Introdução O desenvolvimento da nefrologia como especialidade está associado às descobertas e ao aprimoramento das técnicas de diálise e transplante renal. Nesse sentido, os enfermeiros necessitaram aprender o manejo dos equipamentos e a melhor maneira de cuidar da clientela com insuficiência renal crônica 1. A fundação da Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (SOBEN), em 1983, marco para a es-RESUMO: Estudo quantiqualitativo, do tipo descritivo, objetivou discutir a compreensão dos enfermeiros sobre as atribuições e competências do especialista em nefrologia. Realizado no setor de hemodiálise, de um hospital universitário do município do Rio de Janeiro, entre julho e agosto de 2012, com 11 enfermeiros, por meio de entrevistas semiestruturadas. As entrevistas foram gravadas e transcritas. Os dados compuseram um banco em formato eletrônico, sendo agrupados em valores de mesma natureza e submetidos à técnica de análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que a compreensão dos profissionais sobre suas atribuições e competências não estão bem definidas. Houve dificuldade em dar respostas consistentes e completas, fato que talvez possa ser atribuído à ausência de reflexão sobre o assunto. O estudo oferece subsídios para reflexão dos enfermeiros atuantes em hemodiálise acerca de suas atividades, buscando uma melhor atuação, uma prática baseada em competências e atitudes oriundas de um saber-pensar e um saber-fazer.
ResumoEnquadramento: A segurança do paciente (SP) é foco de debate pela Organização Mundial da Saúde. Uma das metas é a identificação correta do paciente, com vista a prevenir eventos adversos relacionados com a SP. Objetivos: Analisar os procedimentos de identificação de pacientes críticos pelo uso da pulseira. Caracterizar os registos realizados pelos profissionais de enfermagem quanto à localização, integridade e legibilidade. Metodologia: Estudo descritivo, observacional, documental, quantitativo, realizado numa unidade de terapia intensiva (UTI) no Brasil. Os dados foram colhidos através de uma checklist com perguntas objetivas, relacionadas com o uso da pulseira pelo paciente e com os registos de enfermagem. Para análise, utilizou-se a estatística simples. Estudo aprovado pela Comissão de Ética em pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto, CAAE: 1.517.652. Resultados: Em 96% das observações, os pacientes estavam com a pulseira de identificação e em 75% dos prontuários haviam anotações sobre a presença da pulseira. Conclusão: A adesão ao uso da pulseira é relevante na UTI. É necessária capacitação da equipa focada na necessidade dos registos médicos dos pacientes. Palavras-chave: enfermagem; sistemas de identificação de pacientes; segurança do paciente AbstractBackground: The World Health Organization considers patient safety (PS) to be a key topic for debate. One of the goals is to ensure the correct patient identification in order to prevent PS-related adverse events. Objectives: To analyze the procedures for identification of critically-ill patients using a wristband, and to describe the information recorded by nursing professionals regarding wristband placement, integrity, and readability. Methodology: Descriptive, observational, documentary, quantitative study conducted at an intensive care unit (ICU) in Brazil. Data were collected using a checklist with objective questions on the use of patient wristbands and nursing records. Simple statistics were used for analysis. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Pedro Ernesto University Hospital, CAAE: 1.517.652. Results: Patients had an identification wristband in 96% of the observations and information regarding the use of a wristband was recorded in 75% of the files. Conclusion: The ICU shows a high adherence to the use of a patient wristband. The staff should receive training on the need for medical patient records.
