RESUMOForam utilizados seis novilhos, providos de cânula ruminal, em delineamento experimental cross-over, para comparar a eficiência de soluções de bicarbonato de sódio e lactato-L de sódio na correção da acidose metabólica sistêmica (AMS), causada pela acidose láctica ruminal (ALR). Vinte horas após, quando apresentavam intensa AMS, os animais foram distribuídos aleatoriamente e tratados com cinco litros de 150mMol/l de bicarbonato de sódio ou de lactato-L de sódio, infundidas por via intravenosa, nas quatro horas seguintes. Amostras de sangue, para hemogasometria, foram coletadas no decorrer da infusão a zero, 1, 2, 3, 4, 6 e 8 horas. Ambos os tratamentos elevaram o pH sangüíneo já na primeira hora pós-infusão, corrigindo adequadamente a AMS. O tratamento com lactato-L de sódio aumentou as concentrações de bicarbonato, TCO 2 e EAB sangüíneos já na segunda hora pós-infusão; com o bicarbonato essa elevação ocorreu a partir da terceira hora. Não houve diferenças entre tratamentos para pH sangüíneo, bicarbonato, TCO 2 e excesso de base. Vinte e quatro horas após o tratamento todos os novilhos apresentaram plena recuperação. O lactato-L pode substituir o bicarbonato na correção da AMS em novilhos com ALR.Palavras-chave: bovino, acidose, bicarbonato, lactato-L ABSTRACT
RESUMOSeis novilhos mestiços, com cerca de 250kg e um ano de idade, foram infundidos, no decorrer de quatro horas, com cinco litros de diferentes soluções isotônicas de sais sódicos, com 150mM/l de bicarbonato, acetato, propionato, lactato L, lactato racêmico e cloreto (controle), em delineamento em quadrado latino (6x6). Análises hemogasométricas e do pH urinário foram determinadas no decorrer da infusão -zero, primeira e quatro horas -e após o seu término, na oitava hora. O pH do sangue foi maior nos animais infundidos com os tampões que nos infundidos com cloreto; teores mais elevados de bicarbonato e de excesso de ácido-base sanguíneos foram obtidos na quarta e oitava hora nos infundidos com bicarbonato e lactato; o mesmo ocorreu com a pressão de CO 2 na oitava hora. Os resultados indicam que os tratamentos com Bicarbonato e lactato proporcionam acúmulo de tampões no sangue e geram discreta alcalose metabólica, compensada organicamente por leve retenção de CO 2 . a infusão com bicarbonato de sódio causa elevação do pH urinário.
Efeito do tempo após a ingestão de leite sobre o equilíbrio ácido-básico de bezerros [ Slanina et al. (1992), demonstrou-se que os animais lactentes tendem a se manter em estado de alcalose metabólica, ou a apresentar maior reserva alcalina em relação aos não lactentes (Reece, Wahlstrom, 1972;Reece, 1980Reece, , 1984Thielscher, 1992). Tal fato poderia ser resultado da maior secreção de ácidos pelas células parietais da mucosa do abomaso que se intensifica no período pós-prandial (Reece, Wahlstrom, 1972). O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do tempo após a ingestão de leite sobre as variáveis representativas do equilíbrio ácido-básico em bezerros neonatos.Oitenta bezerras sadias da raça Holandesa, entre 4 e 30 dias de idade, as quais integraram um estudo mais abrangente sobre o equilíbrio ácido-básico (Lisbôa, 2000), foram selecionadas para compor dois grupos de 40 animais cada. No primeiro grupo, colheu-se sangue imediatamente ou até, no máximo, 30 minutos após a refeição. No segundo, o sangue foi colhido com pouco mais de duas horas após a ingestão de leite. Respeitou-se a equivalência de idade das bezerras nos dois grupos e incluíram-se animais somente a partir do quarto dia de idade por já estarem adaptados ao sistema de oferta do leite em baldes, o que garantiu a ingestão de praticamente todo o volume de dois litros.Amostras de sangue foram colhidas mediante punção da veia jugular e mantidas em condição de anaerobiose, empregando-se seringa plástica de 3ml com o seu espaço morto previamente preenchido com cerca de 400UI de heparina sódica (Liquemine; Roche; São Paulo.). As seringas foram mantidas submersas em banho de água gelada entre zero e 4ºC (Lisbôa et al., 2001), por até quatro horas. Determinaram-se potencial hidrogeniônico (pH), pressões parciais de dióxido de carbono (pCO 2 ) e de oxigênio (pO 2 ), bicarbonato (HCO 3 -), dióxido de carbono total (TCO 2 ), excesso de bases (BE), bicarbonato padrão (StB) e saturação de oxigênio (Sat O 2 ) utilizando-se um analisador automático de pH e de gases sangüíneos (Hemogasômetro ABL 5; Radiometer; Copenhaguem; Dinamarca.). Os resultados foram comparados por meio do teste t, admitindo-se a probabilidade de erro de 5%.As bezerras alimentadas há mais de duas horas exibiram valores médios significativamente mais altos para pCO 2 , HCO 3 -, TCO 2 , BE e StB do que os animais com colheitas logo após a ingestão de leite (Tab.
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