A acidose láctica ruminal aguda (ALRA) pode surgir após a ingestão exagerada e súbita de dietas ricas em carboidratos solúveis em ruminantes pouco adaptados às mesmas. Tais carboidratos são rapidamente fermentados no rúmen gerando elevada produção de ácido láctico. Esse ácido provoca um quadro de acidose, inicialmente no rúmen e em seguida sistêmico, levando frequentemente os animais à morte ResumoUtilizaram-se cinco garrotes Jersey (J) (Bos taurus) e cinco Gir (G) (Bos indicus) para comparar a susceptibilidade racial, por meio do quadro clínico, à acidose láctica ruminal aguda (ALRA), induzida experimentalmente. A ALRA foi caracterizada por taquicardia, redução dos movimentos ruminais, diarreia, desidratação e depressão no estado geral. Embora os bovinos G apresentassem maior taquicardia e uma tendência a uma desidratação mais severa, assim como estase ruminal, foram os J que manifestaram maior depressão no estado geral, requerendo um tratamento mais intenso para a recuperação. A normalização do apetite após o tratamento da ALRA foi mais demorada nos bovinos J. O conjunto de resultados indicou que os bovinos J são mais susceptíveis a desenvolverem quadros mais graves de ALRA, que os G. Quanto maior o déficit do volume plasmático, mais intensa a taquicardia (r = 0,67); não ocorreu influência do pH sanguíneo sobre a frequência cardíaca (r = -0,25).Palavras-chave: Bovinos. Raças. Susceptibilidade. Acidose láctica. Quadro clínico. AbstractTo compare the clinical signs and the susceptibility to acute rumen lactic acidosis (ARLA), experimentally induced, five Jersey (J) (Bos taurus) and five Gir (G) (Bos indicus) steers were used. The ARLA caused in all animals tachycardia, decreased rumen movement, diarrhoea, and dehydration; Although G steers presented higher tachycardia and tendency to a more severe dehydration, the J steers exhibited a pronounced depression in the general state, requiring an intense treatment to recover. J steers needed more time to recover the normal appetite. Thus, regarding clinical picture, was observed that J steers are more susceptible to ARLA than G. Positive correlation was found between plasma volume deficit and tachycardia (r = 0.67); blood pH did not influence heart rate (r= -0.25).
1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12 and 24 hours. According
RESUMOForam utilizados seis novilhos, providos de cânula ruminal, em delineamento experimental cross-over, para comparar a eficiência de soluções de bicarbonato de sódio e lactato-L de sódio na correção da acidose metabólica sistêmica (AMS), causada pela acidose láctica ruminal (ALR). Vinte horas após, quando apresentavam intensa AMS, os animais foram distribuídos aleatoriamente e tratados com cinco litros de 150mMol/l de bicarbonato de sódio ou de lactato-L de sódio, infundidas por via intravenosa, nas quatro horas seguintes. Amostras de sangue, para hemogasometria, foram coletadas no decorrer da infusão a zero, 1, 2, 3, 4, 6 e 8 horas. Ambos os tratamentos elevaram o pH sangüíneo já na primeira hora pós-infusão, corrigindo adequadamente a AMS. O tratamento com lactato-L de sódio aumentou as concentrações de bicarbonato, TCO 2 e EAB sangüíneos já na segunda hora pós-infusão; com o bicarbonato essa elevação ocorreu a partir da terceira hora. Não houve diferenças entre tratamentos para pH sangüíneo, bicarbonato, TCO 2 e excesso de base. Vinte e quatro horas após o tratamento todos os novilhos apresentaram plena recuperação. O lactato-L pode substituir o bicarbonato na correção da AMS em novilhos com ALR.Palavras-chave: bovino, acidose, bicarbonato, lactato-L ABSTRACT
Quatro garrotes Jersey (J) (Bos taurus) e quatro Gir (G) (Bos indicus)
Quatro garrotes Jersey (J) (Bos taurus) e quatro Gir (G) (Bos indicus) foram utilizados para comparar a susceptibilidade de zebuínos e taurinos à acidose láctica ruminal (ALR). Neste trabalho, acompanhou-se o grau da acidose metabólica (AM) e a metabolização do lactato-L. A ALR foi induzida com a administração de sacarose intraruminal. Amostras de sangue foram colhidas nos seguintes momentos : zero, 14, 16, 18, 20, 22 INTRODUÇÃOA acidose láctica ruminal é uma doença metabólica causada pela ingestão excessiva de alimentos ricos em carboidratos de fácil fermentação. A digestão deste substrato no rúmen produz grande quantidade de ácido láctico, o qual causa inicialmente uma acidose ruminal. Parte deste ácido é absorvida para a corrente circulatória, na qual se dissocia em lactato e íons H + . Este último íon é rapidamente tamponado pelo bicarbonato sangüíneo. Na evolução deste processo, há redução das reservas de bicarbonato e diminuição do pH sangüíneo, gerando uma acidose metabólica (DUNLOP, 1972, NOCEK, 1997.
