Recebido em 1/7/04; aceito em 18/5/05; publicado na web em 24/8/05 OXIDATIVE STRESS: RELATIONS BETWEEN THE FORMATION OF REACTIVE SPECIES AND THE ORGANISM'S DEFENSE. This work describes the mechanism of action of some reactive oxygen species (ROS) and reactive nitrogen species (RNS) in the oxidative stress of the human body, and their consequences on damage to DNA, RNA, proteins and lipids. It also illustrates the defense system of our organism against these ROS and RNS species. The action of nonenzymatic protection systems is reported, with emphasis on micromolecules like Q10 coenzyme, vitamin C, α-tocopherol, carotenoids and flavonoids. The importance of flavonoids is also emphasized, and their body protection mechanism is detailed.Keywords: oxidative stress; antioxidants; reactive species. INTRODUÇÃOAtualmente existe um grande interesse no estudo dos antioxidantes devido, principalmente, às descobertas sobre o efeito dos radicais livres no organismo. A oxidação é parte fundamental da vida aeróbica e do nosso metabolismo e, assim, os radicais livres são produzidos naturalmente ou por alguma disfunção biológica. Esses radicais livres cujo elétron desemparelhado encontra-se centrado nos átomos de oxigênio ou nitrogênio são denominados ERO ou ERN [1][2][3][4] . No organismo, encontram-se envolvidos na produção de energia, fagocitose, regulação do crescimento celular, sinalização intercelular e síntese de substâncias biológicas importantes. No entanto, seu excesso apresenta efeitos prejudiciais, tais como a peroxidação dos lipídios de membrana e agressão às proteínas dos tecidos e das membranas, às enzimas, carboidratos e DNA 5 . Dessa forma, encontram-se relacionados com várias patologias, tais como artrite, choque hemorrágico, doenças do coração, catarata, disfunções cognitivas, câncer e AIDS, podendo ser a causa ou o fator agravante do quadro geral 6 . O excesso de radicais livres no organismo é combatido por antioxidantes produzidos pelo corpo ou absorvidos da dieta. De acordo com Halliwell 3 "Antioxidante é qualquer substância que, quando presente em baixa concentração comparada à do substrato oxidável, regenera o substrato ou previne significativamente a oxidação do mesmo". Os antioxidantes produzidos pelo corpo agem enzimaticamente, a exemplo da GPx, CAT e SOD 2 ou, não-enzimaticamente a exemplo de GSH, peptídeos de histidina, proteínas ligadas ao ferro (transferrina e ferritina), ácido diidrolipóico e CoQH 2 . Além dos antioxidantes produzidos pelo corpo, o organismo utiliza aqueles provenientes da dieta como o a-tocoferol (vitamina-E), β-caroteno (pro-vitamina-A), ácido ascórbico (vitamina-C), e compostos fenólicos onde se destacam os flavonóides e poliflavonóides 4,7 . Dentre os aspectos preventivos, é interessante ressaltar a correlação existente entre atividade antioxidante de substâncias polares e capacidade de inibir ou retardar o aparecimento de células cancerígenas, além de retardar o envelhecimento das células em geral 8 . Outro interesse ligado aos antioxidantes é a sua aplicação na indústria, par...
Recebido em 21/6/10; aceito em 17/8/10; publicado na web em 20/10/10 METHODS FOR DETERMINATION OF IN VITRO ANTIOXIDANT ACTIVITY FOR EXTRACTS AND ORGANIC COMPOUNDS. In the literature there are a considerable number of chemical and biochemical tests for evaluation of in vitro antioxidant activities of pure compounds or fractions and organic extracts. These tests are important tools for screening of synthetic and natural bioactive compound as well as they can be employed in food chemistry. This work is a critical review of the main methods employed for in vitro antioxidant determination.Keywords: antioxidant activity; oxygen reactive species; radicalar quenching. INTRODUÇÃOO termo oxidação de uma substância era comumente definido como a incorporação de oxigênio em sua estrutura. Atualmente, pode ser mais precisamente definido como sendo a conversão de uma substância química em um derivado com menor número de elétrons. Oxidação, portanto, é a perda de um ou mais elétrons para outra substância e o procedimento inverso pode ser considerado como redução. 1 A transferência de elétrons é um dos processos químicos mais fundamentais para a sobrevivência das células. O efeito colateral dessa dependência é a produção de radicais livres e outras espécies reativas de oxigênio (ERO) que podem causar dano oxidativo. Radicais livres são átomos ou moléculas produzidos continuamente durante os processos metabólicos e atuam como mediadores para a transferência de elétrons em várias reações bioquímicas, desempenhando funções relevantes ao metabolismo.2 As principais fontes de radicais livres são as organelas citoplasmáticas que metabolizam oxigênio, nitrogênio e cloro, gerando grande quantidade de metabólitos. Os radicais livres possuem diferentes papéis no organismo e encontram-se envolvidos na produção de energia, fagocitose, regulação do crescimento celular, sinalização intercelular e síntese de substâncias biológicas importantes. Entretanto, seu excesso apresenta efeitos deletérios, tais como danos ao DNA, proteínas e organelas celulares, como mitocôndrias e membranas, provocando alterações na estrutura e funções celulares e, dessa forma, se encontram envolvidos em diversas patologias a exemplo de câncer, envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares, degenerativas e neurológicas, choque hemorrágico, catarata, disfunções cognitivas, etc.4 Para combater os radicais livres os organismos vivos produzem substâncias que são capazes de regenerar ou prevenir os danos oxidativos, exercendo seu papel como antioxidante. Além destes, substâncias com habilidade de sequestrar radicais livres podem ser obtidas de fontes externas, como alimentos e bebidas. Quando os antioxidantes produzidos pelo corpo são insuficientes para combater os radicais livres produzidos pelo organismo, este sofre ações degenerativas através do distúrbio conhecido como estresse oxidativo.Os estudos sobre radicais livres e o desenvolvimento de novos métodos para avaliação de atividade antioxidante (AA) têm aumentado consideravelmente nos últimos anos. As descobertas d...
