiomodulação com laser de baixa potência (FBM) mostra efetivas ações analgésica, antinflamatória e reparação dos tecidos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da FBM no tratamento de UP a partir de uma revisão integrativa norteada pela pergunta “Qual a eficácia da fotobiomodulação no tratamento de úlceras por pressão?”. O estudo incluiu sete artigos selecionados nas bases de dados Scielo, PubMed e LILACS entre o período de 2015 e 2020. Após a leitura, análise e interpretação dos dados, pôde-se verificar que, apesar de haver poucos estudos recentes sobre a terapia a laser na temática da lesão por pressão, os artigos elucidam que a terapia com laser de baixa potência é uma modalidade promissora de tratamento, que proporciona redução do tempo de cicatrização e melhora no aspecto das feridas. Contudo, apesar de diversos estudos demonstrarem os efeitos benéficos desta, ainda não há consenso e protocolos específicos definidos que determinem parâmetros de irradiação, como comprimento de onda, energia, fluência, potência, irradiância, duração do pulso e intervalos entre as sessões de tratamento.
A hanseníase é uma doença infecciosa, de cunho crônico, ocasionada pelo Mycobacterium leprae. Essa actinobactéria bacilar possui afinidade com pele e nervos periféricos. É transmitida por meio do contato contínuo com pessoas multibacilares que não foram tratadas. A hanseníase é um agravo de relevância na saúde pública dos países em desenvolvimento. O Brasil está em segundo lugar na prevalência de casos novos no mundo, sendo que mais de 20% dos casos apresentam algum grau de incapacidade física já instalada. Este estudo visa identificar a ocorrência da hanseníase no Brasil e mostrar os principais exames laboratoriais existentes, dando ênfase à importância das ações de controle da doença e a aplicação do diagnóstico rápido e preciso. Foi realizada uma pesquisa literária, utilizando artigos e dissertações por meio dos sites, Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O levantamento de dados foi coletado através do site do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e do Portal da Saúde do SUS. Os últimos dados publicados mostram que em 2016, 25.218 novos casos de hanseníase foram detectados, com uma taxa de prevalência de 1,10 a cada 10.000 habitantes. O diagnóstico de hanseníase é basicamente clínico e epidemiológico, complementado, quando possível, com exame histopatológico e baciloscópico.
Por motivos históricos, a utilização de bebidas alcoólicas tem se consolidado como um hábito comum na sociedade, fazendo com que o etanol se tornasse a droga psicoativa mais utilizada no mundo. Diversos estudos têm demonstrado que a interação do etanol e dos seus produtos metabólicos no organismo humano está vinculada a um conjunto de alterações fisiológicas que tornam o indivíduo suscetível a uma série de doenças, dentre elas, o câncer. Diversos mecanismos são descritos, destacando-se: o efeito depressor sobre o sistema nervoso; e a interferência em vias metabólicas, bem como o efeito dos metabólitos gerados sobre a estrutura da molécula do DNA, causando alterações covalentes que geram mudanças no padrão de expressão gênica. Além disso, o efeito do etanol sobre sistemas enzimáticos, como os citocromos P450, pode resultar em perda total ou parcial do efeito farmacológico, interferindo na terapêutica e originando produtos que causam danos teciduais. Dessa forma, devido à complexidade e multiplicidade de mecanismos envolvidos no dano celular desencadeado pelo etanol e seus produtos no organismo humano, este artigo apresenta uma revisão sistemática dos principais efeitos e mecanismos toxicológicos, bioquímicos e epigenéticos, evidenciados e descritos recentemente na literatura científica.
As parasitoses são consideradas um problema de saúde pública devido à deficiência no saneamento básico em diversas cidades brasileiras. Resultante disto, as pessoas contraem doenças parasitárias que, embora sejam de fácil tratamento, ainda não foram erradicadas. Além disso, as companhias de abastecimento de água e pesquisas ambientais não desenvolvem pesquisas parasitológicas, o que contribui para que a população continue leiga no assunto e vulnerável aos parasitos. Com base nisto, o objetivo deste estudo foi a aplicação de métodos parasitológicos na avaliação da contaminação da água e solo de alguns setores do município de Guaraí em busca de protozoários e helmintos. Para o desenvolvimento, foi realizado uma pesquisa de campo em amostras coletadas em alguns setores do município e pesquisa literária de caráter descritivo, qualitativo e exploratório, por meio de livros, artigos científicos, dissertação e monografia pesquisados nos sites Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Foi obtido também dados de resultados de exames parasitológicos de fezes positivos em dois laboratórios da cidade e informações sobre o saneamento básico e parasitoses no Brasil por meio dos sites do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e Trata Brasil. Para a análise da água foi realizado os métodos direto a fresco, sedimentação espontânea (Hoffmann) e centrifugo-sedimentação, a análise do solo foi através de Hoffmann e Rugai. Os principais parasitos encontrados na água foram cistos de Endolimax nana e Giardia lamblia e Trofozoíto de Ballantidium coli; no solo, as principais espécies identificadas foram Entamoeba coli e larva de Strongyloide stercoralis.
Com a pandemia de COVID-19, houve significativo aumento no consumo de Equipamentos de Proteção Individual, ocasionando escassez de máscaras para os profissionais da área da saúde, sendo que as máscaras em tecido desempenharam um papel fundamental na contenção da transmissão de doenças virais e bacterianas na população em geral. Diante da demanda do uso de máscaras, houve uma necessidade de pesquisar novos agentes antissépticos que pudessem proporcionar a sua reutilização. Portanto, este estudo tem como objetivo analisar a eficácia dos processos de descontaminação por ozônio e luz UV-C nas máscaras de proteção de uso não profissional em diferentes tipos de tecidos, diante da contaminação experimental por S. aureus. As máscaras foram recortadas em pequenos pedaços e contaminadas com uma solução 108 UFC/ML e comparada com a escala de Mac Farland a 0,5, descontaminadas com gás ozônio e UV-C. Os resultados mostraram eficiência em ambos os processos, ressaltando um melhor desempenho do gás ozônio mostrou em relação à UV-C. A distância da amostra em relação ao aparelho de descontaminação, o tempo de exposição e o modelo de equipamento de UV-C e ozônio podem influenciar na obtenção de resultados mais eficientes em relação a descontaminação. Mesmo com a grande variedade de produtos químicos disponíveis, busca-se reduzir os microrganismos das máscaras com UV-C ou ozônio, como forma alternativa, sem alterar estruturalmente os tecidos, e comprometer sua eficiência. O estudo pode contribuir para o lançamento de mais equipamentos que utilizem esse tipo de descontaminação, deixando esse processo mais simples e barato para a população.
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