Trata-se de um estudo que aborda a temática do trabalho de enfermagem e tem como foco a percepção dos trabalhadores de enfermagem sobre as suas condições de trabalho. O estudo é do tipo não experimental, com abordagem quantitativa. O objetivo deste artigo é identificar e discutir as condições de trabalho dos trabalhadores de enfermagem nas enfermarias de um Hospital Universitário (HU). Utilizou-se como campo um HU do Estado do Rio de Janeiro, com uma amostra constituída de 296 trabalhadores de enfermagem, no ano de 2008. Nos resultados, foram indicados os fatores de riscos biológicos, físicos, ergonômicos e químicos. Conclui-se que as condições de trabalho são inadequadas e desfavorecem a saúde dos trabalhadores de enfermagem. Este estudo permite ao trabalhador e à instituição discutir o meio ambiente ocupacional e propor mudanças no processo de trabalho.
RESUMO:Estudo sobre o impacto da organização do trabalho de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem na Atenção Básica e a sua relação com a saúde destes trabalhadores. Estudo transversal, descritivo e inferencial, com análise bivariada usando o quiquadrado de Pearson. Amostra intencional de 171 profissionais, aplicando-se um questionário fechado com perguntas individuais e um formulário de observação. Escores de insatisfação altos foram obtidos nos itens relação com a chefia (83,6%), com colegas (76,3%), relativo aos horários (71,9%) e auto-percepção de pouco controle e oportunidade de decisão sobre o seu trabalho (63,5%). Associação estatisticamente significativa foi encontrada entre as variáveis clima ruim de trabalho com os companheiros e conflito com clientes (p=0,01), má organização de turnos e horários (p=0,00) e ritmo acelerado (p=0,00). Conclui-se que há necessidade de incluir um olhar específico sobre a organização do trabalho na Atenção Básica, e do apoio de uma política de saúde do trabalhador de enfermagem e saúde. DESCRITORES:Enfermagem. Condições de trabalho. Riscos ocupacionais. Saúde do trabalhador. PRIMARY CARE NURSE WORK ORGANIZATION: AN OCCUPATIONAL HEALTH ISSUEABSTRACT: This is a cross-sectional, descriptive, and inferential study, using Pearson's chi-square test, of the impact of work organization among Primary Care nurses, technicians, and nurses' assistants upon their occupational health. The intentional sample was composed of 171 nursing professionals, using a closed questionnaire with individual questions and an observation form. High dissatisfaction Scores were identified in the items: relationship with leaders (83.6%), with colleagues (76.3%), concerning schedules (71.9%) and self-perception of low work control and decision-making opportunities (63.5%). The perception of a poor work environment among colleagues was statistically associated to the variables conflict with customers (p=0.01); bad organization of shifts and schedules (p=0.00); and accelerated work pace (p=0.00). We conclude that there is the need to include specific consideration for Primary Care work organization, and support for a worker's health policy in nursing and health care. DESCRIPTORS:Nursing. Working conditions. Occupational risks. Occupational health. ORGANIZACIÓN DEL TRABAJO DE ENFERMERÍA EN LA ATENCIÓNPRIMARIA: UNA CUESTIÓN PARA LA SALUD LABORAL RESUMEN: Estudio sobre el efecto de la organización del trabajo de los enfermeros, técnicos y auxiliares de enfermería que trabajan en la Atención Primaria, y su relación con la salud de esos trabajadores. Estudio transversal, descriptivo e inferencial, con análisis bivariado usando el chi-cuadrado de Pearson. Muestra intencional de 171 profesionales de enfermería, aplicando un cuestionario cerrado con preguntas individuales y de observación. Resultados de elevada insatisfacción fueron identificados en los siguientes temas: relación con los jefes (83,6%), con los compañeros (76,3%), en relación a los horarios (71,9%), y autopercepción de poco control y oportu...
