Resenha do livro MACHADO, Giancarlo Marques Carraro. De “carrinho” pela cidade: a prática do skate em São Paulo. São Paulo: Intermeios, FAPESP, 2014. 232 pp.
Resumo: Este artigo tem como objetivo abordar as possibilidades e limitações de inserção, permanência e sucesso de mulheres no jornalismo esportivo. A coleta de dados foi realizada através da metodologia qualitativa e está alicerçada nas técnicas de pesquisa observação participante e entrevistas semiestruturadas que foram realizadas com 38 jornalistas que trabalham ou trabalharam em Belo Horizonte. Este texto, fundamentado teoricamente em autores e autoras que se vinculam às perspectivas feministas em suas abordagens sobre esporte e mídia, evidencia o perfil, a trajetória profissional, os espaços ocupados, os constrangimentos e as estratégias utilizadas por essas mulheres para transitar nesse campo majoritariamente masculino.
Resumo: Este artigo tem como proposta discutir as representações de envelhecimento nos esportes de alto rendimento através dos discursos construídos pelos meios de comunicação para avaliar o desempenho dos jogadores brasileiros na derrota da Copa do Mundo de 1986. Neste sentido, apontamos para a possibilidade de se observar a construção e o processo de envelhecimento de maneira singular: velhice que se inicia aos 30 anos. No caso analisado, o envelhecimento está associado à categoria "Barreira dos 30 anos", que apesar de ser fluida e constantemente negociada por meio dos discursos dos atores envolvidos, ainda assim é entendida como uma categoria de acusação que imputa um estigma ao atleta mais velho. Nas narrativas e discussões, da imprensa esportiva, analisadas através dos jornais Folha de São Paulo e Estado de Minas e das revistas Placar e Veja entre janeiro de 1985 e agosto de 1986 o envelhecimento é representado de maneiras plurais em três momentos contíguos: aproximadamente um ano antes da Copa, nos jogos preparatórios para as eliminatórias e nos jogos das eliminatórias, durante a Copa, nos treinamentos e nos jogos e depois, na eleição de possíveis culpados pela derrota. Nesses três momentos são construídas representações que ora associam o processo de envelhecimento com a decadência física, a lentidão, o cansaço, o fracasso e ora o associam à experiência, à sabedoria e à astúcia. Palavras-chave: envelhecimento, desempenho esportiva, representação, discursos.
Futebol, masculinidade e amizade quando conjugados em uma mesma frase geram suspeitas. Não que atletas de futebol não possam ter amigos de infância ou ser amigos uns dos outros. De fato, como demonstra Damo (2007) e Rial (2006), eles possuem uma rede de relações de apoio e de reciprocidade-um entourage constituído por uma família extensa e amigos-que os acompanham e são seus dependentes. Futebol, masculinidade e a "amizade sem limites"
O presente artigo analisa as mudanças na alimentação e nas formas de sociabilidade no “novo” Estádio Mineirão pela perspectiva de 266 torcedores do Clube Atlético Mineiro. Ademais, apresenta uma breve análise do perfil do público que frequentou o Estádio do Mineirão entre 2013 e 2015, fruto de pesquisa de campo na qual foram aplicados questionários e feitas observações no ambiente das arquibancadas. Verificou-se, na fala torcedora, incômodos com as alterações na alimentação e nas experiências que compunham a totalidade do espetáculo. Quanto ao perfil dos torcedores, observou-se o alto grau de escolaridade e empregabilidade, além de residirem em locais com elevado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Esse cenário trouxe consigo novas percepções sobre aparência do equipamento urbano e higiene alimentar, evidenciando um espaço de disputas pela alimentação dentro e fora do estádio e outras mudanças na sociabilidade torcedora.
O artigo tem como objetivo refletir sobre as crônicas escritas pelo ex-jogador Tostão sobre a Copa do Mundo de 2006 no jornal “Folha de São Paulo”. Treze crônicas desse jornal acrescida de crônicas de autoria do mesmo autor publicadas em uma coletânea foram utilizadas como fontes, analisadas e interpretadas pela dimensão metodológica historiográfica e antropológica. Percebe-se pelas narrativas articuladas pelo cronistas e ex-jogador conteúdos que exploram a disputa de poder, corporeidade e ausência de coragem pelo viés da moral para dar sentido e eleger os culpados pelo fracasso da equipe brasileira nessa competição
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