Population aging leads to an increase in the prevalence of chronic and disabling diseases, as well as a change in the public health paradigm. Diseases diagnosed in the elderly are generally not curable; if not properly treated and monitored over time, they tend to generate complications and sequelae that impair patients' independence and autonomy. Health is no longer measured by the presence or absence of disease, but by the degree of preservation of functional capacity. Factors for healthy aging with good functional capacity and those which increase the risk of death and disability need to be identified by longitudinal surveys that include the elderly population living in the community. This article presents data from the first follow-up survey of senior citizens in Brasil, called the Epidoso Project (from "epi" as in "epidemiologic" and "idoso" or "elderly" in Portuguese) implemented since 1991 in the city of São Paulo. The socio-demographic, clinical, and functional characteristics of a cohort of elderly are discussed, with a risk analysis for death and disability, and the implications for health planning are considered.
OBJETIVO; Investigar a influência de fatores socioeconômicos e demográficos relativos à saúde, bem como os fatores ligados às atividades sociais e à avaliação subjetiva da saúde sobre a capacidade funcional dos idosos. MÉTODOS: Estudo transversal, integrante de estudo multicêntrico, em amostra representativa do município de São Paulo, realizado em 1989. A capacidade funcional foi avaliada através da escala de atividades da vida diária pessoal e instrumental e investigada como variável dicotômica: ausência de dependência - incapacidade/dificuldade em nenhuma das atividades versus presença de dependência moderada/grave - incapacidade/dificuldade em 4 ou mais atividades. Análise de regressão logística múltipla foi aplicada aos fatores hierarquicamente agrupados. RESULTADOS: As características que se associaram com a dependência moderada/grave foram analfabetismo, ser aposentado, ser pensionista, ser dona de casa, não ser proprietário da moradia, ter mais de 65 anos, ter composição familiar multigeracional, ter sido internado nos últimos 6 meses, ser "caso" no rastreamento de saúde mental, não visitar amigos, ter problemas de visão, ter história de derrame, não visitar parentes e ter avaliação pessimista da saúde ao se comparar com seus pares. CONCLUSÕES: As características identificadas que se associaram à dependência moderada/grave sugerem uma complexa rede causal do declínio da capacidade funcional. Pode-se supor, entretanto, que ações preventivas especificamente voltadas para certos fatores podem propiciar benefícios para o prolongamento do bem estar da população idosa.
OBJETIVO: Identificar fatores associados a quedas e a quedas recorrentes em idosos vivendo na comunidade, determinando o risco relativo de cada fator como preditor para quedas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de seguimento de dois anos, por meio de duas ondas de inquéritos multidimensionais domiciliares (1991/92 e 1994/95) com uma coorte de 1.667 idosos de 65 anos ou mais residentes na comunidade, município de São Paulo, SP. O instrumento utilizado foi um questionário estruturado, versão brasileira do OARS: Brazilian Multidimensional Functional Assessment Questionnaire (BOMFAQ). Foi realizada uma análise de regressão logística, passo a passo, com p<0,05 e IC de 95%. RESULTADOS: Cerca de 31% dos idosos disseram ter caído no ano anterior ao primeiro inquérito; cerca de 11% afirmaram ter sofrido duas ou mais quedas. Durante o seguimento, 53,4% dos idosos não referiram quedas, 32,7% afirmaram ter sofrido queda em pelo menos um dos inquéritos e 13,9% relataram quedas em ambos os inquéritos. O modelo preditivo de quedas recorrentes foi composto das variáveis: ausência de cônjuge (OR=1,6 95% IC 1,00-2,52), não ter o hábito de ler (OR=1,5 95% IC 1,03-2,37), história de fratura (OR=4,6 95% CI 2,23-9,69), dificuldade em uma a três atividades de vida diária (OR=2,37 95% CI 1,49-3,78), dificuldade em quatro ou mais atividades de vida diária (OR=3,31 95% CI 1,58-6,93) e entre aqueles idosos com visão mais comprometida (OR=1,53 95% CI 1,00-2,34). CONCLUSÕES: O envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida demandam ações preventivas e reabilitadoras no sentido de diminuir os fatores de risco para quedas, como o comprometimento da capacidade funcional, a visão deficiente e a falta de estimulação cognitiva.
The purpose of the present study was to translate and adapt the Berg balance scale, an instrument for functional balance assessment, to Brazilian-Portuguese and to determine the reliability of scores obtained with the Brazilian adaptation. Two persons proficient in English independently translated the original scale into Brazilian-Portuguese and a consensus version was generated. Two translators performed a back translation. Discrepancies were discussed and solved by a panel. Forty patients older than 65 years and 40 therapists were included in the cultural adaptation phase. If more than 15% of therapists or patients reported difficulty in understanding an item, that item was reformulated and reapplied. The final Brazilian version was then tested on 36 elderly patients (over age 65). The average age was 72 years. Reliability of the measure was assessed twice by one physical therapist (1-week interval between assessments) and once by one independent physical therapist. Descriptive analysis was used to characterize the patients. The intraclass correlation coefficient (ICC) and Pearson's correlation coefficient were computed to assess intra-and interobserver reliability. Six questions were modified during the translation stage and cultural adaptation phase. The ICC for intra-and interobserver reliability was 0.99 (P < 0.001) and 0.98 (P < 0.001), respectively. The Pearson correlation coefficient for intra-and interobserver reliability was 0.98 (P < 0.001) and 0.97 (P < 0.001), respectively. We conclude that the Brazilian version of the Berg balance scale is a reliable instrument to be used in balance assessment of elderly Brazilian patients.