Estudo com abordagem quantitativa e descritiva, com objetivo de identificar, na percepção dos enfermeiros chefes de unidades de internação de um hospital universitário, os riscos ocupacionais a que estão expostos. A população foi composta de 30 enfermeiros, chefes de unidade de internação. Na coleta de dados, utilizou-se um questionário estruturado proposto no Guia de Avaliação de Riscos nos Locais de Trabalho de Boix e Vogel (1997), adaptado para a aplicação em estabelecimentos de saúde por Mauro (2001). Os resultados evidenciaram que os fatores de riscos atuam sobre os trabalhadores, propiciando um ambiente desfavorável para a realização das atividades, podendo comprometer a saúde e a vida profissional destes. As variáveis predominantes foram o ambiente e a manutenção preventiva inadequados e os equipamentos de proteção individual e coletiva insuficientes e/ou inadequadamente utilizados pelos profissionais, constrangimentos ergonômicos pela manipulação de carga e postura corporal inadequadas na realização das tarefas, e ritmo de trabalho acelerado pela falta de recursos material e humano. Ressalta-se que a pesquisa proporcionou um diagnóstico referente aos riscos presentes nos ambientes de trabalho da enfermagem, proporcionando um modo operatório eficaz com menor risco de acidentes no processo de trabalho, ambientes menos insalubres e maior satisfação para o profissional e os clientes.
RESUMO: Objetivou-se, neste estudo, identificar as cargas de trabalho de enfermagem em uma unidade de internação psiquiátrica e analisar as repercussões para a saúde dos trabalhadores. Método qualitativo, descritivo, tendo como campo uma unidade de internação em um hospital psiquiátrico situado no município do Rio de Janeiro (Brasil). Utilizou-se a técnica de entrevista semiestruturada com 30 trabalhadores de enfermagem em 2014. Aplicada a análise de conteúdo aos depoimentos, chegou-se aos seguintes resultados: as cargas de trabalho física e psíquica acarretam estresse ocupacional e desgastes, como a peculiaridade do cuidado de pacientes nas emergências psiquiátricas, a insuficiência de recursos humanos e materiais e a reduzida autonomia. Conclui-se que cabe à organização investir em ações preventivas, a partir das cargas identificadas pelos trabalhadores, no intuito de promover a saúde do grupo e motivar a participação na tomada de decisões que revertam em melhoria das condições de trabalho. Palavras-Chave: Carga de trabalho; recursos humanos de enfermagem; saúde mental; enfermagem. ABSTRACT: This qualitative, descriptive study to identify the nursing workload in a psychiatric inpatient unit and analyze the impact on nursing staff health was conducted at a psychiatric hospital in Rio de Janeiro municipality, Brazil. Semi-structured interviews of 30 nursing workers were conducted in 2014. Content analysis yielded the following results: the physical and psychological workload causes job stress and wear, because of the peculiarities of care for patient in psychiatric emergencies, insufficient human resources, and lack of autonomy. It was concluded that the organization should invest in preventive actions in view of workload identified by workers, so as to promote group health and encourage participation in decision making to improve working conditions.
Rev Bras Epidemiol 2005; 8(3): 282-94 Fatores ergonômicos de risco e de proteção contra acidentes de trabalho: um estudo caso-controle Ergonomic risk and protection factors from health accidents: a case-control study
O estudo teve como objetivos descrever os fatores facilitadores e os impeditivos para o cuidar de si do docente de enfermagem e discutir implicações na perspectiva da saúde do trabalhador. Estudo exploratório, tendo como sujeitos 33 professores de três escolas de enfermagem das Universidades Federais do Estado do Rio de Janeiro. Os fatores facilitadores estavam relacionados à consciência em se cuidar, à remuneração, ao relacionamento pessoal e à criatividade. Os impeditivos foram a remuneração, a organização do trabalho, o excesso de atividades, a falta de tempo e a baixa autoestima. Os fatores impeditivos se sobrepõe aos facilitadores para o cuidar de si se caracterizando como obstáculos para as práticas do cuidar de si, gerando desmotivação e prejuízos para a saúde do docente e para a instituição, podendo, inclusive, o mesmo, invadir seu tempo livre, implicando em menos tempo para o lazer, o descanso, o convívio com família e amigos.
