RESUMO:O objetivo deste estudo é verificar a relação entre funcionalidade e autopercepção de saúde (APS) entre idosos jovens e longevos. Foi realizada uma análise secundária dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Brasil de 2013. A regressão linear foi utilizada para verificar a correlação entre APS e funcionalidade, avaliada pelo nível de independência para atividades básicas (ABVD) e instrumentais de vida diária (AIVD). Participaram 11.177 idosos. Quanto maior a idade, menor o nível de AIVD (p<0,001) e de ABVD (p<0,001). Melhores níveis de funcionalidade correlacionavam com melhores níveis de APS. Essa relação perdia a intensidade ao comparar níveis mais elevados de APS (boa e muito boa), exceto para a AIVD entre as idades de 80-89 e 90+, que apresentaram melhores níveis de AIVD entre os níveis mais elevados de APS. Observou-se diferenças no comportamento da relação entre funcionalidade e a APS em diferentes faixas etárias. PALAVRAS-CHAVE:Saúde Pública; Envelhecimento da População; Condições de saúde; Indicadores de saúde; Longevidade. RELATIONSHIP BET WEEN FUNCTIONALIT Y AND SELF-PERCEPTION OF HEALTH AMONG BRAZILIAN ELDERLY AND LONG-LIVED PEOPLEABSTRACT: This study aims to verify the relation between functionality and self-perception of health (SPH) in elderly and long-lived people. It was made a secondary analysis of data from the Brazilian National Health Survey (NHS) from 2013. The linear regression was used to verify the possible correlation between SPH and functionality, which was assessed by the level of independence in activities of daily living (ADL) and instrumental activities of daily living (IADL). 11.177 elderly people participated in the NHS. Higher the age, lower the level of IADL (p <0.001), the same for the ADL (p <0.001). Better levels of functionality were correlated with better levels of SPH. This relationship lost intensity when comparing higher levels of PHC (good and very good), except for IADL in people between the ages of 80-89 and 90+, who presented better levels of IADL between the higher levels of PHC. We noted differences in the behavior of the relation between functionality and PHC in different age groups.
ReSumOObjetivo: descrever e relacionar a prática, participação, conhecimento e motivos de não-participação em relação às modalidades oferecidas pelos programas públicos de exercício físico ou esporte aos idosos jovens e longevos. métodos: análise secundária de resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Foram analisadas as frequências das respostas às questões P34 (prática de exercício físico ou esporte), P47 (conhecimento de algum programa público de exercício físico ou esporte), P48 (participação nesses programas), P49 (motivo de não participar desses programas) e P36 (exercício físico ou esporte que pratica com mais frequência) entre duas faixas etárias: idosos jovens (de 60 a 79 anos) e longevos (80 anos ou mais). O teste do qui-quadrado foi usado para verificar a distribuição das frequências considerando p<0,05. Resultados: O estudo teve 9,679 idosos jovens e 1,498 idosos longevos. 78,9% dos idosos brasileiros não praticam exercício físico com diferenças significativas entre idosos jovens (77,3%) e longevos (89,3%). além disso 81,6% não conhecem a existência de programas e dos que conhecem a grande maioria não participa, 82,6%. O motivo mais frequente de não-participação foi a falta de interesse (39%) e a caminhada é a modalidade mais atrativa 58,4%. Conclusões: O estudo revela uma baixa adesão dos idosos à prática de exercício físico ou esporte. Os indicadores mostram uma necessidade de ampliar a divulgação e diversificar os programas públicos de estímulo à prática do exercício físico ou esporte. São encorajados novos estudos sobre os mecanismos de comunicação utilizados na rede pública para divulgação desses programas.Palavras-chave: Idoso; Idoso longevo; Exercício físico ou esporte; Programas públicos; Saúde Pública. ABStRACtObjective: describe and relate the practice, participation, knowledge and reason of non-participation in programs of exercise or sport offered by government programs to old-adult and the oldest old. methods: secondary analysis of results of the Brazilian 2013 National Health Survey. We analyzed the frequency of responses to the questions P34 (physical exercise or sport), P47 (knowledge of a public program of physical exercise or sport), P48 (participation in these programs), P49 (reason not to participate in these programs) and P36 (physical exercise or sport that practices more often) in two age groups: old-adult (60 to 79 years) and oldest old (80 or more). The chi-square statistical test was used to verify the distribution considering p<0.05. Results: The study had 9,679 young elderly and 1,498 oldest old. Most Brazilians older-adult 78,9% did not exercise with significant differences between old-adult (77,3%) and oldest old (89,3%). Furthermore, 81,6% did not know the existence of public programs and those who know the vast majority did not participate, 82,6%. The most common reason for non-participation was the lack of interest (39%) and walking is the modality more attractive 58,4%. Conclusions: The study reveals a low compliance of the older-adult in physical exercise or sp...
