O texto relata uma pesquisa feita com 62 alunos do quarto ano escolar de duas escolas do interior de São Paulo: uma da rede privada e outra pública. O propósito foi o de investigar a relação entre o desempenho daqueles alunos em testes de subitização e estimativa e no Teste de Desempenho Escolar (TDE). Subitização e estimativa numérica aproximada são partes do senso numérico, considerado inato, razão pela qual ele não sofreria infl uência de fatores ambientais, como o tipo de escola frequentada, ao contrário do que seria de se esperar com relação a habilidades matemáticas adquiridas na escola. Adicionalmente, sendo o senso numérico inato, ele estaria restrito a limites cuja superação é possibilitada por avanços de ordem cultural. Portanto, entre ele e habilidades matemáticas seria de se esperar uma correlação fraca ou ausente. Os resultados do teste de subitização e estimativa replicam, com fi delidade, o padrão de desem
DESCRITORES: Atividades de lazer. Vocabulário. Ensino de recuperação/métodos. Leitura. Ensino/métodos. Instrução programada como assunto/normas.
RESUMOCom exceção dos estudos pioneiros de Isaías Pessotti sobre aprendizagem discriminativa em abelhas, outros trabalhos frequentemente empregaram procedimentos com características que dificultam o controle experimental rigoroso e uma interpretação segura dos dados (por exemplo, definição ambígua da resposta, treino simultâneo de vários sujeitos e análise de dados agrupados). Além disso, poucos estudos investigaram a aprendizagem discriminativa em outras espécies além de Apis mellifera e Bombus terrestris. O objetivo do Experimento 1 foi estabelecer discriminações simples entre cores e entre padrões em preto e branco em vinte abelhas individuais, da espécie Melipona quadrifasciata. No Experimento 2, o objetivo foi estabelecer discriminações simples e reversões de discriminação com quatro melíponas individuais em equipamento automatizado e pressão à barra como resposta operante. Todas as abelhas aprenderam a discriminar entre cores no Experimento 1, mas os dados de discriminação entre padrões em preto e branco mostraram grande variabilidade. No Experimento 2, as quatro abelhas aprenderam a discriminação inicial e também aprenderam entre uma e 11 reversões de discriminação. Os resultados de ambos os experimentos confirmam que melíponas podem aprender tarefas discriminativas, incluindo reversões sucessivas, mas também sugerem que os desempenhos podem variar consideravelmente a depender dos estímulos a serem discriminados.Palavras-chave: discriminação simples, reversão de discriminação, estímulos visuais, abelhas, Melipona quadrifasciata ABSTRACT Except for the pioneering work of Isaías Pessotti on discriminative learning in bees, other studies often employed procedures that hinder rigorous experimental control and make difficult the data interpretation (e.g., ambiguous definition of the response, simultaneous training of various subjects, and analysis of pooled data). Moreover, few studies have investigated the discriminative learning in species other than Apis mellifera and Bombus terrestris. The purpose of Experiment 1 was to establish simple discrimination between colors and between black and white patterns, in twenty individual bees of the species Melipona quadrifasciata. In Experiment 2, the objective was to establish simple discrimination and discrimination reversals with four individual bees using electro-mechanical equipment and a bar press response. All the bees learned to discriminate between colors in Experiment 1, but discriminations between black and white patterns showed high individual differences. In Experiment 2, the four bees learned the initial discrimination and also learned from one to 11 discrimination reversals. The results of both experiments confirm that Meliponidae can learn visual discriminations, including successive reversals, but the data also suggest that performance may vary considerably depending on the discriminative stimuli.