ResumoO presente trabalho trata de um estudo exploratório, com abordagem qualitativa, baseado nos moldes de estudo de caso, cujo objeto é uma análise da formação de recursos humanos em enfermagem considerando o Currículo Integrado da FENF/UERJ. O locus da pesquisa é a Faculdade de Enfermagem da Universidade do estado do Rio de Janeiro. Os objetivos traçados foram: (a) Levantar a história da construção do Cuirrículo Integrado da FENF/UERJ; (b) confrontar a proposta inovadora da FENF/UERJ com a proposta de formação de recursos humanos do SUS.. Dada a análise de documentos e da revisão bibliográfica, vislumbrou-se uma proposta de ensino integrada, que atende às demandas do perfil profissional desejado pelo SUS, além de se propor a formar um aluno crítico, politicamente ativo e capaz de reconhecer situações-problema e empenhar-se em resolve-la, de acordo com os rigores técnicos e científicos. Descritores:formação; currículo; enfermagem Considerações iniciaisDesde a criação do SUS em 1988, a área de recursos humanos tem obtido resultados pouco significativos na busca de alternativas que contextualizem as questões das práticas, técnicas, relações intrasetoriais e a relação com a população usuária do sistema de saúde ao longo dos ciclos de descentralização vividos no país. Pensa-se que urge ampliar esta rede de mudanças em Recursos Humanos na área da saúde, atuando como sujeitos neste processo de transformação das práticas vigentes.O desafio que as universidades enfrentam na educação dos profissionais de saúde, é o de rever o seu papel na formação dos profissionais, através de uma mudança nos currículos dos cursos desta área e com um modelo pedagógico que permita ao aluno aprender a aprender, seja ético, humano e que seja competente, beneficiando a população. Isso significa que devem ter uma formação geral e estarem aptos a exercerem a profissão ao saírem da Universidade.Nesse sentido, são diversos os movimentos para a mudança. São movimentos decorrentes da diversidade e complexidade do campo de atuação destes profissionais, que deverão estar dotados de competências ( conhecimentos, habilidades e atitudes) e de uma visão ampliada de saúde para possibilitar a atuação multiprofissional e interdisciplinar, tendo como beneficiários os indivíduos e a comunidade, promovendo a saúde para todos.Um processo bastante significativo vem ocorrendo no curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Antes ainda das duas outras instituições, em 1992 foi formado o primeiro Fórum Permanente para Discussão das Diretrizes Curriculares, o que culminou, em 1996, a implementação de um currículo integrado, servindo de modelo para outras instituições da área iniciarem seus processos de transição.Com base no exposto, o presente estudo tem como objeto a análise da formação de recursos humanos em saúde à luz do processo de formação da
A pesquisa, realizada em 2009, foi de natureza descritiva e de análise quantitativa de dados sobre a aplicabilidade da Norma Regulamentadora 32 (NR-32), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para responder à questão: Qual a relação entre o programa de Educação Continuada e o processo de implantação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores referentes à NR-32 em um hospital público do Rio de Janeiro? Os objetivos foram: descrever o treinamento oferecido pelo Programa de Educação Continuada na instituição, segundo os trabalhadores de enfermagem, e analisar como este treinamento pode influenciar na implantação da NR-32 no hospital. Os resultados mostraram que: 61% não receberam treinamento antes de iniciar suas atividades; 39,6% declaram não haver treinamento de forma contínua na instituição; 32% não foram treinados durante o trabalho, e 46,3% não receberam ou desconheciam informações, por escrito, sobre riscos biológicos. Os dados indicaram a necessidade de treinamento e formação específica na NR-32 como importantes estratégias de implantação das medidas de proteção à saúde dos trabalhadores.
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