Mastite subclínica e relação da contagem de células somáticas com número de lactações, produção e composição química do leite em vacas da raça Holandesa RESUMOVerificaram-se a ocorrência de mastite subclínica em animais da raça Holandesa e a relação entre a contagem de células somáticas com a ordem de lactação e com a produção e a composição química do leite. O estudo foi realizado em propriedades integrantes do programa de controle leiteiro da Associação de Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais. As variáveis estudadas foram: ordem de lactação, ocorrência de mastite subclínica, contagem de células somáticas (CCS), produção de leite e porcentagens de gordura e de proteína total. A correlação entre CCS e produção de leite foi negativa e entre CCS e porcentagens de gordura e de proteína, positivas. Animais com maior número de lactações apresentaram maior CCS, e com CCS acima de 100.000 cels/ml menor produção de leite.Palavras-chave: gado de leite, contagem de células somáticas, mastite, produção de leite ABSTRACT
O período de transição é um momento de grande desafio para vacas de aptidão leiteira, uma vez que, a maioria dos problemas metabólicos ocorre nesta fase podendo prejudicar toda a expectativa de produção durante a lactação, resultando em impacto econômico significativo para fazendas de produção de leite. Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil metabólico de vacas da raça Holandesa durante o período de transição. Doze vacas Holandesas foram avaliadas, três semanas pré-parto até três semanas pós-parto, em sistema free-stall, localizado em Inhaúma, Minas Gerais, no período de outubro a dezembro de 2012. Avaliou-se o perfil metabólico através da concentração sérica de ácidos graxos não esterificados (AGNE), beta hidroxibutirato (BHBA), colesterol (COLES), proteína total (PT), albumina (ALB), cálcio, fósforo, magnésio bem como a atividade sérica das enzimas aspartato transaminase (AST) e lactato desidrogenase (LDH). As concentrações séricas de AGNE e BHBA foram diferentes entre o pré-parto e pós-parto (p<0,05). Observou-se diminuição na concentração de COLES com a aproximação do parto com posterior aumento (p<0,05). As concentrações séricas dos minerais, PT e ALB não apresentaram diferenças (p>0,05) no período avaliado. A atividade enzimática de AST e LDH foram maiores no período pós-parto (p<0,05). A avaliação do perfil metabólico é uma importante ferramenta de monitoramento e, na situação estudada, demonstrou alterações do perfil energético das vacas entre os períodos pré e pós-parto, relacionadas provavelmente a diminuição da ingestão de alimentos. A luz dos resultados do perfil metabólico, o rebanho avaliado possui pequeno risco para a ocorrência de enfermidades no pós-parto relacionadas ao período de transição
RESUMO Contagem de células somáticas (CCS) e produção de leite de vacas mestiças Holandês x Gir foram utilizadas para avaliação da perda de produção de leite estimada por duas metodologias, baseadas na CCS média da lactação total encerrada ou na CCS e nas pesagens de leite em diferentes estágios de lactação. Nas primíparas consideradas com mastite subclínica (CCS ≥ 200.000 células mL-1), a perda de produção na lactação total, avaliada pela CCS média da lactação, foi de 814kg. Para as multíparas, não houve diferença na produção de leite entre vacas com e sem MSC com base na CCS média da lactação. A estimativa avaliada por meio de testes mensais de CCS e pesagens de leite em diferentes estágios de lactação, balanceada pela prevalência de mastite subclínica do mês foi de 917,9kg para primíparas e 1178,9kg para multíparas. A contraposição da produção de leite com a CCS em diferentes estágios da lactação evidenciou maior perda de produção em relação à observação da CCS média da lactação. A perda de produção de leite de vacas baseada na CCS média de toda a lactação foi subestimada quando comparada à contraposição da produção de leite com CCS em diferentes estágios da lactação.
Com o objetivo de avaliar a prevalência e classificar clinicamente as afecções podais, foram examinadas 469 vacas em lactação de 10 fazendas da bacia leiteira de Belo Horizonte, criadas em regime de confinamento. Entre elas, 142 vacas, consideradas afetadas, apresentaram 534 lesões. A prevalência de vacas afetadas foi de 30,3%. Das afecções podais, 66,7% ocorreram nos membros posteriores e 33,3% nos membros anteriores. Ocorreram 49,2% lesões nas unhas laterais e 50,7% nas unhas mediais. Quanto ao escore de manqueira, 105 foram classificados como escore 1, 9 como escore 2, 15 como escore 3, 7 como escore 4 e 6 como escore 5. Maior incidência ocorreu nas vacas mais velhas, e não se observou influência da fase da lactação. A lesão mais freqüente foi a erosão de camada córnea, representando 48,5% do total, seguida por dermatite interdigital (13,5%) e pododermatite séptica (9,6%). O elevado número de animais afetados permite concluir que as afecções podais em vacas em lactação confinadas constitui um sério problema em fazendas na bacia leiteira de Belo Horizonte.
