ResumoApesar de as pessoas com deficiência terem por lei o direito de acesso ao mercado de trabalho, muitas dificuldades e barreiras ainda são enfrentadas por este grupo devido às práticas sociais atuais. Em virtude desta situação paradoxal, este artigo objetivou verificar o panorama brasileiro da inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, analisando se a força da lei tem, de fato, papel inclusivo. Trata-se de uma revisão de literatura sobre a temática inclusão no mercado de trabalho realizada através de consulta nas bases de dados SciELO, BIREME, LILACS e CAPES. Considerando os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, foram selecionados 20 artigos, cujos resultados compuseram a amostra deste estudo e subsidiaram as análises posteriores. Os resultados evidenciaram que somente a proteção legal não é capaz de incluir efetivamente as pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Verificou-se também que a maioria das empresas contrata pessoas com deficiência apenas para cumprir a legislação, não tendo consciência da função social do trabalho. Assim, para que a inclusão realmente ocorra é imprescindível que haja um processo bilateral, no qual a sociedade ofereça condições para que as pessoas com deficiência exerçam a sua cidadania, com direitos a serem preservados e deveres a serem cumpridos, e as pessoas com deficiência busquem maior autonomia, independência a fim de que consigam participar ativamente da sociedade.
O ensino superior, nos estudos atuais sobre sua reforma e expansão, tem o desfio de encontrar soluções que respondam à questão das desigualdades raciais no acesso e permanência às suas instituições. Este artigo objetiva aprofundar o estudo sobre a utilização de ações afirmativas anteriormente à chamada "Lei de Cotas" (Lei n. 12.711/12) publicada em 2012 e que estabeleceu reservas de vagas em todas as Instituições de Educação Superior Federais. Para tanto, analisamos artigos que analisam o percurso acadêmico do aluno cotista. Trata-se de uma revisão da produção científica brasileira contida nas bases de dados SciELO, BIREME, LILACS e CAPES. Após análises, foram selecionados 15 artigos que tratavam deste tema. Os resultados evidenciam que as cotas cumprem com seu objetivo de inclusão social e as universidades que as adoraram pioneiramente, verificaram um desempenho similar entre os cotistas e não cotistas. Isso justifica a utilização das cotas de maneira mais ampla, contribuindo para o reconhecimento dessa política pública.
The aim of this study is to investigate the relationship between the fairness of quota judgment and the level of moral competency of students and professors. This work was conducted with 317 college students and 15 professors from a base course for engineering at a Public University. We use a structured questionnaire to collect data, composed of a dilemma of quotas and eight arguments related to justice and eight to injustice of quotas. We still apply the Moral Competence Test (MCT_xt), which considers affective and cognitive aspects of the judgment and gives rise to score - C. The results indicated the low C index of the participants, conflict of interest in the judgment of the fairness of quota and the racial issue as the main disagreement factor. Among non-quota students, the higher the C index, the more they considered quotas like unfairness and among quota students, the lower the C score, the greater the choice for fairness. For judgments based on equity, as in the case of affirmative actions, higher levels of moral development would be necessary. Education has an essential role in developing students’ moral competence and, consequently, in promoting their participation in social, civic and professional life.
RESUMO: O objetivo do estudo é investigar a relação entre o julgamento da justiça de cotas e o nível de competência moral de estudantes e professores. Participaram da pesquisa 317 universitários e 15 docentes de um curso base para engenharias de uma Universidade Federal. Para coleta de dados foi utilizado um questionário estruturado composto por um dilema sobre cotas e oito argumentos relacionados à justiça e oito à injustiça das cotas. Aplicamos ainda o Teste de Competência Moral (MCT_xt), que considera aspectos afetivos e cognitivos do julgamento e remete ao escore de competência - C. Os resultados indicaram o baixo índice C dos participantes, conflito de interesse no julgamento da justiça das cotas e a questão racial como principal fator de discordância. Demonstraram ainda que entre os alunos não cotistas, quanto maior o índice C, mais consideravam as cotas injustas e entre os cotistas, quanto menor o escore C, maior a escolha pela justiça. Para julgamentos pautados na justiça por equidade, como no caso das ações afirmativas, seriam necessários níveis superiores de desenvolvimento moral. A educação tem um papel essencial no desenvolvimento da competência moral dos estudantes e em consequência, na promoção da sua participação na vida social, cívica e profissional.
