The paper discusses the social and, particularly, the health consequences resulting from the expansion of the numbers of elderly people in Brazil over a short period. The data used were from the 1998 and 2003 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, the national household sampling survey), and they express an improvement in elderly people's health conditions and similar distribution of chronic diseases across all income groups. If, on the one hand, elderly people present greater disease burden and incapacities and they use healthcare services more, on the other hand, the current models for healthcare for the elderly are shown to be inefficient and high-cost. Creative and innovative structures are required, such as social centers with health assessments and treatment. Foremost on the agenda for Brazilian public policy, priority should be given to maintaining elderly people's functional capacity, with monitoring of their health conditions; preventive and differentiated actions relating to health and education; and qualified care and multidimensional comprehensive attendance.
The article discusses the development of a health care model for the elderly, seeking to add to the discussion about the aging of the population in the context of a new epidemiological and demographic scenario. Considering that the aging process in Brazil is relatively recent, more relevant social movements have been described in the construction of health policies directed towards the elderly. After an initial description of the main milestones, we present the model of care considered most appropriate for the best care of the elderly. Based on a critical analysis of health care models for the elderly, the article proposes an approach to care for this age group, focusing on health promotion and prevention, in order to avoid overloading the health system. Integrated care models aim to solve the problem of fragmented and poorly coordinated care in current health systems. The more the healthcare professional knows the history of his patient, the better the results; this is how contemporary and resolutive models of care should work, and it is these that are recommended by the most important national and international health agencies. This article is particularly concerned with a care model that is of higher quality, and is more resolutive and cost-effective.
OBJECTIVE:To assess the psychometric characteristics of the Mini-Mental State Examination in elderly outpatients who seek primary health care. METHODS:A total of 303 subjects (≥65 years) underwent comprehensive geriatric assessment with functional tools, including Mini-Mental State Examination. Sensitivity, specificity, positive predictive value, negative predictive value, and ROC curve were calculated.RESULTS: Sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, and area under ROC curve were 80.8%, 65.3%, 44.7%, 90.7% and 0.807 respectively (cutoff point =23/24). The best cutoff point for illiterate was 18/19 (sensitivity =73.5%; specificity =73.9%); and for literate was 24/25 (sensitivity =75%; specificity =69.7%). CONCLUSIONS:While screening elderly outpatients for dementia, schooling must be considered in the choice of the best cutoff point in the Mini-Mental State Examination.
RESUMO: O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característico tanto dos paí-ses desenvolvidos como, de modo crescente, do Terceiro Mundo. São apresentados dados que ilustram a verdadeira revolução demográfica desde o início do século e estimativas até o ano 2025. Os fatores responsáveis pelo envelhecimento são discutidos, com especial referência ao declínio tanto das taxas de fecundidade como das de mortalidade. Em conjunto, tais declínios levam a um menor ingresso de jovens em populações que passam a viver períodos mais longos. Esse processo gradativo é conhecido como "transição epidemiológica" e seus vários estágios são abordados. As repercussões para a sociedade, de populações progressivamente mais idosas são consideráveis, particularmente no que diz respeito à saúde. Os padrões de mortalidade e morbidade são discutidos e o conceito de autonomia, como uma forma de quantificar qualidade de vida, é introduzido. É proposta redefinição do próprio conceito de envelhecimento, refletindo a realidade médico-social do Terceiro Mundo. São formuladas questões sobre a interação envelhecimento-mudanças sociais em curso nos países subdesenvolvidos, cujas respostas podem ser grandemente facilitadas pelo uso do método epidemiológico. 17 , 1985). Projeções demográ-ficas indicam que de 1980 até o final do século cerca de três quartos do aumento da população idosa ocorrerão em tais países (Hoover e Siegel 10 -Tabela 1), fazendo com que este seja o grupo etário que mais crescerá na maioria dos países menos desenvolvidos. Na América Latina, entre 1980 e o ano 2000 deverá ocorrer um aumento de 120% da população total (de 363,7 para 803,6 milhões), enquanto que o aumento da população acima de 60 anos será de 236% (de 23,3 para 78,2 milhões), ou seja, duas vezes maior que o percentual de aumento da população como um todo. A longo prazo, as perspectivas são ainda mais impressionantes. A Tabela 2 mostra os aumentos das populações idosas em países que terão 16 milhões ou mais de pessoas acima de 60 anos no ano 2025, comparadas com as populações da mesma faixa etária em 1950 (WHO 23,24 ). Entre os 11 países com as maiores populações de idosos daqui a quarenta anos, 8 situam-se na categoria de paí-ses em desenvolvimento de acordo com os critérios atuais. Haverá, portanto, uma substituição: as grandes populações idosas dos países europeus cedendo lugar a países caracteristicamente jovens como a Nigéria, Brasil ou Paquistão. Em termos práticos, o aumento é sem precedentes. Por exemplo, no Brasil, o aumento da população idosa será da ordem de 15 vezes, entre 1950 e 2025, enquanto o da população como um todo será de não mais que cinco vezes no mesmo período. Tal aumento colocará o Brasil, no ano 2025, com a sexta população de idosos do mundo em termos absolutos (Kalache e Gray 13 , 1985). UNITERMOS:
ObjectiveThe Geriatric Depression Scale for screening depressive symptoms in the elderly has not been assessed in elderly outpatients who seek primary health care in Brazil. The objective was to determine the validity of the Short Scale for Major Depressive Episode or Dysthymia (GDS-15) in elderly outpatients. MethodsThe scale was applied in 302 subjects with 65 years and older and then examined by an independent geriatrician, blinded to the results. Major depression and dysthymia were diagnosed using the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-IV criteria. Sensitivity and specificity were calculated at several cutoff values and a Receiver Operator Characteristic curve was plotted. ResultsThe best equilibrium was at the cutoff value of 5/6 showing 81% sensitivity and 71% specificity; the area under the Receiver Operator Characteristic curve was 0.85 (95% CI: 0.79-0.91). ConclusionsThe GDS-15 can be used for screening depressive symptoms in Brazilian elderly outpatients. The previously suggested cutoff value of 5/6 is adequate.
