RESUMO A consolidação do concreto como segundo material mais consumido no mundo tem instigado a busca de soluções para reduzir o consumo de clínquer e as emissões de CO2. Visando o fornecimento de uma contribuição para a sustentabilidade ambiental e da indústria de cimento, esta pesquisa busca analisar a viabilidade econômica do concreto autoadensável (CAA) com baixo consumo de cimento. Por intermédio da aplicação do método de dosagem de Gomes (2002) para o CAA, foi realizado um estudo da otimização do esqueleto granular e da composição da pasta, sendo aferido reduções de até 25% do consumo de cimento em relação ao CAA de referência. No que tange aos índices de consumo relativo de cimento e de custo unitário por MPa desenvolvido em 1 m3 de concreto, foi verificado que os CAAs com baixo consumo de cimento apresentaram reduções de até 34,75% e 16,83%, respectivamente, ao ser comparado com o CAA de referência. A maior efetividade na redução do índice de consumo relativo a resistência mecânica à compressão do que no consumo de cimento por m3 de concreto observado, se deve a constatação de maiores patamares de resistência mecânica à compressão para a composição com menor volume de pasta e de maior proximidade ao índice ótimo de vazios encontrado na etapa do empacotamento de agregados. Tal resultado, demonstra indícios de que mesmo nas circunstâncias de dosagens com volume de pasta inferiores, a resistência mecânica à compressão pode ser aumentada, comprovando desta maneira a superioridade técnica e financeira do CAA com baixo consumo de cimento em relação as dosagens convencionais de CAA, além dos ganhos em sustentabilidade obtidos pela redução do consumo de clínquer e das emissões de CO2 inerentes a menor quantidade de massa de cimento por m3 de concreto.
RESUMO O avanço nas construções civis e o aumento dos desperdícios nas obras tem induzido a busca por alternativas que substituam a matéria prima empregada. Visando a preservação do meio ambiente por meio da redução de extração da natureza, surgiu na construção a reciclagem dos materiais provenientes de perdas ou demolições. Entre as alternativas está o emprego do Agregado Reciclado de Concreto (ARC) em substituição ao agregado natural. Além disso, a pré-saturação do agregado no emprego do concreto pode exercer o papel de agente de cura interna. Esta pesquisa busca analisar o efeito do emprego de Agregados Graúdos Reciclados (AGRC) atuando como agente de cura interna no concreto. Por meio da substituição do agregado graúdo natural (AN) por AGRC definido por meio da compensação em massa, submetidos a dois tipos de cura (ao ar e submersa) e relação a/agl de 0,42. Os resultados obtidos mostraram que a resistência dos concretos com ARC seco foram maiores. Na cura interna, o emprego de AGRC saturado não cumpriu a função de agente de cura interna.
A ABNT NBR 7212:2012, estipula o tempo máximo para a entrega e lançamento total do concreto em 150 minutos; porém, na prática por vários fatores como logística, congestionamento, problemas com caminhão, entre outros, o tempo limite é extrapolado. Geralmente, por falta de conhecimento técnico, adiciona-se água ao concreto como forma de alterar sua consistência dando a trabalhabilidade desejada, a fim de facilitar o lançamento e obter adequado acabamento do concreto. Este artigo tem como objetivo principal avaliar, em situação real, a variação da consistência do concreto e a percentagem de perda de sua resistência à compressão, no decorrer de um período de 6 horas após o início da hidratação do cimento Portland, ocasionado pela adição de água para correção da fluidez perdida. Os resultados, como esperados, mostram uma redução na trabalhabilidade do concreto com o passar do tempo, obtendo-se, já nas 2 primeiras horas de mistura, um abatimento médio de 105 mm, ou seja, 11,54% inferior ao abatimento médio encontrado no tempo T(0) de 118,7 mm. A correção do abatimento do concreto através da adição de água, no tempo T(6), resultou no aumento do fator água/cimento ocasionando perda de 57,47% de resistência à compressão, quando comparada com as amostras do tempo T(0), aos 28 dias. As soluções oferecidas para este problema são: instruir os funcionários relacionados à concretagem; melhora da logística e utilização de aditivos, garantindo a resistência à compressão prevista na dosagem do concreto.
O objetivo deste artigo é analisar experimentalmente o comportamento da resistência à compressão e a retração plástica do concreto, sofrendo três situações distintas de cura: às mesmas condições de cura realizadas na laje do 7° pavimento de uma obra na cidade de Campinas-SP, sem cura, e com cura submersa. O concreto utilizado para o experimento deste trabalho foi elaborado em central de dosagem, transportado e misturado através de caminhão betoneira. Para sua caracterização mecânica foram moldados 28 corpos de prova adensados manualmente, que foram ensaiados aos 3, 7 e 28 dias. Os resultados dos ensaios de resistência à compressão aos 28 dias estão apresentados de forma decrescente: cura submersa, cura executada na obra e sem cura. Os resultados dos ensaios de resistência à compressão apresentaram-se conforme o esperado. Para avalição da retração plástica foram moldadas 3 placas, que foram submetidas às mesmas condições de cura dos corpos de prova. A análise qualitativa das placas mostrou que apenas a placa que estava sob as mesmas condições de cura da laje apresentou um leve mapeamento, sendo que os demais tipos de cura não apresentaram diferenças significativas.