A empatia faz parte do repertório das habilidades sociais e consiste na capacidade de ter preocupação com o outro. Nesse processo, tanto aspectos cognitivos quanto afetivos devem ser considerados. Esse sentimento se desenvolve muito cedo nas crianças, entretanto de formas diferentes, o que pode significar uma dificuldade no entendimento de algumas normas sociais e controle de emoções, estando relacionado a conflitos entre os pares e com adultos. A fim de verificar esses contrastes, o presente estudo teve como objetivo analisar duas escalas de empatia para crianças e verificar se há diferenças em relação à sexo e idade. A amostra do presente estudo foi composta de 34 participantes (21 do sexo masculino e 13 feminino), entre 6 a 11 anos, que frequentavam duas instituições de duas cidades do interior do Estado de São Paulo. Foram utilizadas a Escala de Empatia para Crianças e Adolescentes (EECA) e a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI), a fim de verificar a diferenciação entre elas nessa população. Os resultados evidenciaram correlações entre as escalas, mas não apresentou correlação significativa entre sexo e idade. As crianças no geral, apresentaram respostas empáticas. Discutimos a importância de mais pesquisas sobre empatia nessa faixa etária, devido à sua importância na construção de relações sociais e no desenvolvimento saudável da criança.
Não conseguiria passar por esse caminho com tantas conquistas pessoais, sociais e cognitivas sem a confiança, alegria e suporte incondicional de minhas orientadoras e amigas! À minha orientadora e amiga Profa. Dra. Luciana Maria Caetano, que confiou em mim e me ensina todos os dias, além do caminho acadêmico, o do afeto, da moralidade e da ética! À Profa. Dra. Betânia Alves Dell' Agli, minha orientadora de mestrado e amiga, que fez meu olho brilhar pela pesquisa pela primeira vez e segue me apoiando! Ao Prof. Dr. Leonardo Rodrigues Sampaio pelas contribuições no exame de qualificação e inspiração acadêmica.
Ações afirmativas nas universidades públicas brasileiras têm possibilitado a convivência de diferentes grupos sociais e étnico-raciais no ensino superior. Uma das principais preocupações desta política é a promoção da igualdade social. Embora existam alguns estudos empíricos sobre o tema, não há uma revisão de escopo sobre as experiências dos alunos nesta nova realidade. Nosso objetivo é identificar, analisar e sintetizar a literatura existente sobre as experiências individuais, sociais e raciais dos sujeitos envolvidos com as ações afirmativas no ensino superior brasileiro. Este protocolo de revisão de escopo segue o método Joanna Briggs Institute e as diretrizes dos itens de relatório preferidos para revisões sistemáticas e extensão de meta-análises para revisões de escopo (PRISMA-ScR). A estratégia PICo (população, intervenção e contexto) sistematizou a busca que realizaremos nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, nas bases de dados Scielo, BVS - saúde, LILACS, BVS-PSI, EBSCO, APA / PsycNet, MEDLINE / PubMed, ProQuest -ERIC, Web of Science, Scopus, Embase (Elsevier). Analisaremos os resultados quantitativamente em termos de frequência absoluta e relativa e qualitativamente por meio de síntese e categorias temáticas. Esta análise de escopo sintetizará a literatura atual e identificará lacunas na pesquisa e maneiras de avançar no desenvolvimento e implementação de estratégias que contribuam para o sucesso da política e promoção da saúde mental dos estudantes.
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