<p>O artigo discute a controvérsia suscitada pela campanha da vacina HPV (<em>Human papillomavirus</em>), implementada pelo Ministério da Saúde brasileiro em 2014. Analisamos as estratégias de comunicação do Ministério de Saúde para divulgar a vacina e as reações sociais veiculadas pela imprensa. A análise se baseia no conceito de comunicação pública, no que tange à permeabilidade do Estado a controvérsias; e no conceito de tradução proposto pelos estudos sociais da ciência. Verificamos que a comunicação oficial enfocou a divulgação procedimental da vacina, enquanto a mídia expôs a controvérsia sobre riscos e implicações sociais e éticas. Embora a comunicação de governo tenha sido refratária aos questionamentos do público na primeira fase de vacinação, na segunda houve tentativa de respondê-los, mas sem considerável sucesso. Os relatos de efeitos adversos surgiram com maior evidência neste segundo momento, culminando na redução do alcance da vacinação.</p>
Partindo dos conceitos de acontecimento e de simultaneidade, o artigo examina como foi narrada, por quatro jornais, a exumação do corpo do presidente João Goulart, desde a remoção dos restos mortais do cemitério em São Borja/RS (novembro de 2013), até a divulgação do laudo final (dezembro de 2014). Verifica-se como a exumação serve para tratar de memória nos níveis local, regional, nacional, pensando simultaneamente em: 1) Ditadura (acontecimento fundador); 2) Jango (sujeito que liga passado e presente); 3) Exumação (acontecimento novo). As metodologia empregada é a análise qualitativa dos textos e da nucleação de sentidos em torno do sujeito Jango, da exumação e do passado ao qual está vinculada. Dentre os resultados, são detectadas diferenças entre a dramatização dos jornais locais, a estetização da tecnicidade do jornal regional e a moralização da política do jornal nacional.
O Brasil formulou uma política para incentivar o campo emergente da nanotecnologia no começo da década de 2000, em sincronia com os países industrializados. A área foi declarada estratégica na política de ciência, tecnologia e inovação desde 2004 e considerada um motor para aumentar a competitividade do país. Neste artigo avaliamos a trajetória da política de nanotecnologia ao longo de 15 anos, desde a euforia inicial à situação atual de virtual paralisação pelos cortes orçamentários. Analisamos como foi conformada a agenda da política, assinalando a influencia internacional e o papel central assumido pela comunidade científica. Examinamos quatro dimensões da formulação e implementação da política: a construção de capacidades de pesquisa, a promoção da inovação, a questão dos riscos e da regulação e a avaliação das implicações éticas, legais e sociais. Mostramos que a política de nanotecnologia foi concebida com um enfoque de governança estreito, que foi sendo ampliado ao longo do tempo, como resultado de pressões do contexto local e internacional. Finalmente evidenciamos o contraste entre o caráter estratégico atribuído à nanotecnologia e a falta de priorização real revelada pela instabilidade orçamentária. As fontes de informação são principalmente documentais, complementadas por observação sistemática de eventos relevantes e entrevistas com decisores políticos.
Rogério Alexandre das DoresCapítulo 9Narrativa sobre o ensino remoto a partir das vivências de uma professora aposentada: Quais janelas? Quais escutas? .
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