a capacidade de manter o equilíbrio é pré-requisito para execução de várias atividades da vida diária. Para a regulação do equilíbrio, o sistema de controle postural necessita de informações quanto às posições relativas dos segmentos do corpo e à magnitude das forças atuantes. As informações são provenientes dos sistemas: visual, somatosensorial e vestibular. Alguns indivíduos com perda auditiva neurossensorial podem ter prejuízos no processo de aquisição de habilidades motoras básicas, em função de problemas no equilíbrio. O objetivo desse estudo foi comparar o equilíbrio entre crianças com deficiência auditiva e ouvintes de nove a 12 anos de idade. A amostra foi composta de 20 crianças, sendo 10 com deficiência auditiva e 10 ouvintes. Para avaliação foi aplicada a Escala de Equilíbrio Pediátrica - EEP (versão brasileira) e o Teste de Alcance. Em relação à EEP, as crianças com deficiência auditiva apresentaram mediana de 55 e as ouvintes de 56 pontos (p=0,007). No Teste de Alcance as crianças com perda auditiva e as ouvintes obtiveram as seguintes medianas: Alcance Anterior - 24/29 (p=0,021); Alcance Lateral Direita - 16/22 (p=0,001); Alcance Lateral Esquerda - 14,5/22 (p=0,002), respectivamente. Os resultados sugerem que as crianças com perda auditiva neurossensorial apresentaram déficit de equilíbrio, em comparação com as crianças ouvintes. Tal fato pode estar relacionado com a perda auditiva neurossensorial, uma vez que crianças com essa deficiência podem apresentar, concomitantemente, alterações de equilíbrio causadas pelo déficit na quantidade e/ou qualidade das informações provenientes do aparelho vestibular. Assim, foi possível identificar que as crianças com deficiência auditiva apresentam alterações no equilíbrio, quando comparadas as crianças ouvintes.
Objetivo. Verificar o comprometimento do controle postural em crianças com paralisia cerebral. Método. 64 crianças foram avaliadas e divididas em quatro grupos G1: cinco e seis; G2: sete e oito; G3: nove e dez anos, com desenvolvimento típico, e; G4: cinco a 12 anos, com paralisia cerebral. O controle postural foi avaliado por meio da Escala de Equilíbrio Pediátrica, Teste de Alcance e Plataforma de Força. Resultados. O déficit no controle postural foi identificado no G4, na escala de equilíbrio pediátrica. O G4 obteve 52 pontos, quando comparadas as crianças do G2 (55,5) e G3 (56). No teste de alcance anterior houve diferença para o G4 (19cm) em relação ao G2 (25,5cm). Sobre a plataforma de força, na postura bipodal, a área do centro de pressão do G2 (1,62 cm²) e G3 (1,36 cm²) foi menor que do G4 (4,24 cm²). Conclusão. A criança com paralisia cerebral tem prejuízo no controle postural, na realização de atividades funcionais, mobilidade e área do centro de pressão, e seu desempenho aproximou-se das crianças com desenvolvimento típico na faixa etária entre cinco e seis anos.
Introduction: Down Syndrome is a genetic disorder caused by the presence of the third copy of chromosome 21 (total or partial). The syndrome occurs in approximately one out of every 700 – 1000 newborns per year. Objective:To analyze postural control (PC) of children and adolescents with Down Syndrome (DS) and to compare differences regarding age, sex, nutritional status, and physical activity (PA) levels. Methods: In this cross-sectional study, a convenience sample composed of 21 children and adolescents (9 girls) was categorized according to age: G1 (8 to 9 years old; n = 8), G2 (10 years old; n = 7), and G3 (11 to 12 years old; n = 6), Score-Z: eutrophic (n = 9) and overweight (n = 12), and PA level: practitioners (n = 7) and non-practitioners (n = 14). PC was assessed in the force platform (FP), in the standing position, with feet together during 30 seconds. The variables analyzed were the center of pressure area (COP) and the mean velocities of anteroposterior and mediolateral oscillation (VEL-AP and VEL-ML). Shapiro-Wilk test was used to test the normality of data. Kruskal-Wallis, Dunn’s, and Mann Whitney tests were performed to analyze associations with PC. Statistical significance was set at p<0.05. Results: The median COP, VEL-AP and VEL-ML were 3.55 [2.13 – 6.82] , 2.81 [2.32 – 3.16], and 2.98 [2.42 – 3.43], respectively. There were no differences in PC regarding sex, body mass index and PA level. The adolescents in G3 presented lower values of VEL-AP (G1=2,88 [2,82 – 3,21]; G2= 2,94 [2,35 – 3,39]; G3= 2,27 [2 – 2,3]) and VEL-ML (G1= 3,22 [3,14 – 3,68]; G2= 2,91 [2,52 – 3,63]; G3= 2,34 [2,1 – 2,39]). Conclusion: Sex, nutritional status, and PA level did not affect COP area and AP-VEL and ML-VEL. However, strategies were affected by age, as observed by differences in velocity, but did not affect the COP area.