The increase in the elderly population demands changes in health care models by policymakers to deal with the substantial cost increase This article addresses patient access flow and the definition of priorities in an outpatient unit. A short questionnaire (8 questions) was used to assess enrollment and ranking of the elderly at risk of repeated hospital admissions, considered as a proxy for frailty. In a sample of 360 individuals, 75.8% of the elderly population was classified as "low risk". However, approximately 11% of the sample was considered to be at "medium" or "high" risk of becoming ill and requiring intensive use of health services. Our findings corroborate the usefulness (for promoting an effective health system for the elderly) of the proposed questionnaire as a tool to classify the elderly in different "frailty groups", using a hierarchic definition of vulnerability. The proposed ranking procedure can help adjust the portal of entry into the system, as used thus far in most Brazilian health facilities. The article concludes by suggesting that the validity of the method be tested in a prospective study.
O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública contemporâ-nea. Este fenômeno ocorreu inicialmente em países desenvolvidos, mas, mais recentemente é nos países em desenvolvimento que o envelhecimento da população tem ocorrido de forma mais acentuada. No Brasil, o número de idosos (≥ 60 anos de idade) passou de 3 milhões em 1960, para 7 milhões em 1975 e 14 milhões em 2002 (um aumento de 500% em quarenta anos) e estima-se que alcançará 32 milhões em 2020. Em países como a Bélgica, por exemplo, foram necessários cem anos para que a população idosa dobrasse de tamanho.Em paralelo às modificações observadas na pirâmide populacional, doenças pró-prias do envelhecimento ganham maior expressão no conjunto da sociedade. Um dos resultados dessa dinâmica é uma demanda crescente por serviços de saúde. Aliás, este é um dos desafios atuais: escassez de recursos para uma demanda crescente. O idoso consome mais serviços de saúde, as internações hospitalares são mais freqüentes e o tempo de ocupação do leito é maior quando comparado a outras faixas etárias. Em geral, as doenças dos idosos são crônicas e múltiplas, perduram por vários anos e exigem acompanhamento constante, cuidados permanentes, medicação contínua e exames periódicos.Sem dúvida, um dos maiores feitos da humanidade foi a ampliação do tempo de vida, que se fez acompanhar de uma melhora substancial dos parâmetros de saúde das populações, ainda que estas conquistas estejam longe de se distribuir de forma eqüitativa nos diferentes países e contextos sócio-econômicos. O que era antes o privilegio de poucos, chegar à velhice, hoje passa a ser a norma mesmo nos países mais pobres. Esta conquista maior do século XX se transforma, no entanto, em um grande desafio para o século que se inicia. O envelhecimento da população é uma aspiração natural de qualquer sociedade, mas não basta por si só. Viver mais é importante desde que se consiga agregar qualidade aos anos adicionais de vida. Dessa forma, surgem os seguintes desafios para a Saúde Pública, como reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde: (a) como manter a independência e a vida ativa com o envelhecimento?; (b) como fortalecer políticas de prevenção e promoção da saúde, especialmente aquelas voltadas para os idosos?; (c) como manter e/ou melhorar a qualidade de vida com o envelhecimento?Temos de encontrar os meios para: incorporar os idosos em nossa sociedade, mudar conceitos já enraizados e utilizar novas tecnologias, com inovação e sabedoria, a fim de alcançar de forma justa e democrática a eqüidade na distribuição dos serviços e facilidades para o grupo populacional que mais cresce em nosso país.O presente número de Cadernos de Saúde Pública é um reflexo do aumento do interesse pela pesquisa na área de Saúde Pública e Envelhecimento no Brasil. Este número contempla temas como políticas de saúde para o idoso e uso de medicamentos, dependência e cuidados familiares, violência contra o idoso, abordagem antropológica do envelhecimento, desigualdades sociais e saúde do idoso, assim como incl...
Este artigo examina a nova realidade demográfica e epidemiológica brasileira com base em dados coletados e organizados no Suplemento de Saúde da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD Saúde). E aponta a urgência de mudanças e inovação nos paradigmas de atenção à saúde da população idosa com uma abordagem preventiva fundamentada em programas abrangentes de educação e cuidado integral. Destaca como conceitos-chave para políticas públicas a necessidade de preservar a autonomia, a participação, o cuidado, a auto-satisfação e a possibilidade de o idoso atuar em variados contextos sociais. Trata ainda da contribuição de autores para o fórum de discussão sobre Envelhecimento Humano e os Inquéritos da PNAD Saúde, coordenado por Cadernos de Saúde Pública, com estudos sobre o padrão de acesso e utilização dos serviços de saúde pelos idosos, sobre o quadro epidemiológico do câncer de mama na população feminina da terceira idade e sobre a validade do uso de respondente substituto na pesquisa sobre a auto-avaliação da saúde, constatando-se que as informações da PNAD são consistentes e podem ser utilizadas pela comunidade científica.
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