São Paulo 2000 Aos meus paisAo médico veterinário Ubiraem Schalch (Bira), responsável pelo HOVETPirassununga, pelo auxílio na compra dos animais e pela amizade.Aos funcionários da biblioteca, pelo profissionalismo, cordial atendimento e amizade.À Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP que oferece condições favoráveis para a execução de pesquisa e pela minha formação.À FAPESP pela concessão da bolsa de Mestrado.Aos bovinos: Ronaldão, Zetti, Viola, Luisão, Pretão, Pretinho, Malhado e Amarelo que foram fundamentais para a execução deste trabalho.A todos que de alguma maneira contribuíram para a execução deste trabalho.A Deus que sempre esteve presente em todas as minhas conquistas. INTRODUÇÃOA pecuária bovina nacional tem apresentado nestes últimos anos um grande incremento em sua produtividade média. Até a década de 70, a esmagadora maioria dos rebanhos bovinos era submetida ao sistema SinonímiaA ALR também é denominada de indigestão tóxica, indigestão ácida, impacto agudo do rúmen, sobrecarga ruminal e intoxicação por carboidratos (DUNLOP, 1972;HOWARD, 1981;JOHNSON, 1991 e UNDERWOOD, 1992a EtiologiaA presença da ALR está sempre associada a erros de manejo dietético, em especial na utilização e/ou oferecimento de carboidratos de alta fermentação para ruminantes. Assim a ALR pode ocorrer nas seguintes situações: mudanças bruscas de alimentação em ruminantes criados extensivamente, passando a receber em curto espaço de tempo dietas ricas em carboidrato, sem uma adequada adaptação; livre acesso de animais a depósitos de ração concentrada; animais em preparo para exposições 4 submetidos a dietas hiperglucídicas; erros no oferecimento de ração proveniente de máquinas distribuidoras mal reguladas; baixo oferecimento temporário de fibra dietética etc (DUNLOP, 1972;HOWARD, 1981;UNDERWOOD, 1992a e RADOSTITS et al., 1995 Dentre Quanto menor for o pH sangüíneo maior será a depressão no centro respiratório (HUBER, 1976 e UNDERWOOD, 1992a. A morte dos bovinos pode ocorrer por colapso no sistema cardiorrespiratório (RADOSTITS et al., 1995). Sinais ClínicosO quadro clínico apresentado pelos ruminantes com ALR aguda é bastante variável, dependendo da quantidade e qualidade de carboidratos solúveis ingeridos, da evolução da doença e da susceptibilidade individual (RADOSTITS et al., 1995 e MENDES NETTO e ORTOLANI, 2000. (HOWARD, 1981;UNDERWOOD, 1992b e RADOSTITS et al., 1995.Quando a passagem de fluídos do organismo para o interior do rúmen é máxima, o flanco ventral esquerdo pode apresentar-se dilatado. A prova de sucussão denota a presença de ruído hidrovisceral e RADOSTITS et al., 1995.A diarréia é um quadro freqüente em animais com ALR. Apesar das fezes serem bastante diarreicas, a freqüência de defecação é episódica e o volume total de fezes eliminado não é muito grande. A constipação pode ser observada em ruminantes com intenso quadro de desidratação (ORTOLANI, 1979).A síndrome desidratação pode ou não estar presente em ruminantes com ALR. Em alguns casos a desidratação é intensa atingindo graus de a...
