Resumo Este estudo se propõe a realizar uma análise das terminologias utilizadas em três marcos fundamentais das políticas sociais de saúde voltadas à população prisional, a saber: a Lei de Execução Penal (LEP), o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP) e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). Realizamos uma reflexão teórica das terminologias utilizadas nessas legislações, bem como uma contextualização do momento sócio-histórico em que foram implementadas. A LEP, de 1984, surge no período de redemocratização brasileira e prevê pela primeira vez saúde aos "presos e condenados". O PNSSP, de 2003, instituído no primeiro ano do governo Lula, preconiza o acesso à saúde à "população privada de liberdade" no sistema penitenciário. Já a PNAISP, de 2014, garante o acesso integral a toda população prisional, ou seja, todas as pessoas que se encontrem sob custódia do Estado. A partir dessas análises, entendemos que os marcos aqui descritos foram fundamentais para o avanço na ampliação dos direitos para a população privada de liberdade, avanço este que só foi possível em função do momento histórico em que a sociedade se encontrava.
Os modelos de saúde que orientam o entendimento do processo saúde e doença sustentam as diferentes noções de prevenção e promoção da saúde. O objetivo deste artigo foi investigar o panorama da produção científica por meio de uma revisão integrativa sobre prevenção e promoção da saúde em estudos sobre drogas no Brasil. Foram utilizados os descritores “prevenção”, “promoção” e “drogas” na Biblioteca Virtual em Saúde – Brasil. Oito artigos corresponderam aos critérios de inclusão para este estudo e foram analisados na íntegra. Os estudos foram predominantemente quantitativos e tiveram como participantes adolescentes. Os conceitos de prevenção e promoção não foram discutidos explicitamente em nenhum artigo, requerendo a análise destes a partir dos resultados apresentados e da perspectiva teórico-metodológica norteadora dos estudos.
O cuidado em saúde mental, pautado na reforma psiquiátrica, enfatiza o direito à cidadania e ações de saúde no território, incluindo a participação das Unidades de Saúde da Família (USF). O objetivo do estudo foi realizar levantamento das demandas de saúde mental de usuários em uma USF de Porto Alegre. A amostra correspondeu aos usuários que renovaram prescrição de psicofármacos em 2010. Foram levantados dados sobre o perfil sociodemográfico, práticas e encaminhamentos de saúde mental realizados pela equipe. Os resultados identificaram um total de 319 usuários, sendo 61,1% com idade acima de 50 anos e 71,2% mulheres. A prática de saúde mental menos freqüente foi a participação em grupos (6,3%) e 29,2% da população só renovaram prescrição de psicofármacos em 2010, tendo a média de 2,05 atendimentos. Assim, constata-se que as práticas de saúde mental na USF podem estar afastadas dos preceitos do cuidado ampliado e integral em saúde mental. Palavras-chave: saúde mental, saúde da família, atenção primária à saúde, cuidados integrais de saúde, psicofármacos.
Resumo O convívio em moradia estudantil revela desafios nas relações entre seus moradores e destes com o espaço que, então, habitam. O objetivo deste artigo foi o de apresentar os principais desafios de ser morador nesse contexto, compreendendo as sociabilidades e as relações com o lugar. Este estudo constitui-se, a partir de uma abordagem qualitativa, em uma pesquisa de intervenção participativa, com observação participante e entrevistas semiestruturadas. Os sujeitos da pesquisa apontaram a moradia como espaço que amplia a qualidade de vida e viabiliza laços de amizade, permitindo-lhes apropriar-se do lugar como lar. É na dimensão das sociabilidades que, comumente, encontram-se desafios como negociar rotinas, privacidade e organização do espaço e convivência com diferenças culturais, o que resulta situações de conflito. É relevante conhecer caminhos que contribuam para ações coletivas, formação de redes de apoio e mediações frente situações de vulnerabilidade e conflitos.
ResumoMoradias universitárias atuam como via de inclusão social por possibilitarem a permanência dos alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. No entanto, moradores relatam o enfrentamento de preconceitos, dificuldades de convivência, e diversas formas de sofrimento. O objetivo é partilhar a experiência de um projeto de pesquisa participativa e extensão focado no desenvolvimento de ações em promoção da saúde numa moradia estudantil. A entrada no campo e os instrumentos de diagnóstico situacional foram realizadas entre 2015 e 2016, com a participação de residentes, técnicos e gestores da moradia, e contribuíram para o levantamento e planejamento de intervenções com as demandas psicossociais apresentadas pelos moradores, visando fortalecer ações coletivas que sirvam como fator de proteção para vulnerabilidades psicossociais.Palavras chave: Promoção da saúde; Moradia estudantil; Vulnerabilidade; Instituições de ensino superior; Pesquisa participativa. AbstractStudent housing fosters social inclusion by providing housing for students who have social and economic vulnerabilities. Nevertheless, the tenants report situations involving prejudice, struggles in living with other people as well as other types of suffering. The aim of is to share a participative research and extension project which goal is to develop actions to promote health in a student housing. The diagnosis of the situation with the help of research instruments occured in the timespan of 2015 and 2016, having the tenants, tecnicians and housing administrators as a part of this process. The strives were to plan actions based on the students' needs in order to strengthen collectiveness as a way of protection from vulnerabilities.
