ResumoIntrodução: A eficácia da psicoterapia psicanalítica foi bem estabelecida através de ensaios clínicos controlados; no entanto, algumas das características individuais que predizem melhores resultados são ainda pouco estudadas. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre os dados demográficos, o diagnóstico psiquiátrico, a sintomatologia clínica, a qualidade de vida, os critérios de indicação da psicoterapia, o estilo defensivo e o abandono da psicoterapia psicanalítica antes de 3 meses de tratamento. Método: Uma amostra consecutiva de 56 pacientes foi avaliada após a indicação da psicoterapia, através de um protocolo padronizado, do World Health Organization Quality of Life Bref (WHOQOL-Bref), do Self Report Questionnaire, do Defensive Style Questionnaire, da Escala de Funcionamento Defensivo do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, 4ª edição, texto revisado (DSM-IV-TR) e da Avaliação do Funcionamento Global (Global Assessment of Functioning), e acompanhada por 3 meses. Resultados: A taxa de abandono foi de 12,5%. Não houve diferença quanto à Avaliação do Funcionamento Global, Self Report Questionnaire e Defensive Style Questionnaire. Os pacientes que abandonaram estavam satisfeitos com sua saúde, apesar da gravidade da sua psicopatologia, mesmo controlando para outras variáveis (p < 0,0001). O grupo que permaneceu em tratamento apresentava melhor adaptação prévia e maior proporção de indivíduos com inteligência estimada como média ou superior (p < 0,05). Maior proporção de pacientes no grupo do abandono foi classificada em níveis imaturos, segundo a Escala de Funcionamento Defensivo do DSM-IV-TR. Conclusões: A gravidade da psicopatologia, isoladamente, não teve associação com o abandono; entretanto, menor nível de insight e defesas mais imaturas (especialmente narcisistas) foram associados a maiores taxas de abandono. Esses aspectos devem ser seriamente considerados, juntamente com as expectativas do paciente quanto ao método analítico, e avaliados criteriosamente antes da indicação. Descritores: Psicoterapia, psicanálise, desistência do paciente, resultado de tratamento, mecanismos de defesa, qualidade de vida.Abandono precoce do tratamento em psicoterapia -HAUCK ET AL. -Rev Psiquiatr RS. 2007;29(3) IntroduçãoA partir do advento da psicanálise, diferentes modalidades terapêuticas foram desenvolvidas para tratar os transtornos mentais e problemas de natureza emocional. Dentre as opções terapêuticas, estão as diversas formas de psicoterapia e a psicofarmacologia. A eficácia dos diferentes métodos vem sendo sistematicamente testada, de forma que se possa adequar o tratamento às necessidades individuais dos pacientes e do sistema de saúde. Estudos que compararam a terapia cognitivo-comportamental com a psicoterapia psicodinâmica breve ou interpessoal de orientação psicodinâmica encontraram resultados equiparáveis em termos de eficácia geral. Entretanto, variações nos resultados têm sido apontadas quando levamos em consideração as características individuais dos pacientes, como...
O romance de Defoe, por um lado, traduzia valores histó-ricos do individualismo, pertinentes ao estatuto da modernidade, tornada plena no século XVIII e, por outro, tematizava, ainda que sem deixar isso claro, o nível de dependência que a produção de bens circunscreveria sobre as cabeças dos que estivessem no papel desempenhado pelo indígena Sexta-Feira, no texto inglês: o de subordinado ao poder de seu "amo". Passado o impulso fundador das narrativas iluministas e românticas que elaboraram a ideologia do novo pacto contratual burguês, a literatura, mais para o final do século XIX, começa a dar mostras de importantes transformações de paradigmas em relação ao par Robinson e Sexta-Feira. Na fase da modernização intensa, desenvolvida na França e na Inglaterra de meados do século XIX e no Brasil de inícios do século XX aos anos trinta, surgiram obras que trataram dessa questão com ênfa-se no aspecto da crise das relações humanas entre si e, mesmo, das crises entre os homens e o contexto histórico em que se debatiam. No livro que está no prelo (Ficções do desassossego: fragmentos da solidão contemporânea), cuidei de apenas um momento dessa relação intensa e crítica entre a narrativa e o processo social de crise, aquela que se localiza, principalmente, no final do século XX e inícios do
<p class="western"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: small;">PARA FOCALIZAR AS CONEXÕES ENTRE OS MODOS DE PENSAR O QUE CONSIDERAMOS AS ESTRATÉGIAS DA MODERNIDADE EM RELAÇÃO À DISCUSSÃO DA CRISE ARTÍSTICA E SOCIAL DO MUNDO CONTEMPORÂNEO DEVIDO À GLOBALIZAÇÃO, ESTE ARTIGO ANALISA TRÊS NARRATIVAS DE JOHN MAXWELL COETZEE – VIDA E ÉPOCA DE MICHAEL K (1983), DESONRA (1999) E ELIZABETH COSTELLO (2003), EM COMPARAÇÃO COM PRECURSORES EUROPEUS E BRASILEIROS, REVELANDO COMO TAIS FICÇÕES CONSTITUEM UMA FORMA DE ROMANCE DA CRISE, QUE REINVESTE NO PENSAMENTO TRÁGICO PARA PROCEDER AO QUESTIONAMENTO DOS IMPASSES E APORIAS DA MODERNIDADE.</span></span></span></p>
This article is a (re)reading of the construction of subjectivity in the passage from the Enlightenment to Romanticism, drawn from a comparison of the perspectives established by Defoe and Rousseau in Europe and by Alencar in Brazil. Further, it considers Romanticism's inestimable contribution to the conception of modern thought. It attempts as well to re-evaluate the reception of "romanticism" in Brazil in light of a renewed investigation of Alencar's narrative.
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