O presente artigo busca observar as noções de atividade física e práticas corporais, associadas ao campo da saúde, a partir de disputas “científicas” que demarcam o tema. Enunciaremos ainda certas percepções que nos motivam a caracterizar a dualidade atividade física e práticas corporais como enfrentamento epistemológico, mas ainda inoperante no cotidiano dos serviços de saúde e na atuação da educação física. Concluímos que, nos contatos construídos com os sujeitos, assim como nas “verdades” dos encontros, determina-se o nível de complexidade do movimento e de suas representações.
O artigo resulta de pesquisa realizada em parceria com as Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social de um município da Grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul, responsáveis pela implementação de programas de ‘inclusão social’. Apoia-se na educação permanente em saúde em articulação com teorizações pós-estruturalistas e a análise cultural. O trabalho de campo envolveu a realização de um curso de formação com técnicos (as) e gestores (as), e também grupos focais. Esta análise explora dimensões de duas questões que direcionaram a pesquisa: que aprendizagens podem ser construídas em processos educativos participativos desta natureza? E quem aprende o que, com quem, sobre o quê? Discutiram-se ‘cenas’ que colocaram a intersetorialidade em foco, permitindo o reposicionamento de técnicos (as) e da equipe de pesquisa em relação aos aprendizados esperados. Destaca-se, especialmente, o que foi identificado como entraves e desafios para a implementação e a efetivação da intersetorialidade.
Este artigo tem o objetivo de apontar algumas das potencialidades analíticas de pesquisas com grupos focais que se ancoram em referenciais pós-estruturalistas e analisam as informações por meio de análise de discurso. O texto é baseado em uma dissertação de mestrado que discutiu alguns dos modos pelos quais jovens mulheres significam, apre(e)ndem e vivenciam, contemporaneamente, o cuidado com o corpo.
Este texto versa sobre dispositivos pedagógicos de Educação e (em) Saúde, tendo como plano de fundo o tema da medicalização da vida. Inscreve-se na perspectiva teórica da Filosofia da Diferença e opera com a imagem do pensamento como produção do novo, por meio da experiência e do dispositivo pedagógico oficinaulas. Tem como método de pesquisa a Cartografia. Apresenta-se a ideia-força de Clínica de uma Vida, como uma operação micropolítica, para movimentar os processos imanentes na Saúde e na Educação. Finaliza-se trazendo como processo de pensamento três instantes: o Instante Utópico, como sustentação das pequenas luzes; Instante Quaisquer, de produção de estilhaços; e Instante Ludopedagógico, como possibilidade de um devir-criança. Tem-se como resultado uma escrita que fala sobre modos de cuidar e produzir saúde no contemporâneo.
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