A obesidade é um grave problema de saúde pública, sendo um dos principais fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis, particularmente as afecções cardiovasculares, o diabetes mellitus, os distúrbios metabólicos e endócrinos, a apnéia do sono, as osteoartrites, certos tipos de câncer e vários problemas psicológicos 1 . A sua prevalência é crescente, especialmente nas sociedades em desenvolvimento e na população infantil 2 . A criança portadora de excesso de peso ou obesidade apresenta com maior freqüência afecções respiratórias, cardiovasculares, endócrinas, ortopédicas, psicossociais, entre outras, além de maiores chances de se tornar um adulto obeso 3 . Ingestão calórica elevada e diminuição da atividade física têm sido apontadas como os principais fatores responsáveis pelo aumento dos índices de obesidade. Um nível socioeconômico elevado propicia maior acesso aos alimentos e à informação, podendo também interferir no nível de atividade física. Essas relações, porém, não parecem simples nos países em desenvolvimento 4,5 . Até o final da década de 80, os estudos demonstravam uma relação positiva e consistente da obesidade com a condição socioeconômica nas sociedades em desenvolvimento, sendo o excesso de peso e a obesidade uma afecção exclusiva das elites . Quanto às horas diárias gastas assistindo a TV, não foi observada diferença significativa entre os dois grupos estudados. Consumo diário de refrigerantes, doces e salgadinhos foi hábito alimentar mais comum nos adolescentes pertencentes às classes econômicas mais abastadas, embora não associado com excesso de peso / obesidade. Registrou-se um baixo consumo de frutas nos dois grupos estudados. CONCLUSÃO. São elevadas as freqüências de sobrepeso e obesidade entre adolescentes em Campina Grande/PB, assim como o tempo gasto assistindo a TV e os maus hábitos alimentares, especialmente naqueles pertencentes às classes econômicas mais favorecidas. É reduzido o tempo despendido com atividades físicas de lazer, principalmente nas classes econômicas desfavorecidas.UNITERMOS: Obesidade. Sobrepeso. Atividade física. Hábitos alimentares. Nível socioeconômico. socioeconômicas 6 . Entretanto, no cenário atual, o aumento da obesidade tem sido constatado com maior intensidade nos países em desenvolvimento e inclusive no Brasil, nos grupos de menor condição socioeconômica 7 . Ainda são desconhecidos nessas populações, em especial entre crianças e adolescentes, os diferentes impactos dos hábitos alimentares e de atividade física nesse novo cenário da obesidade no Brasil. Como os hábitos alimentares e de atividade física adquiridos na infância e na adolescência tendem a permanecer na vida adulta, é de fundamental importância o melhor conhecimento dos grupos populacionais de risco, a identificação dos hábitos não saudáveis e as suas causas para que políticas e programas de saúde sejam implementados visando um melhor controle das doenças crônicas da vida adulta. Dessa forma, foi objetivo do estudo comparar a freqüência de excesso de peso / obesidade e alguns hábi...
OBJECTIVE:To estimate the prevalence of anemia and to identify its associated factors in children aged 6-59 months. METHODS:This was a cross-sectional study on data from the Third Health and Nutrition Survey of the State of Pernambuco, Northeastern Brazil, with a representative sample of 1,403 children from urban and rural areas. Anemia was diagnosed by means of hemoglobin assays. Multivariate analysis was performed though a hierarchical model, using robust-variance Poisson regression to estimate the prevalence ratio as a function of the following variables: biological factors, morbidity, child nutritional state, socioeconomic factors, housing, sanitation and maternal factors. RESULTS:The weighted prevalence of anemia was 32.8% overall: 31.5% in urban areas and 36.6% in rural areas. In urban areas, anemia was signifi cantly associated with maternal education, consumer goods, number of children less than fi ve years old in the home, drinking water treatment, maternal age, maternal anemia and the child's age. In rural areas, only maternal age and the child's age were signifi cantly associated with anemia. CONCLUSIONS:The prevalence of anemia in children in Pernambuco was similar in urban and rural areas. The factors associated with anemia that are presented here should be taken into consideration in planning effective measures for its control.
This study assessed excessive weight gain in the second and third trimesters of pregnancy and the influence of biological, socio-demographic, behavioral, and reproductive factors and co-morbidity. The cross-sectional sample included 240 pregnant women at low risk of obstetric complications, followed from May 2000 to July 2001. There were 347 patient records in the original database, but 107 were excluded because of age (42 patients were younger than 18 years) or lack of data on weight (65 women). Excessive weight gain was common in all categories of baseline nutritional status, but was more frequent in the second trimester among women who were already overweight or obese upon entering pregnancy. In the third trimester, variables associated with excessive weekly weight gain were schooling and marital status.