Summary Background Elevated blood pressure and glucose, serum cholesterol, and body mass index (BMI) are risk factors for cardiovascular diseases (CVDs); some of these factors also increase the risk of chronic kidney disease (CKD) and diabetes. We estimated CVD, CKD, and diabetes mortality attributable to these four cardio-metabolic risk factors for all countries and regions between 1980 and 2010. Methods We used data on risk factor exposure by country, age group, and sex from pooled analysis of population-based health surveys. Relative risks for cause-specific mortality were obtained from pooling of large prospective studies. We calculated the population attributable fractions (PAF) for each risk factor alone, and for the combination of all risk factors, accounting for multi-causality and for mediation of the effects of BMI by the other three risks. We calculated attributable deaths by multiplying the cause-specific PAFs by the number of disease-specific deaths from the Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors 2010 Study. We propagated the uncertainties of all inputs to the final estimates. Findings In 2010, high blood pressure was the leading risk factor for dying from CVDs, CKD, and diabetes in every region, causing over 40% of worldwide deaths from these diseases; high BMI and glucose were each responsible for about 15% of deaths; and cholesterol for 10%. After accounting for multi-causality, 63% (10.8 million deaths; 95% confidence interval 10.1–11.5) of deaths from these diseases were attributable to the combined effect of these four metabolic risk factors, compared with 67% (7.1 million deaths; 6.6–7.6) in 1980. The mortality burden of high BMI and glucose nearly doubled between 1980 and 2010. At the country level, age-standardised death rates attributable to these four risk factors surpassed 925 deaths per 100,000 among men in Belarus, Mongolia, and Kazakhstan, but were below 130 deaths per 100,000 for women and below 200 for men in some high-income countries like Japan, Singapore, South Korea, France, Spain, The Netherlands, Australia, and Canada. Interpretations The salient features of the cardio-metabolic epidemic at the beginning of the twenty-first century are the large role of high blood pressure and an increasing impact of obesity and diabetes. There has been a shift in the mortality burden from high-income to low- and middle-income countries.
The likelihood of rupture of unruptured intracranial aneurysms that were less than 10 mm in diameter was exceedingly low among patients in group 1 and was substantially higher among those in group 2. The risk of morbidity and mortality related to surgery greatly exceeded the 7.5-year risk of rupture among patients in group 1 with unruptured intracranial aneurysms smaller than 10 mm in diameter.
RESUMO: O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característico tanto dos paí-ses desenvolvidos como, de modo crescente, do Terceiro Mundo. São apresentados dados que ilustram a verdadeira revolução demográfica desde o início do século e estimativas até o ano 2025. Os fatores responsáveis pelo envelhecimento são discutidos, com especial referência ao declínio tanto das taxas de fecundidade como das de mortalidade. Em conjunto, tais declínios levam a um menor ingresso de jovens em populações que passam a viver períodos mais longos. Esse processo gradativo é conhecido como "transição epidemiológica" e seus vários estágios são abordados. As repercussões para a sociedade, de populações progressivamente mais idosas são consideráveis, particularmente no que diz respeito à saúde. Os padrões de mortalidade e morbidade são discutidos e o conceito de autonomia, como uma forma de quantificar qualidade de vida, é introduzido. É proposta redefinição do próprio conceito de envelhecimento, refletindo a realidade médico-social do Terceiro Mundo. São formuladas questões sobre a interação envelhecimento-mudanças sociais em curso nos países subdesenvolvidos, cujas respostas podem ser grandemente facilitadas pelo uso do método epidemiológico. 17 , 1985). Projeções demográ-ficas indicam que de 1980 até o final do século cerca de três quartos do aumento da população idosa ocorrerão em tais países (Hoover e Siegel 10 -Tabela 1), fazendo com que este seja o grupo etário que mais crescerá na maioria dos países menos desenvolvidos. Na América Latina, entre 1980 e o ano 2000 deverá ocorrer um aumento de 120% da população total (de 363,7 para 803,6 milhões), enquanto que o aumento da população acima de 60 anos será de 236% (de 23,3 para 78,2 milhões), ou seja, duas vezes maior que o percentual de aumento da população como um todo. A longo prazo, as perspectivas são ainda mais impressionantes. A Tabela 2 mostra os aumentos das populações idosas em países que terão 16 milhões ou mais de pessoas acima de 60 anos no ano 2025, comparadas com as populações da mesma faixa etária em 1950 (WHO 23,24 ). Entre os 11 países com as maiores populações de idosos daqui a quarenta anos, 8 situam-se na categoria de paí-ses em desenvolvimento de acordo com os critérios atuais. Haverá, portanto, uma substituição: as grandes populações idosas dos países europeus cedendo lugar a países caracteristicamente jovens como a Nigéria, Brasil ou Paquistão. Em termos práticos, o aumento é sem precedentes. Por exemplo, no Brasil, o aumento da população idosa será da ordem de 15 vezes, entre 1950 e 2025, enquanto o da população como um todo será de não mais que cinco vezes no mesmo período. Tal aumento colocará o Brasil, no ano 2025, com a sexta população de idosos do mundo em termos absolutos (Kalache e Gray 13 , 1985). UNITERMOS:
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