O s partidos brasileiros são importantes eleitoralmente? Durante muito tempo, houve um quase consenso entre os pesquisadores na resposta negativa a esta pergunta. Após a definição das candidaturas, as campanhas eleitorais seriam conduzidas pelos candidatos de forma individual e isolada. Entretanto, pesquisas relativamente recentes questionam a abordagem tradicional apresentando dados empíri-cos que sugerem uma perspectiva mais matizada quanto à importân-cia eleitoral dos partidos. Esta divergência entre o que seria esperado e o que é observado colocou um novo problema de pesquisa em busca de explicação.Por exemplo, alguns autores têm atestado a queda da volatilidade eleitoral no Brasil desde antes da redemocratização 1 . Apesar de esta queda não ter sido homogênea, ela tem sido consistente ao longo das últimas décadas e deve colocar a volatilidade eleitoral brasileira perto da mé-dia dos países democráticos. De acordo com Mainwaring e Torcal (2006), a média da volatilidade eleitoral no Brasil entre 1982 e 2002 foi de 24,1%, um valor mediano em um grupo de 39 países majoritaria-
Although racial injustice and inequality are widely acknowledged in Brazil, recent experimental research concludes that citizens there do not rely on racial cues when voting. In this article, we test for the impact of candidate race on vote choice. We fi nd evidence of identity-based voting in Brazil that interacts with ballot size. When facing a short ballot with only a few candidates, most subjects chose candidates without regard to race or color. But when presented with a large ballot with many candidates, white and brown subjects show a signifi cant preference for same-race candidates. Selfidentifi ed black subjects, however, demonstrated a strong and consistent preference for black candidates regardless of choice set size. These results are particularly important given Brazil's electoral rules that provide voters with overwhelming numbers of candidates from which to choose.
Por todos os quadrantes, as estatísticas sobre emprego documentam a história de engajamento crescente das mulheres. Por vezes ele foi especial- mente célere, dado o tempo relativamente curto em que teve lugar. Tal foi o caso do Brasil nos últimos cinquenta anos, quando o movimento de mercantilização do trabalho fez com que parcela majoritá-ria dos indivíduos passasse a recorrer ao mercado e à venda do seu trabalho como forma de encontrar a sobrevivência. Todavia, há que ter em mente que se trata de um movimento que se declina no feminino; ele trouxe em si as marcas notáveis do engajamento das mulheres brasileiras na atividade econômica. Começaremos, na primeira seção do texto, por documentar como transcorreu o processo de mercantilização do trabalho no Brasil nos últimos cinquenta anos, abarcados pelos censos realizados entre 1960 e 2010. Em termos operacionais observaremos, ao longo desses cinco inquéritos censitá-rios, como cresceu a fração daqueles que buscam se engajar no mercado de trabalho (seja como ocupados, seja como desempregados) em contraponto àqueles que são socialmente considerados aptos,
Por sua regularidade, capilaridade, relativa padronização e abrangência temática, os censos demográficos est ão entre as principais matérias-primas dos estudos sobre as mudanças de longo prazo na sociedade brasileira. No entanto, analisar dados dos censos implica também conhecer seus processos de produção e, consequentemente, a própria história dos levantamentos de informação social quantitativa no Brasil.
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