A teoria moderna das finanças pressupõe eficiência dos mercados, racionalidade dos seus agentes e busca pela maximização da utilidade. As finanças comportamentais contestam esses pressupostos, alegam que o ser humano é avesso ao risco nas situações de ganho, mas assume risco quando se trata de perdas, o que se configura como aversão à perda. O objetivo deste trabalho é verificar se existem diferenças no grau de aversão ao risco e à perda em função do tempo de estudo e do gênero. Os prospectos de Kahneman e Tversky foram replicados a 396 alunos e 31 professores do curso de administração de um centro universitário de Santa Catarina. Os dados foram analisados em duas etapas: a primeira fez uma análise das frequências das respostas; na segunda, os resultados foram analisados por agrupamentos entre professores e alunos e por gênero dos respondentes. Utilizou-se o teste qui-quadrado para verificar as diferenças nas respostas. Os resultados indicam que o tempo de estudo não influencia na aversão ao risco e à perda. No comparativo por gênero, constatou-se que este pode influenciar na aversão ao risco, mas não nas perdas. As mulheres demonstraram maior aversão ao risco, mas ambos são igualmente avessos à perda.
Este artigo tem o objetivo de testar a forma fraca de eficiência do mercado futuro brasileiro da commoditie agrícola café arábica, usando a técnica de cointegração a fim de verificar se os preços futuros correntes são estimadores não viesados dos preços à vista esperados para o futuro. Para isso, utiliza as séries históricas de janeiro de 2005 a maio de 2011 dos preços futuros, que foram coletados na Bolsa de Mercadorias e Futuros -BM&F, e os preços à vista calculados pelo CEPEA/ESALQ/USP. As métricas utilizadas são os testes ADF de Dickey e Fuller para detectar a presença de raiz unitária e o teste de cointegração de Johansen para verificar a existência de um relacionamento de longo prazo. Os resultados indicaram a não estacionariedade das séries de preços e a presença de cointegração. Porém, o teste dos parâmetros α = 0 e β = 1 da regressão que comprovam a eficiência fraca e não viés encontraram indícios estatísticos de não eficiência de mercado, bem como da presença de um viés indicando a existência de um prêmio associado ao risco.
O objetivo deste trabalho é discutir o conceitode duration aplicado a orçamento decapital e explorar seu potencial como medida de risco em projetos deinvestimentos. Pretende revisitar a literatura sobre duration, sumarizar seus principais atributos, comparar duration e payback e, testar empiricamente a aplicabilidade deste indicador comomedida de risco em projetos de investimentos. Utiliza 26 projetos empresariaisdesenvolvidos em 2012. Foram realizados dois testes. O primeiro verifica se duration e payback geram conflitos de classificação entre os projetos. O segundo,por análise de variância, verifica se durationpode ser utilizado como indicador de risco no valor do projeto em função dealterações nas taxas de juros. A revisão da literatura discute as diferençasentre a metodologia clássica e a multi-índice de análise de investimentos. Ametodologia multi-índice se diferencia da clássica por utilizar uma série deindicadores de risco e retorno que, de forma conjunta, melhoram a decisão. Asprincipais referências utilizadas para contextualizar duration em projetos de investimentos foram os artigosdesenvolvidos por Blochere Stickney (1979) e Boardman, Reinhart eCelec (1982). Os resultados indicam que duration e payback nãoclassificam projetos na mesma ordem. Mas, durationpode ser utilizado como indicador de risco em projetos de investimentos. Comisso, sugere-se que não se tratam de indicadores que competem entre si. Payback é útil para determinar o temponecessário para recuperar o capital investido e duration para indicar o risco no valor do empreendimento em funçãode alterações nas taxas de juros.
O estudo objetivou uma análise da prática estratégica e dos estrategistas, na forma de estudo de caso em uma IES. Buscou-se identificar as ações estratégicas, os estrategistas e os mecanismos institucionais isomórficos relacionados com a prática da estratégia por meio de pesquisa de caráter qualitativa e descritiva. Os participantes do estudo foram a gestora acadêmica e a pedagoga, enquanto respondentes de entrevista semiestruturada e em profundidade, cujo instrumento refere-se a um roteiro já testado e validado por Walter (2010). Para a construção deste houve análise de documentos internos, e a observação direta da pesquisadora. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas literalmente. As abordagens teóricas que contemplaram esta construção foram a estratégia como prática e o isomorfismo. Os dados obtidos por meio da pesquisa foram descritos e analisados em categorias de análise. Na análise dos dados e resultados verificou-se a presença do isomorfismo do tipo mimético, como predominante na IES. Por momentos, percebeu-se a inclusão do isomorfismo coercitivo advindo das estratégias macro da Instituição. Percebeu-se uma movimentação das pessoas em todos os níveis no sentido de “estratetizar”, sendo colaboradores dos mais diversos níveis dentro da IES. Já em termos externos, observou-se a participação e o atendimento à comunidade local.
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