A partir da experiência pessoal, entendemos que a formação do enfermeiro atuante na área hospitalar está diretamente relacionada à sua experiência assistencial. Os resultados do processo formativo podem ser mais ou menos fecundos, de acordo com a intensidade e fundamentação teórica, que alicerça a reflexão sobre as ações. Quando sistemática, intensa e crítica, facilita avanços no sentido de conhecer a si mesmo e ao ambiente que o cerca, desenvolver o poder de argumentação, a capacidade de equilibrar teoria e prática e, finalmente, intercambiar experiências com a equipe.Co-existem nesse movimento o conhecimento teórico e a experiência prática, cuja transação gera conhecimento pessoal e particular e coletivo. Cada profissional traz para o ambiente educativo, as peculiaridades de seu potencial intelectual, conhecimentos apreendidos e a bagagem de experiências adquiridas ao longo de sua história de vida pessoal e acadêmica. Nesse processo, é compreensível que haja diferenças na facilidade de movimentar-se e refletir criticamente sobre as diversas situações com que se defrontam os enfermeiros, na prática. A integração do conhecimento pessoal e experiência no trabalho interfere decisivamente nas escolhas relativas aos cuidados a serem prestados aos clientes.Decorre do exposto que o enfermeiro não constrói conhecimentos somente por meio de estudos acadêmicos, mas o reconstrói no dia-a-dia, a partir dos desafios da realidade. Ao transformar o saber teórico em prática assistencial, está construindo novo conhecimento; reelabora antigas aprendizagens, segundo critérios derivados do cotidiano da assistencial.Assim concebido, o trabalho do enfermeiro pode ser visto como princípio educativo, a ser explorado no processo de formação profissional permanente, o que propicia subsídios à formulação de políticas institucionais para educação continuada.Através da experiência, o profissional constrói o seu conhecimento, definido como o conjunto de esquemas de pensamento e de ação de que dispõe um ator. Esse processo determinará as suas percepções, interpretações e as direcionará na tomada de decisões que lhe permitirão enfrentar os problemas do cotidiano de trabalho. Para que o conhecimento gere competências, é necessário que os saberes dos profissionais sejam mobilizados através de seus esquemas de ações, decorrentes da percepção, avaliação e decisão, desenvolvidos na prática (1,2) . Apesar dessa concepção teórica ser dominante no contexto mundial relativo à formação profissional, nossa atuação na área da educação continuada, ainda apresenta lacunas no que concerne a incluir a aprendizagem como elemento de discussão e de reflexão, enquanto se trabalha. Via de regra, os programas de atualização concentram-se em atividades de treinamento, operacionalizadas por meio de cursos sobre temas pontuais, privilegiando-se a racionalidade técnica.Para reverter esse equívoco, como assinalamos, fazse necessário combinar teoria e prática e, desse modo, transformar o ambiente de trabalho em laboratório de aprendizagem, provendo-o de infra-estrutura ...
RESUMO Objetivo: analisar a adesão à identificação do paciente por pulseira pela equipe de saúde e pelos pacientes. Método: trata-se de estudo quantitativo, descritivo e documental. Constituiu-se a amostra por 137 pacientes internados em uma unidade cardiointensiva de um hospital universitário. Coletaram-se os dados, mediante o preenchimento de um formulário estruturado, em seguida, organizados e analisados utilizando-se a estatística descritiva simples. Resultados: observou-se a presença da pulseira de identificação em 100% dos pacientes. Destes, 26% apresentavam não conformidades. Ansalisou-se, a partir dos relatos dos pacientes, que 61% dos profissionais não utilizaram a pulseira para identificá-los no momento dos procedimentos e 90% dos pacientes não foram orientados quanto ao motivo e importância da utilização da pulseira. Conclusão: observou-se de forma unânime a identificação dos pacientes, no entanto, necessita-se, na prática, de maior sensibilização e treinamento da equipe multiprofissional para a adequação conforme se preconiza na Meta 1 de Segurança do Paciente. Descritores: Segurança do Paciente; Sistemas de Identificação de Pacientes; Qualidade da Assistência à Saúde; Gestão de Risco; Hospitalização; Hospitais Universitários.ABSTRACT Objective: to analyze the adherence to the identification of the patient by hospital wristband by the health team and by the patients. Method: this is a quantitative, descriptive and documentary study. The sample consisted of 137 patients hospitalized in a cardio-intensive unit of a university hospital. Data was collected by completing a structured form, then organized and analyzed using simple descriptive statistics. Results: the presence of the identification