RESUMO: O atraso do desenvolvimento motor em crianças com Síndrome de Down (SD), em consequência das características e da presença dos distúrbios associados, pode levar à lentidão na aquisição ou a limitações das habilidades funcionais. Assim, este estudo teve como objetivo caracterizar o equilíbrio e a mobilidade funcional de crianças com SD, uma vez que possibilitam a execução de atividades do cotidiano. O estudo transversal com amostra de conveniência foi realizado com crianças com SD, confirmado por cariótipo, na faixa etária entre oito e 12 anos. A avaliação do controle postural foi realizada com dois instrumentais: Escala de Equilíbrio Pediátrica (EEP) e Teste de Alcance (TA). Foram avaliados 21 participantes com SD, 12 (57%) meninos e nove (43%) meninas, mediana de idade de 10 [8-11] anos. O escore obtido na EEP foi de 53 (51-54). A distância obtida no TA foi de 19 cm (17-23,5). Os resultados mostraram que a realização de atividades funcionais foi pouco afetada, conforme a mediana do escore na EEP; no entanto, alguns participantes pontuaram entre 48 a 51. As medidas atingidas no TA implicam redução da mobilidade funcional.
original RESUMOObjetivo. Verificar o comprometimento do controle postural em crianças com paralisia cerebral. Método. 64 crianças foram avaliadas e divididas em quatro grupos G1: cinco e seis; G2: sete e oito; G3: nove e dez anos, com desenvolvimento típico, e; G4: cinco a 12 anos, com paralisia cerebral. O controle postural foi avaliado por meio da Escala de Equilíbrio Pediátrica, Teste de Alcance e Plataforma de Força. Resultados. O déficit no controle postural foi identificado no G4, na escala de equilíbrio pediátrica. O G4 obteve 52 pontos, quando comparadas as crianças do G2 (55,5) e G3 (56). No teste de alcance anterior houve diferença para o G4 (19cm) em relação ao G2 (25,5cm). Sobre a plataforma de força, na postura bipodal, a área do centro de pressão do G2 (1,62 cm²) e G3 (1,36 cm²) foi menor que do G4 (4,24 cm²). Conclusão. A criança com paralisia cerebral tem prejuízo no controle postural, na realização de atividades funcionais, mobilidade e área do centro de pressão, e seu desempenho aproximou-se das crianças com desenvolvimento típico na faixa etária entre cinco e seis anos. Unitermos. Criança, Paralisia Cerebral, Equilíbrio PosturalCitação. Vitor LGV, Silva-Junior RA, Ries LGK, Fujisawa DS. Controle postural em crianças com paralisia cerebral e desenvolvimento típico. ABSTRACTObjective. To assess the impairment of postural control in children with cerebral palsy. Method. 64 children were evaluated and divided into four groups G1: five to six; G2: seven to eight; G3: nine to ten years, with typical development and; G4: five to 12 years, with cerebral palsy. Postural control was evaluated by the Pediatric Balance Scale, Reach Test and Force Platform. Results. The deficit in postural control was identified in the G4, the pediatric balance scale G4 got 52 points, compared the children of the G2 (55.5) and G3 (56) resulted difference; in the above range test G4 (19 cm) and G2 (25.5cm) were different; on the force platform, the bipedal posture, the area of G2 center of pressure (1.62cm²) and G3 (1.36cm²) were lower than the G4 (4.24cm²). Conclusion. Children with cerebral palsy have impairment in postural control during functional activities, mobility and pressure center area, and its performance approached the typically developing children aged between five and six years.
No abstract
Introdução: O comprometimento do sistema visual pode reduzir a estabilidade, resultando em aumento da oscilação corporal e/ou alteração da estratégia de movimento. Objetivo: Avaliar o equilíbrio em crianças com deficiência visual (DV), em fase escolar. Métodos: Foram avaliados cinco participantes, com diagnóstico de baixa visão (P1 e P5) e cegueira total (P2, P3 e P4). A avaliação foi realizada por meio de questionário, aplicação de teste clínico e avaliação do equilíbrio (EEP e PF BIOMEC 400). Resultados: O escore total da EEP de P1, P2 e P4 foi 56 pontos; de P3, 53; e de P5, 55 pontos. Na PF, P1 e P5 obtiveram melhor manutenção do equilíbrio. Todos os participantes apresentaram dificuldade em ficar em apoio unipodal. Conclusão: As crianças com DV são capazes de realizar as AVDs, mas podem apresentar maior risco de quedas, principalmente nas que exigem a posição unipodal.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.