O texto apresenta como tema reflexões sobre o Instrutor de Libras e o Professor de Libras dentro da escola de Educação Básica. Tem como objetivo refletir sobre o significado da denominação de Instrutor dada ao profissional surdo e compreender de que maneira essa denominação está expressa no Decreto 5.626/2005. A partir dessa reflexão, verifica-se que o Instrutor de Libras caracterizado no Decreto é de um profissional que não possui formação pedagógica, porém é citado de forma alternativa ao papel desempenhado pelo Professor de Libras dentro da escola de Educação Básica. Verifica-se, ainda, que Instrutor de Libras tem sido a denominação dada ao profissional surdo, mesmo quando ele exerce atividade peculiar à docência e possui formação pedagógica. Assim, evoca-se que a busca por uma educação que considere a cultura, identidade e processo de aprendizagem do surdo será alcançada mediante a primazia de profissionalização, reconhecimento e valorização dos próprios profissionais surdos dentro das escolas de Educação Básica. Essa valorização passa pelo reconhecimento do profissional surdo que ensina Libras como um Professor de Libras, sendo um profissional que participa dos debates e tomadas de decisão, e se envolve no processo educativo de seus pares.
RESUMO De acordo com o censo brasileiro de 2010, 5,1% da população possui algum tipo de deficiência auditiva. Ainda, dados de 2016 mostram que apenas 0,08% dos matriculados no ensino superior são surdos, surdo-cegos ou deficientes auditivos. A nova Lei de Cotas n. 13.409/2016, aprovada pelo governo brasileiro, a qual reserva vagas para pessoas com deficiência nas instituições públicas de educação superior, é uma medida de política afirmativa que visa incluir os surdos socialmente, sobretudo na educação superior. Como consequência, existe uma demanda crescente de novos postos de trabalho para tradutores e intérpretes de língua de sinais. Dada a complexidade das funções estabelecidas na Lei 12.319/2010 e a exigência de profissionais qualificados, justificam-se estudos sobre a formação de tradutores e intérpretes de língua de sinais no Brasil. O objetivo deste artigo é apresentar um estudo exploratório que visa traçar uma comparação entre proposta de formação de tradutores e intérpretes de língua de sinais e línguas orais. A metodologia do estudo possui uma abordagem qualitativa. Analisam-se dois cursos: um curso que forma profissionais de línguas orais e outro curso que forma profissionais de língua de sinais, da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, e Universidade Federal de Goiás, no Brasil, respectivamente. Os elementos analisados são: objetivos de formação, perfil do egresso e disciplinas do curso no que se refere a temas abordados e tipo de formação (estudo de língua, prático-operativo ou teórico-conceitual). Os resultados demonstram que a proposta do curso de formação de tradutores e intérpretes de línguas de sinais ofertado na UFG possui um viés mais teórico e conceitual se comparado à proposta de formação de tradutores e intérpretes de línguas orais ofertado na UAB, o qual possui um viés mais prático, baseado na formação por competências.
O ensino de Libras nos cursos de formação de professores é obrigatório, conforme estabelecido pela Legislação brasileira. Contudo, ainda há discussões sobre os conteúdos e a carga horária dessas disciplinas. O objetivo deste trabalho é expor algumas reflexões sobre o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nos cursos de Licenciatura. As considerações aqui apresentadas são fruto de um estudo bibliográfico de cunho qualitativo e encontram-se dispostas em duas seções “A Libras como disciplina obrigatória: desafios encontrados” e “Libras nas Licenciaturas: vislumbrando possibilidades”. Nossas considerações finais não pretendem esgotar o tema, tampouco temos a intenção de apontar um único caminho. O intento deste trabalho é, antes de tudo, contribuir para o crescimento qualitativo do processo em questão, alertando para a necessidade de ampliação do debate a respeito do tema.
O objetivo é descrever a educação bilíngue de surdos, por meio da visão advinda da família e da educação. Possui abordagem qualitativa descritivo-analítica. Contou com 3 participantes: uma mãe de surdo, uma surda com formação em licenciatura e fonoaudiologia e uma professora ouvinte, pesquisadora na área de Língua de Sinais (LS). A análise dos dados indica três categorias: 1) Educação Bilíngue – empoderamento dos surdos; 2) Saúde – Reverberações da oralização no processo educativo; 3) Família – interface com a educação bilíngue. Percebe-se que a educação bilíngue de surdos em Barcelona vive um momento de ressignificação, de busca pela valorização da LS, no entanto, não descartam os benefícios do implante coclear, embora se tenha plena consciência que o “implante coclear não é um milagre”. Conclui-se que há o surgimento na educação bilíngue de um novo perfil sociocultural da pessoa surda: o surdo bilíngue implantado.
Este artículo tiene como objetivo reflexionar sobre la importancia del contexto cultural ehistórico en la formación del sujeto y la construcción de su subjetividad, bien como su influencia en el proceso de alfabetización mediática y su acción transformadora en la sociedad. Incorpora los conceptos de la psicología sociohistórica y los postulados teóricos de Vygotsky. Es un estudio teórico, basado en Bock, Furtado y Teixeira (2002), Teixeira (2002), Vygotsky (1995), Hernández (2006), González Rey (1997), Tejedor y Perceval (2008) y Pérez Tornero (2000). Los conceptos se articulan a partir del proceso de construcción del conocimiento y la alfabetización mediática, teniendo en cuenta la cultura de este nuevo contexto mediático y las demandas de la sociedad contemporánea. En conclusión, comprendemos que la “alfabetización mediática” es un concepto subjetivo que ultrapasa la dimensión técnica y operativa, involucrando los aspectos cognitivos y metacognitivos del sujeto, así como el contexto cultural en el que se está insertado.
O texto objetiva refletir sobre a institucionalização da EaD nas instituições de educação superior (IES), a partir de uma perspectiva meso, considerando sua gestão e organização. Compreende-se que a EaD, a partir de estudos teóricos, pode ser vista como uma mudança estrutural nas IES, visto que altera a estrutura organizacional, os seus processos formais e as suas práticas institucionais. Os autores utilizados para as reflexões são Bauer (2008), Rodriguez (2007) e Glatter (1995). Nessa perspectiva, a sua institucionalização pode ser compreendida a partir de uma gestão que considere a EaD como um processo em implementação, e não como um acontecimento, e pode ser incorporada pela IES a partir de algumas fases específicas, considerando o diálogo constante como parte do clima organizacional.
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