ResumoO presente estudo buscou conhecer as condições que facilitam e dificultam o aprendizado do uso do computador observado por alunos de um grupo de terceira idade que fizeram parte de um projeto de inclusão digital. Tratou-se de um estudo quantitativo, longitudinal e descritivo, com a aplicação de um questionário estruturado com perguntas fechadas aos 19 alunos de faixa etária igual ou superior a 50 anos sobre as dificuldades e facilidades do uso do computador. As principais condições facilitadoras apontadas pelos participantes referiram-se às atitudes do professor no processo de aprendizagem, o bom relacionamento entre os alunos e o professor e as novas amizades que surgiram durante o curso consideradas motivadoras do aprendizado. A dificuldade de memória constituiu-se na condição dificultadora mais apontada pelos alunos. Concluiu-se, que a atividade com o computador pode se tornar prazerosa e estimuladora através das novas amizades, do bom relacionamento entre os alunos e o professor proporcionando o processo de aprendizagem. Palavras-chaves: IntroduçãoO envelhecimento populacional é, hoje, um proeminente fenômeno mundial. Significando um crescimento mais elevado da população idosa com relação aos demais grupos etários (CAMARANO, 2002). Estima-se que, no ano de 2030, o número de idosos poderá chegar a setenta milhões nos países desenvolvidos. No Brasil, as projeções para o ano de 2025, indicam que a população total aumentará cinco vezes em relação à de 1950. Segundo dados do Ministério da Saúde, a população brasileira idosa, em 1996, era de 7,8 milhões, e entre 1950 e 2020, esta estatística crescerá 16 vezes o número de pessoas acima de sessenta anos de idade no país (LACOURT e MARINI, 2006; FILHO et al., 2006).Passerino e Pasqualotti (2006) relatam que o envelhecimento humano compreende todos os processos de transformação do organismo, tanto físicos quanto psicológicos e sociais, envolvendo principalmente papeis sociais desempenhados pelos indivíduos.Nessa perspectiva, as implicações que o envelhecimento humano traz aos indivíduos podem ser sintetizadas considerando os seguintes aspectos: aparecimento de rugas e progressiva perda da elasticidade da pele; diminuição da força muscular, da agilidade e da mobilidade das articulações;
A dificuldade em entender a nova linguagem tecnológica traz consigo um problema social; e o idoso, por vezes, retorna ao caminho da educação na perspectiva de uma atualização cultural e reaproximação social. As tecnologias de informação e comunicação intensificarão esse processo de aprendizagem, ao permitir interagir com diferentes informações, pessoas e grupos, e socializar seus conhecimentos e suas próprias histórias de vida, aumentando sua auto-estima e auto-realização. Este artigo tem como objetivo discutir algumas questões importantes para uma educação gerontológica mais participativa e transformadora, desde as manifestações clínicas do envelhecimento, a possibilidade de inclusão digital e a educação gerontológica mediada pela informática.
Qualidade de vida, depressão e cognição a partir da educação gerontológica mediada por uma rádio-poste em instituições de longa permanência para idosos Correpondência / Correspondence Josemara de Paula Rocha E-mail: josemara.rocha@hotmail.com ResumoObjetivo: identificar possíveis mudanças na qualidade de vida, cognição e depressão advindas de oficinas de educação gerontológica mediadas por uma rádio-poste em instituições de longa permanência para idosos. Métodos: estudo observacional, de natureza quali-quantitativa, que contemplou variáveis descritivas e de associação. Após estudo piloto em um grupo de terceira idade, foram selecionadas por conveniência quatro instituições, e delas os idosos cujas características contemplavam os critérios de inclusão. Foram aplicados questionários relacionados com qualidade de vida, depressão, estado cognitivo, características sociodemográficas e realidade tecnológica. Para analisar os efeitos pré e pós-processo de intervenção, foram realizadas estatísticas descritiva e analítica, por meio dos testes não paramétricos de Mann-Whitney, Kolmogorov-Smirnov, Exato de Fisher, Alfa de Cronbach, Correlação linear de Spearman, todos com nível de significância de p≤0,05. Foram elaborados roteiros de rádio para as oficinas, que aconteceram em oito encontros em cada instituição, duas vezes semanais, duas horas cada, durante seis meses. Resultados: ocorreram incrementos na qualidade de vida e cognição, de forma estatisticamente significativa nos domínios "recreação", "intimidade" e na "memória imediata". Conclusões: os ganhos significativos em qualidade de vida e cognição sugerem que essa prática pode ser válida para melhorar as condições de saúde de idosos de instituições de longa permanência. AbstractObjective: to identify the changes in the quality of life, cognition and depression from gerontological education workshops mediated by a pole radio in long-term institutions for the aged.
O objetivo do presente trabalho é o de buscar compreender o significado que os ambientes de aprendizagem proporcionam na vida do idoso. Tratou-se de um estudo de abordagem quanti-qualitativa, com 39 idosos, pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, que frequentam as oficinas de informática de um grupo de terceira idade do município de Passo Fundo-RS. Os dados quantitativos foram descritos por meio da estatística descritiva. Já os de cunho qualitativo foram analisados por meio do método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2010). Com relação aos resultados, constatou-se que os ambientes de aprendizagem proporcionam mudanças positivas na vida desses sujeitos, pois promovem novos conhecimentos, aprendizado, além de provocar sentimentos de felicidade, de sentirse mais realizado melhorando a autoestima e o bem-estar.
Introduction: Head and neck cancer is responsible for an increasing incidence of primary malignant neoplasm cases worldwide. Radiotherapy is one of the treatments of choice for this type of cancer, but it can cause adverse effects, such as temporomandibular disorder. The objective of this study was to characterize the degree and frequency of temporomandibular disorder in patients with head and neck cancer undergoing radiotherapy. Method: This research was quantitative, descriptive and exploratory. The sample consisted of 22 patients that answered assessment questions and the Helkimo anamnestic questionnaire, modified by Fonseca (1992). The data were collected from May to October 2014, and statistically analyzed using the Chi-square test, with a significance level of p ≤ 0.05. Results: Of the 22 patients, 86.4 % were male, with a mean age of 58.86 ± 9.41 years. Temporomandibular disorder was present in 31.8% of the subjects, based on the assessment prior to radiotherapy, and in 59.1% in the post-treatment assessment. Among all questions, the most frequent was "Do you use only one side of the mouth to chew?" with 22.7% "yes" answers, both at the first assessment and at the post treatment. Conclusion: According to the results of this study, temporomandibular disorder is a disease that is present with a high prevalence in people diagnosed with head and neck cancer undergoing radiotherapy.
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