RESUMO Os jovens têm sido os mais atingidos pela violência. Dados mostram que o número de homicídios entre indivíduos de 15 a 24 anos é maior do que entre outras faixas etárias. Este trabalho objetiva refletir sobre os contextos em que jovens vítimas de homicídios estavam inseridos. Para tanto, realizou-se entrevistas com familiares de sete jovens assassinados em Natal-RN, atendidos pela Coordenadoria de Direitos Humanos e Defesa das Minorias. Discutiram-se questões como: violência e possíveis vetores, políticas públicas, entre outras. Verificou-se que cinco jovens eram do sexo masculino, cinco estavam fora de faixa na escola e todos tinham condições econômicas precárias. Familiares refletiram sobre violência, frequentemente relacionando-a às drogas (uso e/ou tráfico) e sobre ausência de ações governamentais direcionadas à juventude. Ao final, problematizou-se a relação da condição juvenil com sociedade e equipamentos públicos, e a ausência de políticas focalizadas no jovem que busquem resgatar a cidadania dessa população. Palavras-chave: juventude, violência, homicídio, políticas públicas ABSTRACT Data shows that the number of homicides among individuals from 15 to 24 years old is higher than among others ages. This work reflects on the contexts in which the youngsters, victims of homicides were inserted. Interviews were carried out with relatives of seven young murdered at Natal-RN, attended by the Coordenadoria de Direitos Humanos e Defesa das Minorias. The issues discussed included: violence and possible vectors,
* Este artículo de reflexão faz parte da área de conhecimento: Outras Ciências Sociais, subárea: Interdisciplinar. A discussão aqui apresentada é oriunda de uma investigação que discute as possibilidades [concepções e estratégias] de emancipação da juventude no Brasil, a partir da atuação dos movimentos sociais. Possui cofinanciamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e foi realizado entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016.
ResumoA juventude tem ganhado mais espaço na mídia, nas pesquisas acadêmicas e nos debates públicos, especialmente, por ser um grupo social que vivencia diversos contextos de vulnerabilidade. Em resposta às situações adversas que permeiam a vida dos jovens, tem-se a criação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem) que, em 2008, passa a ser executado a partir de quatro modalidades (Adolescente, Urbano, Trabalhador e Campo). Tal pesquisa aconteceu na modalidade Projovem Urbano (PJU) e objetivou analisar a relação juventude-violência, a partir do ponto de vista dos jovens, e a contribuição do PJU para essa questão. Foram realizadas onze entrevistas semiestruturadas com os jovens do PJU, bem como a análise documental da sua estrutura curricular. Esses dados foram analisados a partir do Método Comparativo Constante (MCC), baseado na Teoria Fundamentada, que busca compreender o fenôme-no sob a perspectiva dos participantes. Os resultados demonstraram que o tema da violência aparece frequentemente na fala dos jovens sob a forma de exemplos e indicações de possíveis determinantes, e também que os jovens se confi guram como autores, vítimas e expectadores da violência. A respeito da contribuição do PJU, percebe-se que o programa contempla em seu currículo a temática da violência, embora as discussões e debates não alcancem todos os jovens participantes. Conclui-se que o PJU deve avançar no sentido de investigar seus efeitos para os jovens e melhor defi nir o método de operacionalização do currículo, contribuindo para redimensionar as possibilidades de mudanças e construção de novos projetos de vida para os jovens usuários.Palavras-chave: Projovem urbano, juventude, violência, política pública.
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