wristband was observed in 100% of the patients. Of these, 26% had nonconformities. From the patients' reports, 61% of the professionals did not use the wristband to identify them at the time of the procedures and 90% of the patients were not guided as to the reason and importance of the use of the wristband. Conclusion: the identification of patients was unanimously observed, however, it is necessary, in practice, to increase awareness and training of the multi-professional team for the adequacy as recommended in Goal 1 of Patient Safety. Descriptors: Patient Safety; Patient Identification Systems; Quality of Health Care; Risk Management; Hospitalization; Hospitals, University.RESUMENObjetivo: analizar la adhesión a la identificación del paciente por pulsera por el equipo de salud y por los pacientes. Método: se trata de un estudio cuantitativo, descriptivo y documental. Se constituyó la muestra por 137 pacientes internados en una unidad cardiointensiva de un hospital universitario. Se recogen los datos, mediante el llenado de un formulario estructurado, a continuación, organizado y analizado utilizando la estadística descriptiva simple. Resultados: se observó la presencia de la pulsera de identificación en el 100% de los pacientes. De ellos, el 26% presentaba no conformidades. Se analizó, a partir de los relatos de los pacientes, que el 61% de los profesionales no utilizaron la pulsera para identificarlos en el momento de los procedimientos y el 90% de los pacientes no fueron orientados en cuanto al motivo e importancia del uso de la pulsera. Conclusión: se observó de forma unánime la identificación de los pacientes, sin embargo, se necesita, en la práctica, de mayor sensibilización y entrenamiento del equipo multiprofesional para la adecuación conforme se preconiza en la Meta 1 de Seguridad del Paciente. Descriptores: Seguridad del Paciente; Sistemas de Identificación de Pacientes; Calidad de la Atención de Salud; Gestión de Riesgos; Hospitalización; Hospitales Universitarios.
RESUMOEste estudo que foi desenvolvido em um hospital universitário na cidade do Rio de Janeiro e objetivou identificar formas de aprendizagem na prática assistencial do enfermeiro na organização hospitalar. O suporte teórico foi derivado da contribuição de Donald Shön, Philippe Perrenoud e Patricia Benner. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa cujos dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada e grupo focal. Na análise de dados, aplicou-se a técnica de análise de conteúdo. Os resultados sugerem que, na instituição, predominam duas modalidades de aprendizagem: a) que traz à tona elementos de transformação e b) que favorece a reprodução. Os enfermeiros alternam esses modelos a partir de variáveis tais como: tempo de atuação na área, ambiente construído no trabalho e identidade pessoal. Descritores: Educação em enfermagem; Gerência; Equipe de enfermagem. Percebemos ao longo de nossas experiências que nem toda experiência resulta em aprendizagens automáticas. Uma rotina eficaz tem justamente a virtude de dispensar todo e qualquer questionamento. Assim, a experiência só será fonte de auto-informação, no sentido restrito de reforço àquilo que está funcionando bem. Essas afirmativas permitem concluirmos que depois de "aprender" a rotina daquele serviço, o profissional liga o "piloto automático" para a realização de suas tarefas, tornando-se um cumpridor das mesmas (1) . Transpondo essa formulação para o contexto da Enfermagem, pensamos que o núcleo de um movimento de mudança na nossa profissão encontrase na educação e, mais especificamente, na noção de aprender a aprender na prática, buscando ABSTRACT
RESUMO: Objetivou-se neste estudo identificar os fatores de risco psicossocial presentes em unidades especializadas, na visão do enfermeiro residente e analisar como os mesmos afetam a saúde do grupo. Método qualitativo, descritivo, tendo como campo cinco unidades especializadas de um hospital universitário, situado no município do Rio de Janeiro (Brasil). Utilizou-se a técnica de entrevista semiestruturada com 20 residentes, em 2012. Aplicada a análise de conteúdo aos depoimentos, chegou-se aos seguintes resultados: na visão do enfermeiro residente, os riscos psicossociais acarretam prejuízos ao processo de formação e estresse ocupacional, sendo alguns deles: recursos humanos e materiais insuficientes, conflitos no trabalho em equipe e a pouca autonomia. Concluiu-se que há necessidade de as instituições envolvidas no processo de formação promoverem o gerenciamento dos riscos presentes em unidades especializadas, de modo a minimizar os prejuízos acarretados ao processo de formação e à saúde do grupo. Palavras-Chave: Enfermagem; estresse; controle de riscos; saúde mental.
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