OBJECTIVE:To analyze time trends in the duration of exclusive breastfeeding and associated protection factors. METHODS:Prevalances for total breastfeeding and exclusive breastfeeding in a population of four-month-old infants were analyzed. Data were obtained from population surveys carried out in 1991, 1997, and 2006, with 935, 2081, and 1568 infants respectively. The data were retrieved from interviews answered by parents or guardians. The prevalences were analyzed by Poisson regression in regard to: environmental, behavioral and socioeconomic conditions, maternal variables, and biological factors of infant. RESULTS:The median duration of total breastfeeding rose from 89 days (1991) to 106 days (1997), and fi nally to 183 days (2006). The median duration of exclusive breastfeeding remained around 30 days between 1997 and 2006. In the multivariate analysis, from the ten variables studied, only maternal schooling and age, address, and female gender of infant were maintained in the fi nal explanatory model. CONCLUSIONS:Despite the significant increase in terms of total breastfeeding duration, the same did not occur with the duration of exclusive breastfeeding.
Este estudo analisou os fatores de risco associados à mortalidade neonatal hospitalar na maternidade-escola do Instituto Materno-infantil Professor Fernando Figueira, entre 2001 e 2003. Os dados foram coletados das declarações de nascimento e óbito; para a identificação dos fatores associados à mortalidade, foi realizada análise bivariada e multivariada. A taxa de mortalidade neonatal hospitalar foi de 49,4 óbitos por mil nascidos vivos. A análise multivariada mostrou que os efeitos das variáveis-índice de Apgar no quinto minuto abaixo de três ou entre quatro e sete; baixa escolaridade da mãe; idade gestacional até 36 semanas; número de consultas de pré-natal abaixo de três; baixo peso ao nascer; e raça preta/parda-foram significativos para a mortalidade. A assistência pré-natal e pós-natal deve se organizar para prevenir alguns desses fatores e reduzir as iniqüidades originadas nas diferenças sociais. Palavras-chave: mortalidade neonatal; fatores de risco; atenção hospitalar.
A transição epidemiológica no Brasil, em parte, é explicada pelos baixos níveis de atividade física da população. Entretanto, poucos estudos têm explorado atividade física em populações de baixa renda. Nesta realidade, as unidades básicas de saúde (UBS) ganham importância. Em estudo com delineamento transversal, avaliou-se a prevalência de sedentarismo e fatores associados em 1.018 adultos e 1.010 idosos, residentes em áreas de UBS de dez municípios com mais de 100 mil habitantes no Estado de Pernambuco, Brasil. A prevalência de sedentarismo foi de 37,18% (IC95%: 34,0-40,2) para adultos e de 68,3% (IC95%: 65,3-71,3) para idosos. A identificação da prática de atividade física como um dos fatores mais importantes para a manutenção da saúde esteve associado com sedentarismo no grupo dos idosos. Foi verificado um menor percentual de sedentarismo entre adultos associado com uma autopercepção de saúde satisfatória. Conclui-se que a prevalência de sedentarismo em áreas de abrangência das UBS em Pernambuco é mais elevada quando comparada com a Região Sul.
There was no evidence indicating that contraceptive counselling is effective in increasing acceptance and use of contraceptive methods after an abortion. This may not apply to developing countries, where the matter still needs to be investigated.
Objetivos: identificar a prevalência do aleitamento materno na primeira hora de vida, os fatores associados e as razões para sua não ocorrência em um Hospital Amigo da Criança. Métodos: estudo transversal com 562 mães e recém-nascidos. Os dados foram obtidos entre outubro a novembro de 2011 mediante formulários de entrevista e consulta a prontuários. Modelo de Poisson foi ajustado para analisar a prevalência do aleitamento materno na primeira hora de vida em função das variáveis de exposição. Resultados: a prevalência do aleitamento materno na primeira hora de vida foi de 31%. Apenas o parto normal permaneceu no modelo final, apresentando razão de prevalência de 27% a mais em relação ao parto cesáreo (p=0,020). As razões para que 388 crianças não tenham sido amamentadas na primeira hora de vida foram classificadas em: problemas de saúde da criança (328, 84,5%), da mãe (241, 62,1%) e atraso no resultado do teste rápido anti-HIV (199, 51,2%), 11 (2,8%) não apresentaram nenhuma justificativa. Conclusões: os resultados relatados ainda estão bem abaixo das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que em grande parte pode ser atribuído às condições próprias de um hospital de nível terciário, cuja demanda é constituída predominantemente por casos de pacientes de médio e elevado risco obstétrico.
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