Os edifícios comerciais, públicos e de serviço são responsáveis por uma parcela considerável do consumo da energia elétrica nacional. Verifica-se, assim, a necessidade de implementar medidas, na fase de projeto ou reforma, para aumentar sua eficiência energética. Dentre as medidas para a redução e classificação do consumo elétrico, foi criado o PBE-Edifica, que trata da etiquetagem de eficiência energética na construção civil e que, a partir de 2014, começou a ser obrigatório para edifícios públicos. Assim, faz-se necessária uma análise da viabilidade de práticas que atendam aos requisitos do RTQ-C no Estado do Espírito Santo. Deste modo, utilizou-se como estudo de caso uma edificação pública da cidade de Vitória/ES. Como etapas metodológicas foram definidas: levantamento e coleta de dados, modelagem do estudo de caso, onde se gerou um protótipo computacional do caso real e dos modelos de referência, simulação computacional e análise final com estudos de viabilidade econômica. O edifício foi classificado com nível E pela avaliação dos pré-requisitos e pelos comparativos de consumos energéticos dos modelos. Dessa forma, após o resultado, foram propostas melhorias para obter etiqueta A e analisou-se a viabilidade financeira de implantação, por meio do VPL e payback, que se mostraram viáveis em todos os cenários.
A interoperabilidade entre softwares BIM (Building Information Modeling) e BEM (Building Energy Modeling) é necessária para realizar uma simulação termoenergética utilizando o software EnergyPlus . Para tal, este artigo, apresenta uma comparação entre modelos de energia (BEM) desenvolvidos a partir de softwares de modelagem que utilizam tecnologia BIM, feita com o objetivo de identificar procedimentos que resultem em modelos mais fidedignos para a simulação. Para o desenvolvimento deste trabalho foram definidas 4 etapas metodológicas: Levantamento e estudo dos softwares a serem utilizados (BIM e BEM); desenvolvimento de modelo de referência (produzido a partir do Euclid /SketchUp ); desenvolvimento de modelos BIM/BEM (utilizando Autodesk Revit /OpenStudio ); e por fim, comparação entre modelos BIM/BEM e modelo de referência. Os resultados deste processo permitiram avaliar quais aspectos possuem maior influência na confecção de melhores modelos BEM. Ao fim do trabalho, concluiu-se que os modelos gerados pelo Autodesk Revit ainda não apresentam um grau de interoperabilidade satisfatório e produzem falhas na geometria do edifício. Também, concluiu-se que, tanto para o Euclid /SketchUp quanto para o Autodesk Revit , os modelos de análise de energia devem ser previstos durante a concepção arquitetônica, caso contrário, a adaptação de modelos existentes tornaria o processo trabalhoso e com muitas falhas.
Muitas cidades brasileiras apresentam carência de espaços livres de uso público, em qualidade e quantidade, que atendam de maneira satisfatória toda a população. De modo a auxiliar uma melhor percepção desses espaços, mais especificamente de praças, foi desenvolvida, em parceria de duas universidades, uma ferramenta de avaliação qualitativa, com o intuito de caracterizar e pontuar esses locais. Organizada com base no Guia do Espaço Público e no Índice de Caminhabilidade (iCam) e adaptada para a avaliação de praças, a ferramenta consiste em indicadores, os quais são agrupados em atributos, que por sua vez, são organizados em quatro categorias: Proteção e Segurança; Conforto e Imagem; Acessos e Conexões; e Sociabilidade, Usos e Atividades. O presente artigo apresenta a avaliação das praças da região administrativa 1 – Centro, localizada na cidade de Vitória – ES, com enfoque na categoria “Sociabilidade, Usos e Atividades”. Com os resultados obtidos, percebe-se a baixa pontuação das praças em relação a categoria analisada, tendo em vista que a carência na oferta de equipamentos de lazer resulta no pouco uso das praças ou no uso apenas em determinado momento do dia, influenciando negativamente outras categorias, como proteção e segurança. (Iniciação Científica/Tecnológica – finalizada).
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