Resumo Este artigo apresenta alguns resultados da comparação da estrutura socioespacial das 15 principais regiões metropolitanas brasileiras e de sua evolução no período entre 2000 e 2010. A análise aborda prioritariamente o fenômeno de concentração dos grupos de mais alto status nos espaços superiores dessas metrópoles, configurando a sua hipersegregação. Hipóteses explicativas para esse processo são apresentadas a partir da análise específica da Região Metropolitana de Belo Horizonte, cuja composição social é muito próxima da composição média das 15 RMs estudadas e para a qual há dados específicos sobre dinâmica imobiliária, índice de qualidade de vida e mobilidade residencial. A histórica atratividade das áreas centrais intensificou-se na década de 2000, mantendo-as como localização preferencial dos investimentos imobiliários de alto padrão.
Este artigo apresenta, a partir de marco teórico fundamentado em Jane Jacobs, resultados de pesquisa empírica desenvolvida com o propósito de investigar relações entre as instâncias “espaço” e “ação social”, considerando como objeto de investigação rua da “periferia” de Sete Lagoas (MG) evidenciada por sua “marginalidade”, não obstante elevado potencial de dinamismo, diversidade e vitalidade. Interessou investigar o que teria essa rua bricoleur a nos informar sobre a construção de dinâmicas socioespaciais em que a diversidade, a criatividade e a diferença poder-se-iam constituir fatores de desenvolvimento socioeconômico. Em termos metodológicos, a pesquisa que subsidiou seus resultados pode ser caracterizada como um estudo de caso, de natureza qualitativa envolvendo análise documental, observação direta e 41 entrevistas semiestruturadas e em profundidade. Como resultados evidencia-se a pertinência e atualidade do arcabouço teórico de Jacobs, relativo à diversidade urbana, à investigação e análise de condições socioespaciais de diversidade e vitalidade. Palavras-chave: Jane Jacobs; Planejamento Urbano; Espaço Público; Espaço Social; Vitalidade Socioespacial.
This article investigates the relations between urban policies, the residential mobility and the gentrification of urban space, based on research in two neighbourhoods of Belo Horizonte: Santa Tereza and Anchieta. Several types of data were used in the study, including the Origin and Destination Survey, which identifies residential mobility in neighbourhoods, the Demographic Census datasets on households and residents, and municipal data on real estate dynamics and current urban policies. Qualitative data from interviews and local observations has also been used. The results demonstrate how the processes are distinct. In Santa Tereza, the urban policies implemented as an outcome of resident mobilization have managed to stop gentrification. In Anchieta, the greater liberality of urban policies, which did not elicit any organized responses from residents, has allowed renovation in some parts of the neighbourhood, which we identified as new-build gentrification.
Este artigo analisa as mudanças ocorridas na estrutura sócio-ocupacional das 15 principais regiões metropolitanas brasileiras entre 2000 e 2010. Busca-se compreender se as mudanças sociais e econômicas que ocorreram na década também puderam ser percebidas na estrutura social metropolitana. A ocupação é utilizada como proxy da estrutura social, cuja fonte são os Censos Demográficos do IBGE. A comparação mostrou mudanças parciais na estrutura social metropolitana, sobretudo o aumento dos profissionais de nível superior e o encolhimento dos grupos dirigentes e dos pequenos empregadores. Por outro lado, puderam ser detectados movimentos destoantes por parte de algumas RMs, cuja explicação demandará acompanhamento e novas investigações.
ResumoEste artigo apresenta, a partir de marco teórico fundamentado em Jane Jacobs, resultados de pesquisa empírica desenvolvida com o propósito de investigar relações entre as instâncias investigação rua da dinamismo, diversidade e vitalidade. Interessou investigar o que teria essa rua bricoleur a nos informar sobre a construção de dinâmicas socioespaciais em que a diversidade, a criatividade e a diferença poder-se-iam constituir fatores de desenvolvimento socioeconômico. Em termos metodológicos, a pesquisa que subsidiou seus resultados pode ser caracterizada como um estudo de caso, de natureza qualitativa envolvendo análise documental, observação direta e 41 entrevistas semiestruturadas e em profundidade. Como resultados evidencia-se a pertinência e atualidade do arcabouço teórico de Jacobs, relativo à diversidade urbana, à investigação e análise de condições socioespaciais de diversidade e vitalidade.
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