RESUMO O setor da construção civil é responsável por consumir grande parte dos recursos naturais existentes. Neste contexto, a necessidade de estudos relativos à viabilização do uso de materiais alternativos na produção de adições de compósitos cimentícios tornam-se relevantes. A crescente e intensa taxa de geração de resíduos de elementos e processos ligados à construção civil aos longos dos anos justifica esta pesquisa. O uso destes finos em adição e/ou substituição ao cimento no preparo de argamassas e concretos, tem sido considerado uma alternativa viável, no que diz respeito aos benefícios ambientais, econômicos, ganho de propriedades mecânicas e aumento de durabilidade. Portanto, este estudo busca a valorização dos resíduos da indústria cerâmica, através da produção de argamassas com substituições parciais de 10 e 20% do cimento por Resíduo de Polidora (RP) e Resíduo de Polidora e Retífica (RPR) para dois tipos de cimento, CP II F 32 e CPV ARI, respectivamente. O efeito da substituição para cada tipo de cimento pelo RP e RPR, a influência do tipo de resíduo e a porcentagem de substituição foram analisadas para as propriedades frescas e endurecidas das argamassas. As argamassas produzidas com RP e RPR apresentaram menor fluidez, necessitando da utilização de aditivo quando comparada com as preparadas somente com cimento. A resistência à compressão das argamassas, respectivamente, obtidas com resíduos de RP e RPR, apresentaram comportamento superior e/ou igual a argamassa de referência. Os resultados superiores obtidos nas propriedades mecânicas das argamassas produzidas com RP e RPR estão relacionados natureza pozolânica do resíduo, a interface da pasta e areia na mistura.
Resumo Concretos autoadensáveis devem apresentar simultaneamente fluidez e coesão, sem a presença de exsudação e segregação. Essas características necessárias do concreto no estado fresco, comumente, só são possíveis mediante altos teores de finos e, por consequência, maior consumo de cimento na produção. A consolidação desse material tem instigado a busca de soluções para reduzir o consumo de cimento e emissões de CO2. Visando a uma contribuição para a sustentabilidade ambiental e a indústria de cimento, esta pesquisa verificou a viabilidade técnica e econômica do concreto autoadensável com baixo consumo de cimento. As densidades dos concretos foram determinadas, assim como sua resistência à compressão e tração por compressão na diametral. Foram analisados três concretos com o consumo de cimento reduzido e um concreto de referência. As relações água/cimento, fíler calcário/cimento e sílica ativa/cimento foram mantidas constantes, enquanto o consumo de cimento variou entre 434,00 kg/m3 e 325,50 kg/m3, obtendo-se, assim, redução de até 25% do consumo de cimento. Os resultados obtidos mostraram que é viável a produção de concretos autoadensáveis com baixo consumo de cimento com garantia da qualidade de suas propriedades mecânicas, com reduções aproximadamente de custos e de emissão de CO2 de 6% e 19% respectivamente em relação ao concreto de referência.
O Concreto Autoadensável (CAA) deve apresentar alta fluidez, resistência à segregação e habilidade de passagem. Entretanto, para se atingir tais características é necessário maior consumo de aglomerante e adições, gerando um custo maior na fabricação do concreto. Na tentativa de contribuir com a redução do custo de fabricação, utilização de recursos naturais e diminuir os impactos ambientais, o presente trabalho tem como objetivo analisar as propriedades no estado fresco e endurecido do Concreto Autoadensável com Baixo Consumo de Cimento (CAABCC) com adição de resíduo de polidora de cerâmica. Para os métodos de ensaio, foram analisados 3 tipos de dosagens, sendo elas de 32%, 33% e 40% do volume de pasta, respectivamente. Os concretos estudados apresentam consumo de cimento entre 434 e 347 kg/m³, apresentando uma redução de até 25% do consumo de cimento em relação ao concreto de referência. As propriedades mecânicas analisadas foram: resistência à compressão axial, resistência à tração por compressão diametral e módulo de elasticidade dinâmico nas idades de 3, 7, 28 e 91 dias. Para os ensaios no estado fresco, foram realizados os ensaios: slump-flow test, funil-V e caixa L, em que apresentou resultados que atentem a ABNT NBR 15823:2017. Constatou-se que, independentemente das porcentagens de resíduo de polidora cerâmica incorporada, houve uma melhoria nas propriedades mecânicas do concreto, mesmo com a redução do consumo de cimento. Tendo em vista que o CAABCC com adição de resíduo de polidora cerâmica apresentou resultados satisfatórios e reduzido consumo de cimento, conclui-se que o CAA é mais vantajoso, pois reduz o custo e os impactos ambientais sem comprometer as suas propriedades.
Baseado na crescente e expressiva quantidade de resíduos sólidos gerados pelo atual modelo de desenvolvimento, a busca pela produção de concretos que sigam as diretrizes e os conceitos de sustentabilidade tornou-se um grande desafio para o âmbito da construção civil. Nestas diretrizes estão inseridas a reciclagem e a reutilização, ambas se apresentam como alternativas sustentáveis para reduzir os danos acarretados ao meio ambiente. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar a substituição parcial da areia natural por resíduos de borracha de pneu de diferentes malhas, sendo a mais fina malha 40 e a mais grossa de malha 10. Os corpos de provas foram submetidos aos ensaios de resistência à compressão, tração por compressão diametral nas idades de 3, 7, 28 e 91 dias e módulo de elasticidade dinâmico nas idades de 28 e 91 dias. Verificou-se então que todos os concretos em ambos estados, fresco e endurecido atenderam aos parâmetros normativos e surgem como uma alternativa um tanto quanto promissora no quesito sustentabilidade.
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