O objetivo do presente trabalho foi realizar revisão sistemática de estudos que descrevessem e avaliassem a aplicação de tecnologias educacionais para o letramento de alunos com Transtornos do Neurodesenvolvimento. Os Transtornos do Neurodesenvolvimento são um grupo de condições que têm início precocemente na vida dos indivíduos e que são caracteridos por déficits no desenvolvimento, levando a prejuízos funcionais em diversas áreas. Foi realizada uma busca de artigos em bases de dados de periódicos Peer Reviewed e foram encontrados 138 trabalhos. Do total encontrado, 22 foram selecionados de acordo com o escopo da pesquisa. Após a avaliação de qualidade, 17 foram utilizados para a revisão. A população mais investigada foi a de alunos com autismo (6), seguido por alunos com dislexia (4) e deficiência intelectual (4). Houve apenas um trabalho para alunos com déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de aprendizagem não específicos e um para alunos com gagueira. Em nenhum trabalho participaram indivíduos com Transtornos do Desenvolvimento Motor. Para alunos com autismo, a maior parte dos trabalhos enfocou no desenvolvimento de habilidades de comunicação. Para alunos disléxicos, o foco foi em desenvolver consciência fonológica e leitura de palavras. As tecnologias avaliadas consistiram em softwares aplicados por computador e aplicativos acessados via tablet ou celular. Dos estudos avaliados, seis eram experimentais, três eram quasi-experimentais e os demais eram relatos de intervenção. Todos os estudos experimentais relataram melhora nos repertórios de alunos que participaram da intervenção. Os relatos de experiência também consideraram o uso de tecnologias promissoras, apesar dos desafios para sua implantação no contexto escolar. Conclui-se que o uso de softwares tem contribuído para o processo de letramento de alunos com Transtornos do Neurodesenvolvimento na medida em que (a) facilitam a adaptação e personalização dos materiais; (b) oferecem feedback individualizado e (c) permitem que o aluno progrida em seu próprio ritmo.
Oito melíponas (Melipona quadrifasciata) foram expostas a uma versão adaptada do procedimento de emparelhamento arbitrário com o modelo (matching-to-sample) em que a presença ou ausência de luz era empregada como estímulo condicional e as cores azul e amarelo como estímulos discriminativos. As cores eram apresentadas por semicírculos de material emborrachado sustentados por duas caixas retangulares de madeira, cada uma posicionada sobre uma caixa experimental a uma distância de 15 cm uma da outra. Cada lâmpada estava localizada sobreumadascaixas. As caixas experimentais eram de material acrílico com um painel superior de alumínio. Cada caixa era equipada com um alimentador operado externamente por uma haste e possuía um conjunto de pequenos orifícios no painel de alumínio que davam acesso ao xarope. Uma abelha podia voar da colméia para o aparato experimental e obter o xarope condicionalmente ao pouso direto sobre o estímulo de comparação definido como S+ em uma tentativa particular. Depois de instalada a linha de base, foram conduzidas sondas de simetria em extinção, intercaladas com tentativas de linha de base. Nas sondas, os discos coloridos tinham a função de estímulos condicionais (as duas caixas mostravam os discos de uma mesma cor, azul ou amarelo) e a presença e a ausência de luz eram usadas como estímulos discriminativos. As discriminações condicionais foram estabelecidas com todas as abelhas e seis entre as oito abelhas alcançaram o critério de simetria emergente (ao menos cinco tentativas entre seis). Estesresultadosestendemachadospréviossobrediscriminaçõescondicionaiseemparelhamento de identidade em abelhas. Contudo, no presente procedimento os estímulos tinham posição fixa, o que permite questionar se os comportamentos observados revelam propriedades simétricas (emergentes) ou apenas o controle por componentes de estímulos compostos (diretamente aprendidos). Palavras-chave: discriminação condicional, simetria, abelhas (Melipona quadrifasciata).
O ensino em tentativas discretas (DTT) é um procedimento utilizado amplamente no tratamento de indivíduos com necessidades especiais. Pela sua complexidade, estratégias para treinar pessoas para implementá-lo têm sido investigadas. Uma forma eficaz e econômica tem sido usar manuais autoinstrucionais. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de usar um manual autoinstrucional (traduzido e adaptado para o português brasileiro) como método de treinamento para implementação do DTT. Foram analisados os desempenhos de quatro estudantes universitários na condução do DTT, com pesquisadores representando crianças, em três tarefas (combinar figuras idênticas, imitação motora e apontar figuras nomeadas) antes e após estudar o material. O manual produziu aumento estatisticamente significativo no desempenho dos participantes, mas o efeito foi heterogêneo entre as tarefas. A análise dos resultados por componentes comportamentais revelou efeitos variáveis sobre habilidades específicas. Os resultados corroboram estudos anteriores e indicam a viabilidade do uso da versão brasileira do manual.
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