Agradeço ao meu pai Nobuiti Maruta (in memorian). Pai, finalmente, consegui alcançar o meu objetivo dentro da Universidade, como havia falado para você... Gostaria que você estivesse presente para comemorarmos juntos esta nova conquista... Muitas saudades!!! Agradeço à minha mãe Akemi Maruta. Mãe, hoje estou conseguindo retribuir toda a dedicação de vida que vocês tiveram comigo... Espero nunca te desapontar e sempre estar presente quando precisar... Eu te amo!!! Aos meus irmãos, sobrinhos, cunhadas (o), Ricardo, Conceição, Fabrício, Fábio, Priscilla, Élcio, Suzi, Márcio, Fátima, Rafael, Claudia, Hae e Luis (vai nascer em junho!!!). Graças a Deus, fui agraciado em fazer parte desta família. Apesar das dificuldades, sempre conseguimos ajudar uns aos outros e nunca deixamos de estender a mão a quem precisou, seja da família ou dos amigos... Vamos tentar manter esta união para sempre!!! À minha namorada Miriam Lisbôa. Você mostrou que podemos viver cada dia intensamente, basta seguirmos o que a nossa consciência diz... Eu te amo!!! AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Enrico Lippi Ortolani, meu professor na Graduação e orientador na Pós-Graduação pelos conhecimentos técnicos e científicos, além dos exemplos de dedicação ao trabalho, à família e exaltação dos princípios éticos, principalmente, o da honestidade. Professor, agradeço todos estes anos de convivência e paciência, espero que nosso relacionamento científico e a nossa amizade sejam eternos. Desculpe todos os momentos em que estive ausente, mas pode ter certeza que o meu pensamento sempre esteve aqui. À VALLÉE S.A., indústria nacional de produtos veterinários, em especial ao presidente pela amizade, convívio e apoio especialmente durante a fase final deste trabalho. A amiga Clara Satsuki Mori, pela grande e competente ajuda durante todo o doutorado tanto durante todas as coletas como durante toda a parte laboratorial. Muito obrigado pelo convívio, amizade, dedicação durante esse período. Aos amigos da "Família Científica Ortolani": Machado muito obrigado pelo convívio, amizade e companheirismo, sem esquecer a ajuda de vocês durante as cirurgias e coletas de materiais, mais uma vez, obrigado! A grande amiga Marta Lizandra do Rêgo Leal, pessoa muito gente fina, amiga, fiel, carinhosa, alegre etc. Obrigado pela ajuda nesta última fase de confecção da tese. Espero nunca perder contato com você e manter esta nossa amizade para sempre... Ao Agnaildo Arcanjo dos Santos, por ter tratado dos animais durante todo o período experimental, bem como por ter ajudado em todas as coletas. Muito obrigado! A Regina Mieko Sakata Mirandola, muito obrigado pelo incentivo, atenção e apoio durante as análises laboratoriais, bem como pela amizade e convívio. Maria Aparecida Freitas e Abelardo Souza (Dinho) pelo apoio estrutural e convívio. A Harumi Doi Shiraishi, pela amizade, grande ajuda e constante disponibilidade em facilitar a nossa vida. Muito obrigado! Aos funcionários da biblioteca, pelo profissionalismo, cordial atendimento e amizade. A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia d...
Avaliou-se o metabolismo ruminal de bovinos submetidos ou não a dietas carentes em energia, por meio de provas bioquímicas e funcionais no fluido ruminal e urinário com finalidade diagnóstica. Para tal, foram utilizados 10 garrotes mestiços providos de cânula ruminal que foram divididos em dois grupos, ou seja: controle (C; n=4) dieta balanceada para ganho diário de 900 g e carência pronunciada de energia (CP; n=6) recebendo 30% a menos do nível de mantença em energia. Após os bovinos serem alimentados por 140 d foram coletadas amostras de fluido ruminal e urina antes da alimentação e nas 1ª, 3ª, 6ª e 9ª h seguintes. A carência energética provocou diminuição significativa nos teores ruminais de AGVs totais, ácidos propiônico e butírico, amônio, elevando-se o tempo da prova de redução do azul de metileno (RAM) e menor produção de gases no teste de fermentação de glicose (FG); o índice de excreção urinária de alantoína (IEUA) também foi menor. A carência provocou aumento na porcentagem molar de ácido acético. Não se verificou efeito dos tratamentos sobre o pH ruminal. Existiram correlações positivas de grande intensidade entre FG e AGVs e amônia, e de média intensidade entre FG e amônia e IEUA, assim como de correlação negativa, de média intensidade, entre RAM e AGVs, amônia, FG e IEUA. Com exceção do pH todas as análises estudadas detectaram alterações no metabolismo ruminal provocada pela carência energética. Porém, considerando-se a praticidade dos testes, recomenda-se a prova do RAM, seguida pela FG para um diagnóstico rápido e sensível deste quadro carencial.
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