Neste estudo foi avaliado o perfil metabólico de vacas leiteiras no período de transição durante o verão e o inverno. Foram utilizados 31 animais pluríparos mestiços girolando em cada estação, totalizando 62 vacas. No verão permaneciam em pasto com suplementação de silagem de milho e concentrado. No inverno, a exigência nutricional era suprida apenas com silagem de milho e concentrado. Foram feitas um total de 11 coletas de sangue de cada animal segundo o seguinte protocolo: quatro coletas pré-parto espaçadas semanalmente, no dia do parto e com 2, 5, 10, 15, 21 e 30 dias pós-parto. Foram avaliadas as concentrações de cálcio, fósforo e magnésio. Todos os analitos variaram em função do estatus fisiológico. As concentrações médias de cálcio e magnésio foram maiores no verão do que no inverno. Em ambas as estações, as menores concentrações médias de cálcio ocorreram próximas ao parto, sendo que 75% dos animais no inverno e 35,48% dos animais no verão estavam hipocalcêmicos. Apenas no décimo dia as concentrações de cálcio voltaram aos níveis do pré-parto, demonstrando que esse tempo é necessário para a adaptação da nova condição de lactante. As concentrações de magnésio foram menores no pós-parto do que no pré-parto nas duas estações, demonstrando a necessidade desse mineral para a produção de leite. As concentrações médias de magnésio permaneceram sempre dentro dos valores de referência, porém 19% dos animais aos dois dias pós-parto no inverno e 7% dos animais aos 10 dias pós-parto no verão tinham concentrações inferiores a esses limites. As concentrações de fósforo sofreram grande variação ao longo do peri-parto, porém sempre em níveis elevados, sendo que 49,8% dos animais no inverno e 37,3% no verão tinham níveis de fósforo acima dos valores de referência
RESUMOAvaliaram-se 55 casos clínicos de manqueira em um rebanho de 100 vacas em lactação confinadas em sistema de free stall, durante um ano. 60% and 25% and 29% and 12.5%.
ABSTRACT.-Molina L.R., Costa H.N., Leão J.M., Malacco V.M.R., Facury Filho E.J., Carvalho A.U. & Lage C.F. A. 2017. Efficacy of an internal teat seal associated with a dry cow intramammary antibiotic for prevention of intramammary infections in dairy cows during the dry and early lactation periods. Pesquisa Veterinária Brasileira 37 (5) , Florham Park, Nova Jersey, USA), in preventing new infections during the dry-off and early postpartum period. A total of 150 Holstein cows (average production of 9,000 kg of milk per lactation), with four functional udder quarters without clinical mastitis was included in the study. All animals were dried-off 60 days before the expected calving date. Two teats positioned diagonal-contralaterally received only dry cow antibiotic, control group C (n=300) and the other two teats, treatment group T (n=300) received dry cow antibiotic and infusion with an internal teat seal. Data from SCC variable were transformed by log base-10 transformation. Duncan's test was used accepting 5% as the level of statistical significance. The occurrence of intramammary infection (IMI) and chronicity rate, and frequency of microorganisms isolated at drying and immediately postpartum in teats of group C and group T were evaluated using a non-parametric Chi-square Test, accepting 10% as the statistical significance level. There was a decrease in the occurrence of new infections in the early postpartum in cows which the sealant was used (C=19.6%, T=11.4%). In the postpartum period, Gram-negative bacteria were isolated from 16 teats in C and seven in T. The greatest reduction was observed for Escherichia coli (8 vs 1) in group T. There was no effect using the internal sealant on the frequency of isolation of environmental Streptococus. The use of sealant reduced the prevalence of subclinical mastitis cows between drying-off and the early postpartum period (C=51% versus T=42%) and resulted in a lower somatic cell count (SCC) in the treatment group when compared with the control group (T=1,073x10). The use of the internal teat seal combined with dry cow antibiotic is effective in the prevention of IMI during the dry period and early lactation and results in the reduction of SCC in immediate postpartum period. The treatment is effective in reducing infection between dry-off and the immediate postpartum caused by major and minor pathogens. However, no effect on infections caused by contagious pathogens was observed. , Florham Park, Nova Jersey, EUA) em prevenir novas infecções durante o perío-do seco e pós-parto imediato. Foram utilizadas 150 vacas Holandesas (produção média de 9,000 kg de leite por lactação), com os quatro quartos mamários funcionais e sem mastite clínica, que foram secas 60 dias antes da data prevista para o parto. O teto constituiu a unidade experimental. O grupo controle (C) foi representado por dois tetos diagonais-contralaterais (n=300), que receberam somente o antibiótico de vaca seca. Os outros dois tetos (n=300) constituíam o grupo tratado (T) e recebiam o antibiótico de vaca seca as...
Foram determinadas as produções de matéria seca (MS) e de matéria natural (MN), as proporções de colmo, folhas e panícula em seis híbridos de sorgo, em plantas com o grão em estádio leitoso/pastoso. Usou-se um delineamento inteiramente ao acaso, com quatro repetições por tratamento (híbrido). A altura dos híbridos variou de 1,0 a 2,7m e a correlação entre altura da planta e porcentagem de acamamento foi de 0,27. A porcentagem de MS do colmo variou de 20,8 a 29,4 e a correlação entre MS no colmo e altura da planta foi de 0,31. Altura e porcentagem de MS do colmo não influenciaram o percentual de acamamento. A produção de MS variou de 4,47 a 7,86 t/ha e a de MN de 13,4 a 31,1 t/ha. A porcentagem de colmo variou de 40,5 a 67%, a de folhas de 12,1 a 21,6%, e a de panícula de 20,9 a 40,6%. Os híbridos de maior produção foram os de maior altura. Houve diferenças significativas entre os tipos de sorgo quanto a matéria seca do colmo e altura da planta, porém essas variáveis não influenciaram o percentual de acamamento das diversas variedades de sorgo. O híbrido BRS701 destacou-se pela altura, baixo percentual de acamamento, elevado teor de matéria seca do colmo, elevada proporção de panícula e produção de MS.
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