Approximately 600-700 species of Ipomoea, Convolvulaceae, are found throughout tropical and subtropical regions of the world. Several of those species have been used as ornamental plants, food, medicines or in religious ritual. The present work reviews the traditional uses, chemistry and biological activities of Ipomoea species and illustrates the potential of the genus as a source of therapeutic agents. These species are used in different parts of the world for the treatment of several diseases, such as, diabetes, hypertension, dysentery, constipation, fatigue, arthritis, rheumatism, hydrocephaly, meningitis, kidney ailments and infl ammations. Some of these species showed antimicrobial, analgesic, spasmolitic, spasmogenic, hypoglycemic, hypotensive, anticoagulant, anti-infl ammatory, psychotomimetic and anticancer activities. Alkaloids, phenolics compounds and glycolipids are the most common biologically active constituents from these plant extracts.
Recebido em 11/9/09; aceito em 2/2/10; publicado na web em 18/6/10 CHEMISTRY AND PHARMACOLOGY OF ANTINEOPLASIC CHEMOTERAPEUTICAL DERIVATIVES FROM PLANTS. This review demonstrates the importance of plants as sources of molecules used in anticancer therapies. The approach is performed by relating the active molecules to their origins, details, mechanisms of action, structure-activity relationship and chemical characteristics of chemotherapeutical medicines. It was also described the development of anticancer agents from plants by the pharmaceutical industry and the difficulties to release these compounds as a trademark. These include the well known paclitaxel, docetaxel, vincristine, vinblastine, vinorelbine, vindesine, etoposide, teniposide, and other molecules that are undergoing clinical trials.Keywords: plant antineoplasics; chemotherapic; cancer. INTRODUÇÃOSubstâncias orgânicas originadas de fontes naturais há muito tempo são utilizadas no tratamento de inúmeras enfermidades no ser humano. Grande parte dos medicamentos encontrados no mercado é derivada direta ou indiretamente de vegetais, micro-organismos, organismos marinhos, vertebrados e invertebrados terrestres.1,2 Analisando os medicamentos disponibilizados no mercado entre 1981 e 2002, observa-se que 28% destes possuem princípios ativos isolados de produtos naturais ou semissintéticos, ao passo que 24% são sintéticos com grupos farmacofóricos baseados em estruturas de produtos naturais. Portanto, mais da metade dos novos medicamentos lançados no referido período são derivados de produtos naturais, mostrando que essa fonte é muito importante nos estudos de desenvolvimento de novos medicamentos. 1,3 Os vegetais representam as maiores fontes de substâncias ativas que podem ser usadas na terapêutica, devido à grande diversidade estrutural de metabólitos produzidos e, talvez, a fonte mais antiga de medicamentos para o homem. Na busca de novos medicamentos originados de plantas são envolvidos diversos conhecimentos que vão desde aspectos agronômicos, botânicos, químicos, farmacológicos e toxicológicos. 4 Metodologias recentes cada vez mais modernas de isolamento e identificação de compostos de fontes naturais têm propiciado aumento no número de novas estruturas químicas bioativas para inúmeras indicações terapêuticas. Paralelo a esse progresso, desenvolveram-se métodos de screening biológicos automatizados (High Throughput Screening -HTS) que permitem testar in vitro milhares de substân-cias frente a alvos biológicos específicos em curto espaço de tempo.De acordo com Newman, 3 medicamentos derivados de produtos naturais são capazes de tratar 87% das enfermidades humanas categorizadas, incluindo as indicadas como antibacterianas, anticoagulantes, antiparasitárias, imunossupresoras e anticancerígenas. Esta última classe de medicamentos teve 1/3 do mercado em 2002 representado apenas por dois grupos de quimioterápicos derivados de produtos naturais, sendo que os taxanos e derivados da camptotecina representam cerca de U$ 3 bilhões de dólares. 2,5,6A busca por me...
