A escolarização dos alunos da eja e a resiliência: o que revelam as pesquisas das áreas de educação, psicologia e saúde? Schooling of eja students and resilience: what does research in education, psychology and health reveal?
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RESUMOA teoria de Jean Piaget sobre a representação do espaço revela que as noções espaciais são topológicas, projetivas e euclidianas. São também essas as relações que possibilitam a representação gráfica dos mapas, do espaço vivido que é tridimensional para o mapa que é bidimensional. Sendo o mapa um dos principais instrumentos para o ensino e aprendizado dos saberes geográficos, nos intrigou as relações que podem ser estabelecidas entre a teoria de Piaget e a Cartografia Escolar. O estudo realizado objetivou relacionar a teoria piagetiana sobre a representação do espaço com a construção de conhecimentos cartográficos. Caracterizado como bibliográfico, o presente estudo buscou na literatura, pesquisas com a temática piagetiana sobre o espaço cognitivo e a Cartografia Escolar. Assim sendo, procedeu um levantamento na base de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) do portal CAPES. Foram combinados os termos Piaget, Geografia, Representação do Espaço e Noções Espaciais. Nenhum período foi definido, para que uma busca abrangente pudesse ser relacionada e posteriormente um novo filtro fosse aplicado, por meio da leitura dos resumos. Como resultados, foram encontrados 9 estudos sobre a temática. A revisão qualitativa desses estudos possibilitou que emergissem 5 categorias de análise: 1 -Diferentes níveis do desenvolvimento cognitivo; 2 -Dificuldades na operacionalização das noções espaciais; 3 -Relevância pedagógica das metodologias ativas para a alfabetização cartográfica; 4 -O papel do professor no desenvolvimento das noções espaciais; e 5 -Falhas e deficiências no ensino. Em nossa análise, estas 5 temáticas são relevantes para construção de conhecimentos significativos acerca dos mapas e das relações socioespaciais. Consideramos por fim, que a teoria piagetiana acerca do espaço representativo tem importantes implicações pedagógicas para a Cartografia Escolar e a Alfabetização Cartográfica.
Este estudo se pautou nos princípios do método clínico-crítico piagetiano (CARRAHER, 1983; DELVAL, 2002), tendo como foco a abordagem microgenética (INHELDER; CELLÉRIER et al., 1996). A microgênese, como desdobramento do método clínico-crítico, enfatiza os processos funcionais que estão em curso na resolução dos problemas. Refere-se ao funcionamento e aos processos em construção manifestos nas ações do sujeito, para além do estudo das estruturas que organiza e dirige o pensamento, o qual Piaget se dedicou. Esta pesquisa se propôs investigar as significações de universitários acerca do processo da to-mada de consciência das ações e das relações entre a conceituação e ação material na resolução do jogo Torre de Hanói. Os participantes da pesquisa foram quatro acadêmicos da 1ª a 4ª série do curso de Licenciatura em Música de uma Universidade pública do Estado do Paraná. Na análise dos dados levou-se em conta as significações dos sujeitos quanto à tomada de consciência das ações e das relações entre a conceituação e ação material, seja no plano do saber fazer e do compreender (PIAGET, 1977; 1978). Todos os participantes resolveram a situação-problema imposta pelo material da Torre de Hanói, porém com graus diferentes de resolução. Dois participantes obtiveram sucesso imediato na resolução das torres com dois e três discos. No caso da torre com quatro discos, um dos sujeitos obteve êxito parcial e o outro obteve êxito pleno. Já na torre com cinco discos, apenas um participante obteve êxito pleno. Desse modo, constata-se que o jogo se complexifica à medida que os discos são acrescidos às torres. Compreende-se que as instituições de ensino, sejam elas de educação básica ou superior, são espaços fundamentais de socialização. Por essa razão, podem apropriar-se de tais conhecimentos como um dos pontos de partida para a reflexão e reestruturação de suas práticas pedagógicas.
Apoiada na teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (BRONFENBRENNER, 1996), buscou-se a significação do ambiente escolar de acordo com as vivências dos alunos e pedagogos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), considerando fatores de risco e proteção presentes nesse contexto. A pesquisa qualitativa e descritiva analisou as significações produzidas por 12 alunos e 4 pedagogos da EJA. Pode-se concluir que a Educação de Jovens e Adultos permite a retomada de um direito que foi negado por diversas razões. A escola deve atuar no sentido de diminuir as desigualdades que assolam os menos favorecidos, além de ser responsável por constituir redes de apoio e promover a construção de fatores protetivos aos estudantes e demais membros dessa ecologia de desenvolvimento: familiares, amigos, corpo profissional da escola, comunidade adjacente. Assim, é notável considerar a EJA em sua função protetiva e promotora de resiliência, visto que desenvolve em seus alunos possibilidade de enfrentamento aos riscos, fortalecendo a dignidade humana e formando cidadãos de direitos.
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