Artigo recebido em 8 de julho de 2014, versão final aceita em 11 de junho de 2015. RESUMODo ponto de vista demográfico, os Kaingang representam, atualmente, a maior população indígena do Brasil meridional, somando aproximadamente 30 mil indivíduos. O estudo visa analisar aspectos dos indígenas Kaingang e suas relações com a natureza nas Terras Indígenas Por Fi Gâ, em São Leopoldo, Jamã Tÿ Tãnh, em Estrela, e Foxá, em Lajeado, localizadas em áreas urbanas no estado do Rio Grande do Sul. Como fundamentação, utiliza-se de autores que estudam o povo Kaingang, a cultura e a perspectiva indígena, considerando sua relação com a natureza, já que o próprio etnônimo Kaingang significa povo do mato. A natureza está presente na coletividade Kaingang, cujos aspectos como a nominação das crianças e rituais, caso da festa do Kikikói, foram destacados. Os Kaingang estão conectados com a natureza, dependem dela para manter o jeito de ser e a continuidade das tradições que são repassadas de geração para geração. Para eles, a terra é compreendida como a mãe de tudo que existe na natureza, tanto o universo humano como o não humano; portanto, mantêm relações de reciprocidade com ela inclusive em áreas urbanas.Palavras-chave: Kaingang; natureza; terra; áreas urbanas.
No período pré-colonial, os atuais estados do sul do Brasil foram colonizados por diversas etnias, entre elas, os Guarani. Esses grupos, com uma orientação agrícola e com uma dinâmica de deslocamentos, optaram por se instalar inicialmente nas férteis várzeas ao longo dos rios e arroios de maior porte. Com o passar do tempo, deslocaram-se para territórios mais afastados desses cursos d’água ou então para as porções mais altas dos vales dos rios. O objetivo do presente estudo é formular um panorama de deslocamentos e colonização de grupos Guarani em um território específico drenado pela Bacia Hidrográfica do Rio Taquari no Rio Grande do Sul, em um período antigo, anterior a colonização européia. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica que trata do tema, migrações e deslocamentos Guarani, bem como a análise de datações realizadas em sítios arqueológicos. Como resultado espera-se formular hipóteses para esses deslocamentos na área foco do estudo.
Na atualidade, os Kaingang constituem um dos mais numerosos povos indígenas do Brasil meridional, somando aproximadamente 38 mil pessoas, integrando a família linguística Jê Meridional. O objetivo deste estudo é identificar a importância do território para os Kaingang da terra indígena Foxá que se estabeleceram em área urbana da cidade de Lajeado-RS e seu modo próprio de territorialização. O aporte metodológico se debruça em fontes documentais e bibliográficas, que são analisadas a partir de teóricos da territorialidade, cultura e historicidade indígena. Salienta-se ainda que foram feitas visitas à terra indígena Foxá, bem como diálogos com os Kaingang. O estudo apresenta aspectos alusivos dos indígenas e sua relação com o território em espaços urbanos, situação que concorre para conhecermos o jeito de ser Kaingang e os saberes relevantes para a sociedade não indígena.
RESUMOEste estudo, utilizando-se da abordagem etnohistórica, trata sobre a atuação de lideranças Guarani em relação ao projeto envolvendo missionário jesuítico, no século XVII, em territórios do Brasil Meridional. O estudo tem como objetivo analisar a história das movimentações dos Guarani coloniais e os processos de ocupação de espaços localizados em territórios da Bacia Hidrográfica do Taquari/Antas, Pardo e Jacuí no Rio Grande do Sul. Do ponto de vista teórico-metodológico, as informações documentais que consistem dos registros anuais jesuíticos do século XVII da Coleção De Angelis, a revisão bibliográfica sobre os Guarani Coloniais e a identificação de sítios arqueológicos regionais, são analisadas a partir da abordagem etnohistórica. Inicialmente, trata-se dos limites e possibilidades da etnohistória como abordagem interdisciplinar. Logo a seguir, apresentam-se ocupações indígenas arqueológicas em territórios de Bacias hidrográficas e, por fim, analisam-se atuações indígenas Guarani e as reduções jesuíticas no território em estudo.Palavras-chave: Etnohistória. Arqueologia. Guarani. Bacia Taquari-Antas. ABSTRACTThis study, using the ethnohistoric approach, discusses the social action of Guarani leaders regarding the project involving the Jesuit missionary in the seventeenth century in territories of Southern Brazil. The investigation aims to analyze the history of , in Rio Grande do Sul. From the theoretical and methodological point of view, the documented information that consists of Jesuit annual records of the seventeenth century of Angelis Collection, bibliographic review of the Colonial Guarani and the identification of regional archaeological sites is analyzed through
O trabalho analisa saberes tradicionais dos Kaingang no que tange à saúde e ao ambiente. Decorre de pesquisa de campo realizada entre 2015 e 2017 na Terra Indígena Foxá, em Lajeado, Rio Grande do Sul, investigação que se insere nas pesquisas desenvolvidas pelo Projeto de Pesquisa Identidades Étnicas em territórios da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, da Universidade do Vale do Taquari. O problema central da pesquisa parte da presente indagação: O reconhecimento dos saberes tradicionais dos indígenas Kaingang atinentes à saúde pode servir de meio de preservação ambiental? Assim, o objetivo do trabalho constituiu em identificar se o reconhecimento dos saberes tradicionais xamânicos pode influenciar na preservação do meio ambiente. Em termos metodológicos, adotou-se a pesquisa qualitativa, com perfil exploratório, ancorada em técnicas de pesquisa bibliográfica e análise documental, com o uso da história oral para realização de entrevistas. Por fim, entende-se que a relevância dos Kujà e o respeito aos saberes tradicionais, associados à saúde na Terra indígena Foxá, pode ser instrumento de descolonização da saúde indígena e preservação ambiental.