Recebido em 18/5/05; aceito em 14/11/05; publicado na web 13/7/06 SECUNDARY METABOLITES FROM SPECIES OF ANACARDIACEAE. This review describes some aspects of the family Anacardiaceae dealing with the presence and distribution of secondary metabolites in the main genera of this family and their biological activities. It reports the occurrence of different natural compounds present in their species with special emphasis on phenolic lipids, flavonoids and triterpenes that are typical metabolites of this family.Keywords: Anacardiaceae; phenolic lipids; flavonoids. INTRODUÇÃOAnacardiaceae é uma família constituída por cerca de 76 gêne-ros e 600 espécies. Seus gêneros são subdivididos em cinco tribos (Anacardieae, Dobineae, Rhoeae, Semecarpeae e Spondiadeae). Cerca de 25% dos gêneros dessa família são conhecidos como tó-xicos e causadores de dermatite de contato severa. De modo geral, as espécies venenosas desta família estão restritas às tribos Anacardieae, Rhoeae e Semecarpeae 1,2 . A dermatite de contato provocada por essas plantas é atribuída principalmente a compostos fenólicos e catecólicos ou a mistura destas substâncias, denominados lipídios fenólicos. Estas substâncias podem estar presentes em diferentes partes do material vegetal, ocorrendo principalmente em espécies do gênero Rhus 3,4 . Nos últimos anos, a origem dos lipídios fenólicos e derivados também foi objeto de investigação; além disso, espécies da família Anacardiaceae têm se mostrado bastante promissoras na busca de substâncias bioativas. Do ponto de vista químico, os gêneros mais estudados nesta família são Mangifera, Rhus (Toxicodendron), Anacardium, Spondias, Lannea, Semecarpus, Schinus, Pistacia, Lithraea, Tapirira e Melanorrhoea. Mangifera, Rhus e Anacardium destacam-se pelo número de investigações relativas à composição química de suas espécies e atividades biológicas de seus extratos e metabólitos. Os estudos destas espécies possibilitaram verificar a ocorrência de flavonóides, terpenos, esteróides, xantonas e, principalmente, dos lipídios fenó-licos e derivados. Destaca-se que entre os flavonóides, os biflavonóides são os mais freqüentes.
Visceral pain is the most common form of pain for which the patients often seek medical care. Ascending pathways in the spinal cord that relay nociceptive information from the periphery to supraspinal central nervous system sites has been studied as potential targets for disrupting pain processing and providing relief. Despite the considerable advances in knowledge regarding the basic mechanisms underlying visceral pain and visceral hyperalgesia, no new effective therapies for abdominal pain have been discovered. Tissue injury, inflammation, and algesic chemicals produce changes in the stimulus response, leading to either sensitisation or desensitization of peripheral sensory afferents. An enormous range of pharmacological agents and endogenous substances via numerous receptors influence the visceral afferents. These substances produce their effects on visceral afferents by sensitization, opening of ion channels or by altering the expression of mediators, channels, or receptors. 1) In recent years, a central importance is given to capsaicin (vanilloid) receptor 1 (VR1, also called transient receptor potential V1, TRPV1) in the regulation of the activity of sensory afferent nerves. TRPV1 gene knock out mice are analgesic to a wide range of painful inflammatory states, suggesting that TRPV1 receptor antagonists may be effective in those pain states associated with tissue injury, and chemical exposure.2,3) Currently, inflammatory hyperalgesia is managed by NSAIDs (cyclo-oxygenase inhibitors) and opioids, although very effective against inflammatory hyperalgesia, both of these therapeutic classes possess significant limitations. 4,5) Opioids induce constipation, and nausea, whereas NSAIDs possess significant side effects on the gastrointestinal, cardiovascular and renal systems.In the recent past, many novel structures derived from a number of natural sources have been examined for the development of drugs acting as agonists or antagonists at vanilloid receptors, which include compounds like polygodial, a full vanilloid agonist derived from marsh pepper; warburganal from the bark of warburgia trees; isovelleral with terpenoid structure isolated from fungi; scalaradial, an unsaturated dialdehyde isolated from sponges; and scutigeral, isolated from edible mushrooms.6) The natural triterpenic mixture a-and b-amyrin, isolated from Protium heptaphyllum has recently been shown to exert gastroprotective effect against ethanolinduced lesions and an antinociceptive effect in the visceral model of nociception induced by capsaicin, possibly involving the capsaicin-sensitive sensory afferents. 7,8) Chemically, the a-and b-amyrin is a mixture of two triterpenes belonging to the ursane (a-amyrin) and oleanane (b-amyrin) series. Oleanolic acid is a pentacyclic triterpene that pertains to oleanane (b-amyrin) series (Fig. 1) and previous studies established its gastro-and hepato-protective and anti-inflammatory effects.9,10) So far there have been no available reports that show the efficacy of oleanolic acid in animal models of noci...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.