Resumo A diversidade sexual tem sido uma questão amplamente discutida nos diversos espaços sociais, inclusive na escola. O objetivo deste artigo é analisar o discurso jurídico acerca da diversidade sexual presente nos materiais documentais do projeto governamental brasileiro chamado Saúde e Prevenção nas Escolas. Primeiramente, são expostos os elementos teóricos e metodológicos utilizados, inspirados sobretudo na concepção do discurso de Michel Foucault. Em seguida, é feita uma exposição e discussão dos resultados encontrados, em relação ao discurso jurídico presente nos materiais analisados. Problematiza-se a presença, nos documentos, de elementos baseados em recursos da justiça, como a igualdade entre os homens, respeito às diferenças e luta contra o preconceito e a “judicialização da vida”. Por fim, apresentam-se algumas considerações finais que discutem o discurso em sua função de produção de realidades, questionando o duplo jogo da defesa da igualdade e as suas ciladas.
ResumoO texto tem como objetivo problematizar a escrita da pesquisa como inserida na própria política da pesquisa. Ancorada na pesquisa-intervenção e baseada em pensadores como Michel Foucault, Mikhail Bakhtin e Carlos Skliar pretendeu-se pensar a escrita da pesquisa não como representação mas como ato. O texto aborda as vicissitudes da escrita da pesquisa como uma espécie de metaanálise da própria pesquisa. Para tal, desenvolve quatro pontos de inflexão: 1-A escrita como construção de mundos; 2-O processo de escolha dos analisadores; 3-O lugar dos afetos na escrita da pesquisa; 4-O (in)acabamento do texto: o leitor. Por fim o texto defende a possibilidade da escrita da pesquisa aproximar-se mais do ensaio, como escrita inacabada, do que um lugar de divulgação de verdades incontestáveis.Palavras-chave: Pesquisa; Pesquisa-intervenção; Escrita da pesquisa.
AbstractOur paper aims to problematize the writing of research as implanted in the politics of research itself. Anchored in research-intervention and based on the work of Michel Foucault, MikhailBakhtin and Carlos Skliar, we examine the writing of research not as representation but as act.The text addresses the vicissitudes of research writing as a meta-analysis of research. To this end we develop four inflection points: 1. Writing as building worlds; 2. The process of choosing research analyzers; 3. The place of affect in the writing of research; 4. The (un)finished text: the reader. Finally, we contend that research writing as unfinished writing is more akin to the essay rather than a site for the dissemination of incontestable truths.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.