O território compreendido entre os atuais estados brasileiros de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e a Província de Misiones, na Argentina, pertence tradicionalmente ao povo Kaingang. Sempre fez parte da lógica Kaingang a movimentação pelo seu tradicional território a fim de desenvolver suas atividades de subsistência material e de reprodução social. A trajetória do grupo que atualmente constitui a Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh, localizada no município de Estrela, insere-se nessa lógica de movimentação espacial, através da qual existe uma relação de pertencimento com o espaço ocupado, na medida em que seus antepassados passaram pelo Vale do Taquari e, nesse espaço, deixaram as marcas de sua ocupação. O objetivo deste estudo será discutir os processos de territorialidade, sentidos e práticas pelos quais o grupo da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh tem firmando sua relação de pertencimento com o atual espaço ocupado. Para tanto, o evento da duplicação da BR 386 que afeta diretamente o grupo em questão, trará importantes possibilidades de análise da questão estudada. Há toda uma relação de pertencimento dos Kaingang da Terra Indígena Jamã Tÿ Tãnh a essa região conhecida como Vale do Taquari, e o fato de ocuparem espaços em contextos urbanos e estabelecerem nele uma aldeia fixa não restringe suas tradicionais movimentações que sempre fizeram para satisfazer suas necessidades físicas e culturais. Palavras-chave: Kaingang; movimentação espacial; reconhecimento; territorialidade.
Resumo: O estudo analisa elementos da cultura açoriana e de seus descendentes, considerando as tradições e a religiosidade, presentes na Região Vale do Taquari, Rio Grande do Sul/Brasil. O referencial teórico ancora-se em autores com foco em estudos culturais. O método de abordagem é o qualitativo e de conteúdo, utilizado no tratamento de fontes bibliográficas orais e documentais. O estudo, inicialmente, apresenta a colonização açoriana no Rio Grande do Sul e na Região Vale do Taquari, delimitando como recorte espacial, particularmente, os municípios de Taquari e de Paverama. Na sequência, e tomando como fio condutor os referidos municípios, analisam-se elementos culturais dos açorianos e de seus descendentes na Região Vale do Taquari, considerando aspectos gastronômicos, arquitetônicos e irmandades religiosas, com enfoque na procissão de Corpus Christi e nas festas em homenagem aos santos padroeiros das capelas e das igrejas. Palavras-chave:Açorianos. Elementos Culturais. Região Vale do Taquari. Rio Grande do Sul.
Os imigrantes italianos que chegaram a partir das últimas décadas do século XIX no RS estabeleceram-se na encosta superior do planalto, precisamente entre os vales dos Rios Caí e das Antas, e dedicaram-se às atividades agropecuárias. Após esta ocupação avançaram sobre novas terras e a partir do final da década de 1880, atingiram áreas que posteriormente passaram a denominar-se Vale do Taquari. O objetivo do estudo consiste em analisar as atividades agrícolas dos imigrantes italianos e seus descendentes na Microrregião Oeste do Vale do Taquari e as relações com o ambiente. A metodologia da pesquisa é qualitativa e os procedimentos metodológicos consistem na pesquisa bibliográfica e documental, pesquisa de campo com elaboração de diários e entrevistas com descendentes de italianos. Constatou-se que as práticas envolvendo atividades agrícolas, tais como cultivo do milho, trigo, uva, feijão e a criação de animais como gado, porcos e galinhas em áreas da Microrregião Oestes pelos imigrantes italianos e seus descendentes acarretaram significativos impactos ambientais.
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