A perquirição sobre como pensamos e construímos conhecimento sempre foi central para a filosofia. Diversas teorias já sugeriram a influência do poder das classes dominantes e da linguagem na forma como as sociedades reproduzem ideias e conceitos injustos, ineficientes e até mesmo insustentáveis do ponto de vista ambiental e das futuras gerações. De maneira inédita e procurando atualizar o debate, este artigo se debruça sobre duas reflexões de contextos distintos acerca dessa temática. Objetiva verificar a pertinência em atribuir a um mesmo tipo de epistemologia a dialética do conhecimento e a história cognitiva, propostas, respectivamente, por Caio Prado Júnior e Jeremy Lent. A escolha em comparar as ideias dos dois autores – o primeiro com obra publicada em 1963 no Brasil e o segundo em 2017 nos Estados Unidos – se deve à semelhança de algumas de suas formulações de fundo ao mesmo tempo em que partem de perspectivas muito diferentes. Visando atingir o objetivo anunciado, este trabalho apresenta um estudo comparativo entre ambas as proposições. Ao final, sobressai-se que, apesar das diferenças, os dois autores denunciam vieses da gnosiologia e indicam que a abordagem mais adequada para a construção do conhecimento é aquela que contemple a interação entre sujeito e objeto do pensamento como um processo complexo, sistêmico e relacional.
O objetivo do presente artigo é apresentar a forma pela qual uma parcela da sociedade civil brasileira trouxe para o domínio da esfera pública o debate acerca da regulamentação dos artigos constitucionais que tratam da comunicação social. Para tanto foi recortada enquanto estudo de caso a recente mobilização social em torno do projeto de lei de iniciativa popular da mídia democrática. Em um primeiro momento serão discutidos os artigos constitucionais relacionados ao tema da comunicação social e a maneira em que se deu sua regulamentação ou não-regulamentação nos últimos 27 anos. Ao analisar tais processos será testada a hipótese que orienta esse artigo, qual seja, a de que um projeto de lei de iniciativa popular pode se mostrar uma estratégia bem sucedida para a sociedade civil no sentido de tornar determinado tema, no caso - a mídia, pauta da agenda nacional de democratização.
Resumo: Este trabalho apresenta uma análise de três projetos bem sucedidos de divulgação científica desenvolvidos pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) queé um dos institutos mais tradicionais do país. São eles: Desafios da Física, Algumas razões para ser um cientista e Laboratório Didático.Palavras chave: Divulgação científica; Educação; Ensino e Pesquisa em C&T; Física; CBPF. Construímos uma civilização global na qual os elementos mais cruciais dependem profundamente da ciência e da tecnologia. Arranjamos as coisas de modo que quase ninguém entende a ciência e a tecnologia. Essaé uma prescrição para um desastre. Em todos os usos da ciênciaé insuficiente, e na verdadeé perigoso, produzir somente uma pequena confraria de profissionais altamente competentes e bem pagos. Ao contrário, alguns entendimentos fundamentais dos achados e métodos da ciência devem estar disponíveis na escala mais ampla.
O objetivo do presente artigo é apresentar a forma pela qual uma parcela da sociedade civil brasileira trouxe para o domínio da esfera pública o debate acerca da regulamentação dos artigos constitucionais que tratam da comunicação social. Para tanto foi recortada enquanto estudo de caso a recente mobilização social em torno do projeto de lei de iniciativa popular da mídia democrática. Em um primeiro momento serão discutidos os artigos constitucionais relacionados ao tema da comunicação social e a maneira em que se deu sua regulamentação ou não-regulamentação nos últimos 27 anos. Ao analisar tais processos será testada a hipótese que orienta esse artigo, qual seja, a de que um projeto de lei de iniciativa popular pode se mostrar uma estratégia bem sucedida para a sociedade civil no sentido de tornar determinado tema, no caso - a mídia, pauta da agenda nacional de democratização.
Este artigo versa sobre a dificuldade em se garantir pluralidade de opiniões na democracia brasileira face à concentração do controle dos meios de comunicação de massa. Observa-se tal problemática a partir do pressuposto de que a democracia está profundamente comprometida com a liberdade de expressão e, por outro lado, da constatação de que existe um hiato entre as principais teorias democráticas e a realidade da prática política contemporânea, diante da ausência de consideração teórica da importância central que a comunicação social tem nas democracias -em especial, a brasileira. Isto posto, busca-se na proposta do "experimentalismo democrático" uma saída institucional à questão.
O emprego das Big Techs como plataformas de trocas simbólicas representou uma ruptura na maneira como o debate público se organiza na sociedade. Este artigo vai analisar como o uso de dados pessoais e a monetização para parametrizar as tarefas dos algoritmos de aprendizagem de máquina que estruturam essas trocas estão ampliando a fragmentação social e o aprofundamento da crise da democracia liberal. O modelo econômico dessas plataformas, apoiado no extrativismo de dados e no patenteamento de suas ferramentas, somado aos obstáculos jurisdicionais para impor regulação a essas empresas são um entrave para enfrentar a disseminação em grande escala da desinformação e do negacionismo que fertilizam o crescimento do autoritarismo e de protofascismos em todo o mundo. Nesse sentido, o artigo propõe uma reflexão sobre a insuficiência de regulações pontuais para mitigar os efeitos deletérios da circulação de informação mediada em plataformas.
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