A s flores tropicais apresentam características favoráveis à comercialização como beleza, exotismo, diversas cores e formas, resistência ao transporte, durabilidade pós-colheita, além de grande aceitação no mercado externo.Os países desenvolvidos apresentam elevado consumo per capita, porém, a maioria apresenta limitações para o cultivo de flores tropicais devido às condições climáticas desfavoráveis ou exigüi-dade do território. Estes fatos vêm incentivando cada vez mais a produção destas flores no Brasil, principalmente nas Regiões Nordeste e Norte, principalmente pelo clima, disponibilidade de terra, água, energia e mão de obra. Esse conjunto de fatores incide, diretamente, na qualidade do produto e possibilita custos de produção mais baixos e preços competitivos nos mercados externos.O desenvolvimento da floricultura tropical em Pernambuco foi significativo nos últimos anos, sendo hoje considerado um dos estados que mais inves-LOGES, V.; TEIXEIRA, M.C. F.; CASTRO, A.C.R.; COSTA, A.S. Colheita, pós-colheita e embalagem de flores tropicais em Pernambuco. Horticultura Brasileira, Brasília, v.23, n.3, tiu no setor, não apenas em produção, mas em pesquisas e exportação. Atualmente, a produção de flores tropicais é conduzida por pequenos produtores, em áreas com média de cinco hectares (FERREIRA et al., 2002). São cultivadas, no estado, várias espécies de flores de corte das famílias Heliconiaceae, Zingiberaceae, Costaceae, Araceae, além de folhagens de corte.Para atender a demanda crescente do consumo de flores tropicais, principalmente quanto às exportações, os produtores, associações, cooperativas e consórcios necessitam de informações quanto às técnicas adequadas na colheita e pós-colheita, a fim de minimizar as perdas e manter a qualidade do produto. Estas informações foram parcialmente publicadas por Teixeira (2002). O objetivo deste artigo foi informar técni-cas de colheita e pós-colheita de inflorescências tropicais aperfeiçoadas na Fazenda Mumbecas [Município de Paulista (PE)] em parceria com o Laboratório de Floricultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). ColheitaAs inflorescências das flores tropicais devem ser colhidas de plantios comerciais conduzidos seguindo as recomendações regionais (LAMAS, 2002;ANTUNES, 2002), observando a ausên-cia de sintomas de deficiência nutricional e problemas fitossanitários e os padrões de qualidade referentes a cada espécie, os quais serão descritos a seguir.A colheita deve ser efetuada nos horários de temperaturas mais amenas, sendo recomendado no início da manhã ou final da tarde. O transporte do campo para o galpão de beneficiamento deve ser rápido, para evitar que as inflorescências fiquem muito tempo expostas ao calor excessivo após o corte ocasionando a desidratação das hastes. Algumas espécies são mais suscetí-veis a desidratação das hastes, como as alpínias, não suportando o corte nos horários entre 11:00 e 14:00, principalmente em dias mais quentes.Dependendo das dimensões da área de plantio e topografia, são necessários RESUMO O Estado de Pern...
O desenvolvimento e o tempo para colheita de flores tropicais foram avaliados no Laboratório de Floricultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Para tanto, foram mensuradas, separadamente, plantas das espécies <i>Tapeinochilos ananassae, Zingiber spectabilis, Heliconia rostrata, H. rauliniana, Renanthera coccinea</i> e variedades de <i>Anthurium andraeanum, Alpinia purpurata e Etlingera elatior</i> quanto ao comprimento e diâmetro das hastes e inflorescências desde o momento da emissão da inflorescência, em intervalos de 7 a 8 dias após a marcação (DAM) até o ponto de corte. Este experimento foi conduzido no município de Paulista (PE). As análises de variância foram efetuadas utilizando o Programa SAS. As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As hastes florais de <i>A. purpurata</i> variedades Vermelha, Jungle King e Jungle Queen atingiram o ponto de colheita aos 29, 37 e 43 DAM, respectivamente. As cultivares de <i>A. andraeanum</i> atingiram o ponto de corte entre 20 e 29 DAM. <i>H. rauliniana e H. rostrata</i> não apresentaram diferença para comprimento da inflorescência e da haste entre 9 e 15 DAM, atingindo, ambas espécies, o ponto de corte aos 15 DAM. As variedades de <i>E. elatior</i> atingiram o ponto de corte entre 36 e 42 DAM. Houve aumento do comprimento e diâmetro das inflorescências com o decorrer do tempo, porém o comprimento e diâmetro das hastes não diferiram no intervalo de 21 a 42 DAM. O Z. <i>spectabilis</i> atingiu o ponto de colheita entre os 29 e 37 DAM, porém como as inflorescências podem ser colhidas com tamanho maior, o ponto de corte ultrapassa os 42 DAM. As hastes florais de <i>T. ananasseae</i> a partir de 29 DAM atingiram o ponto de colheita e as hastes florais de R. coccinea aos 42 DAM. Os resultados indicaram que a data da colheita e a qualidade das inflorescências podem ser estimadas antecipadamente, a partir da emissão das inflorescências.
O Estado de Pernambuco, na região Nordeste do Brasil, produz lores tropicais na Zona da Mata e Litoral desde 1994.O cultivo de <i>Alpinia purpurata</i> adaptou-se a esta região e as flores produzidas destacam-se pela sua beleza, durabilidadee aceitação no mercado local, nacional e internacional. O objetivo deste trabalho ormações resultantesdas experiências em relação ao cultivo, colheita, pós-colheita e comercialização dessa cultura na Fazenda Mumbecas Flores Tropicais, Paulista (PE).
O incremento da produção de flores tropicais é de grande importância para a Floricultura nacional. Espécies do gênero <i>Etlingera e Zingiber spectabile</i> são exemplos de flores tropicais exóticas que apresentam características interessantes para comercializá-las como flores de corte. O potencial de mercado para estas espécies no Brasil conduz à análise dos aspectos positivos e negativos em relação à produção, pós-colheita e comercialização destas culturas, objetivos deste artigo.
Pernambuco, a state at the Northeast region of Brazil, produces tropical climate flowers (Heliconiaceae, Zingiberaceae, Costaceae, Araceae) at coastal land, as well as temperate climate flowers (Rosa × grandiflora, Gladiolus grandiflorus, Dendrathema grandiflorum, Solidago canadensis, Gypsophila sp., Gerbera jamesonii) at uplands. The blooming season, colors, flower size and quality are some of the advantages on growing these crops on these regions. The flower agribusiness in Pernambuco is organized into associations and has been increasing during the past 10 years, due to private and governmental investments. The SEBRAE-PE is supporting promotional material, capacitating producers and also surveying international markets. Institutions such as CNPq, Banco do Nordeste ETENE-FUNDECI and FACEPE are investing on research and developing inter-institutional projects focused on production and quality of cut flowers. The Universidade Federal Rural de Pernambuco is responsible for some of these projects and is conducting experiments on plant propagation (tissue culture, growth-promotion, rhizome propagation), floral development, molecular markers and plant diseases. With these strategies Pernambuco looks forward to become more competitive in the floriculture sector and an exponent of flower exportation. This work describes aspects of the floriculture segment and characterizes some of the flower species cultivated in the state of Pernambuco, Brazil.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.